Eu já usei um texto do Luis Fernando Verissimo na prova de Economia Internacional. Os alunos ganhavam pontos pelo número de erros que encontravam. Havia muitos pontos a serem ganhos.
Confesso que tenho um prazer mórbido em ler besteira. Assim, resolvi criar o I Prêmio Eço de Ignorânça Econômica.
As regras são as seguintes:
- Só valem opiniões publicadas na imprensa;
- Os critérios de premiação são arbitrários, pessoais e inquestionáveis;
- Não existe prêmio, a não ser a minha admiração e gratidão a quem enviar o link.
Pensei em considerar alguns usual suspects como hors concours, mas, ao menos na primeira versão, é melhor deixar aberto a todos. As contribuições podem ser enviadas para o e-mail: leonardo.monasterio.spam (arroba)gmail.com.
participarei.
ResponderExcluirComeço com um candidato ao Prêmio Eço que pela sua (falta de) qualificação deveria ser "hors concours":Antônio Correa de Lacerda, segundo quem um bom parâmetro para a Selic seria a taxa de juros dos papéis em reais no exterior, ao redor de 10% a.a.. Há dois erros nesta nada inocente observação:
ResponderExcluir1) Os papéis brasileiros no exterior simplesmente não pagam IR, ao contrário da Selic. Por outro lado, qualquer residente no Brasil paga, no mínimo, 15% de imposto na fonte sobre aplicações financeiras. Assim, a taxa de 12,75% (vigentes no momento do inspiriado comentário), deduzidos 15%de imposto (caso a aplicação seja feita por mais de dois anos), se torna 10,84%. Se a aplicação for feita por menos de 6 meses (alíquota de 22,5%) seu rendimento se torna 9,88%. Tirando a CPMF (que também não incide sobre transações com papéis brasileiros no exterior), o rendimento líquido da Selic fica entre 9,55% e 10,47% dependendo do prazo da aplicação. Ou seja, na hora que se computam os impostos, sobra muito pouco dos 2,75% que, segundo o Lacerda, poderiam ser cortados da Selic na semana que vem com base nas taxas dos títulos externos. Talvez porque imposto seja um tópico pouco relevante...
2) Compara-se, na profunda análise do Lacerda, a taxa de juros de um dia com papéis de 10 anos ou mais. Para manter a consistência o professor Lacerda deveria criticar ainda mais duramente o Fed. Afinal de contas, o Fed mantém a taxa de um dia a 5,25%, enquanto a taxa de 10 anos está a 4,75%; pela sua lógica o Fed deveria cortar a Fed Funds em 0,50% (mais do que o BC poderia fazer se tivesse o cuidado de incluir os impostos nas suas sofisticadas contas).
OK, tentarei colaborar... se bem que, com essa história de mestrado, até ler jornal anda complicado!
ResponderExcluirobrigado pelo comentário sobre o velho Jeremias (Bentham). Preciso pensar a respeito...
Lá vou eu dar minha contirubuição:
ResponderExcluirmeu candidato é Kennedy Alencar. Em uma reportagem para a folha de são paulo, ele afirmou no fim da reportagem "Com um meta de inflação menor, aumentará o espaço para a redução de juros".
Isso está totalmente equivocado!
Uma vez que a preocupação com a taxa de inflação aumenta, as reduções das taxas de juros passam a ser mais cautelosas, já que o existe uma defasagem para esta surtir efeito no mercado. Ou seja, uma evz que não é claro o efeito, o BC deverá reduzir o espaço das reduções, e não o contrário.
Esses jornalistas....
O Carlos Alberto Sardenberg deveria ser o campeão. Mas claro, com a Miriam Leitão em segundo lugar, disputando até o último minuto.
ResponderExcluirPessoal,
ResponderExcluirO mais importante eh ter os links da besteirada....
A questao eh : Devemos considerar Kupfer, Nassif, Leitao como hors concours?