Novo número da Revista Interdisciplinar História e Economia

Aqui. Não li ainda (ver post anterior), mas ja destaco a resenha do grande Pedro Carvalho de Mello sobre o livro da McCloskey "The Bourgeois Virtues".

De volta

Consegui ficar 14 dias off-line! Desde 1996 (ou 1997?) é o período mais longo que fico sem olhar os meus e-mails. Não apresentei crises de abstinência e foi um período bem tranqüilo.
Eu só notei que tenho que declarar falência na leitura dos blogs, ou seja, não lerei qualquer post escrito na minha ausência. Só assim colocarei a vida, i.e. os e-mails, em dia.

De férias

Caros leitores, uma parada para duas semanas de férias.
Se meus planos derem certo, eu ficarei desconectado até o fim de agosto.
Aquele abraço!

VII Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos Regionais

A lista dos trabalhos está aqui e você já pode se inscrever. Todo mundo lá na ENABER!

"Mulher de um homem só" por Alex Castro

Alex Castro, o gente boa que poderia ter sido economista se não tivesse seguido a trilha da literatura (e da libertinagem!), lança livro novo. Com base nos livros anteriores, eu recomendo "Mulher de um homem só" fortemente.
Vejam os detalhes:

Mulher de um Homem Só

De Alex Castro

Romance

Editora Os Vira Lata

Preço:

.:. Pré-venda – até 1º de agosto

“Pague o quanto quiser”, com valor mínimo de R$ 18,00 + taxas (frete de R$ 4,40 + taxa administrativa de R$ 2,00)

.:. No lançamento

R$ 25,00

.:. Após o lançamento

R$ 28,00 + taxas (frete de R$ 4,40 + taxa administrativa de R$ 2,00)

Para comprar: www.tinyurl.com/MulherComprar

Links:

Fotos do autor e capa do livro: www.tinyurl.com/MulherImagens

Resenhas e repercussão: www.tinyurl.com/MulherResenhas

Para comprar: www.tinyurl.com/MulherComprar

Blog Liberal, Libertário, Libertino: www.interney.net/blogs/lll

(Viram que ele faz discriminação de preço?)


xkcd é duca!


(No linux, com o mouse sobre a imagem surge o texto: "Hey what are the odds -- five Ayn Rand fans in a single train! Must be going to a convention." Brilhante)

A Revolução Francesa e Napoleão como um experimento natural

É isso o que Acemoglu, Cantoni, Johnson e Robinson afirmam. As regiões invadidas pelas tropas napoleônicas teriam se beneficiado das reformas institucionais e se desenvolvido. Será que uma explicação Olsoniana não daria conta do recado?
A propósito, feliz 14 de Julho para vocês!!!

Sarney por Glauber Rocha

Maranhão 66.
Quarenta e três anos atrás. Quarenta e três anos atrás. Quarenta e três anos atrás.

Segregação Espacial: Easterly versus Schelling.

É sempre chato quando uma ótima idéia é falseada pela realidade. É a vida.

Melhor em português (muito off-topic!)

Uma lista dos filmes em que o título em português é melhor do que o original:
Assim caminha a humanidade Giant
Festim diabólico The rope
Um corpo que cai Vertigo
Em cada coração um pecado Kings row
Pacto de sangue Double indemnity
O clamor do sexo Splendor in the grass
Crepúsculo dos deuses Sunset Boulevard
Farrapo humano The lost weekend
Cupido não tem bandeira One, two, three.
Esqueci de algum?
(Em uma outra lista off-topic, tratarei de outra preocupação minha: "As melhores músicas pop com reco-reco")
UPDATE:
Vejam nos comentários as ótimas sugestões dos leitores!

Diretoria de Estudos Regionais e Urbanos

Essa é a diretoria em que trabalharei no IPEA a partir de hoje. Ótimos colegas e muito trabalho para fazer.

Jeffrey Williamson fala

O grande historiador econômico discute, em uma curta entrevista, os grandes temas: desenvolvimento no longo prazo, as globalizações, divergência/convergência, imigração e tudo mais. Sensacional.

(Os editores do journal publicam também o blog Oxonomics.)

Ó vida, ó dor....

Mais um vez, tive um trabalho recusado no encontro da ABPHE...

A Biblioteca Universal

Ainda não é a Biblioteca de Babel, mas chega perto. Encontrei umas preciosidades.
(Dica do Valdir Melo!)

Global Price and Income History Group

Eu já dei essa dica para vocês? Tem um monte de séries históricas muito úteis, inclusive para o Brasil. Essencial para historiadores econômicos.

Arcview no Ubuntu

Uma boa notícia: o Arcview 3.2 para Windows XP, facilmente encontrado por , roda no Ubuntu com se nada (basta instalar o wine antes). O curioso é que o programa não roda do Windows Vista. É mole?

Como identificar besteiras em trabalhos econométricos II

Márcio Laurini, o über econometrista, fez ótimos acréscimos no kit de identificação de mancadas dos que usam métodos mais avançados.

Update: Eu corrigi os links errados do post.

Como identificar besteiras em trabalhos econométricos

- Síndrome do "Meu último livro de Econometria foi o Kmenta": Desde a última década, não dá mais para ter um paper de séries temporais sem os testes de cointegração.
- Síndrome "Pacientes do Freud". Sabem aqueles sonhos que o Freud interpretou? Pois é, tudo se encaixa. Bem demais. O mesmo acontece em econometria. Os resultados são uma belezura e geralmente não falseiam a hipótese. Não há crítica à qualidade dos dados, referência a problemas que surgiram ou a explicações alternativas;
- Síndrome "Em busca da significância perdida": O pobre do autor começa a fazer toda a sorte de esquemas para conseguir estrelinhas nos seus coeficientes estimados. Procure por dummies esquisitas, ln e ² ³ incluídos sem razão, períodos de análise que mudam, variáveis defasadas que saltam sem qualquer explicação e proxies estranhas.
- Síndrome "Cadê o controle que estava aqui?": a significância da variável de interesse só se mantém quando as de controle são omitidas.
- Síndrome "Rubens Recúpero": "o que é bom a gente mostra, o que não é a gente esconde". O coitado roda milhões de regressões e só transcreve aquelas que deram "certo". Muito relacionada com as duas síndromes anteriores.
- Síndrome "Tamanho importa": o sujeito encontra coeficientes estatisticamente significativos e afirma que a sua hipótese sobre o efeito da menstruação das baleias na cor do Mar Vermelho foi não-falseada, mas não se preocupa com significado econômico. Um coeficiente pode ser estatisticamente significativo e, em termos substantivos, não significar bulhufas.
Mais alguma síndrome?
Eu ouvi uma frase atribuída ao Santo Agostinho:"Do pecador não se espera a pureza, mas que confesse seus pecados". (Vamos lá: Perdoai-me, Pai, eu pequei ). Em resumo, um trabalho perfeito nunca vai existir, sejamos conscientes das nossas mancadas e limites, confessemos nossos pecados e bola para frente.

Eu já vi isso antes...

A Biblioteca Brasiliana de Mindlin

Uma parte já está on-line. Ainda não explorei muito, mas dá para ver que é impressionante.

OpenGeoda !!!!

Uma versão alpha do OpenGeoda, o sucessor do Geoda, já está disponível para Vista e Mac. A versão para Linux sai em breve, mas os mais ansiosos podem usar o Wine e rodar sem problemas.

Deterioração dos termos de troca

Conversando com os colegas do curso, voltamos à antiga tese Prebisch-Singer da deterioração dos termos de troca: as commodities exportadas pela periferia tendem a ficar mais baratos em relação aos bens importados dos países industrializados. Prometi, então, fazer um post sobre o tema.
A tese tem andado fora de moda, por motivos óbvios. Mas o que a literatura diz? Antes de tudo, percebeu-se que não é mole testar a hipótese corretamente. Afinal, se um grão de soja é (quase) o mesmo durante o século, como considerar o netbook de US$350 que tenho à minha frente. Uma configuração equivalente custava um fortuna faz alguns anos e não existia nada parecido em 1970. Como ajustar para essas mudanças nas qualidades dos bens manufaturados? Ainda: que ponderações usar? Faz sentido agregar todos os bens primários em um só índice? E a qualidade dos dados? Vejamos dois textos recentes:
Jeffrey Willianson e Hadass voltam ao período 1870-1940 e fazem um baita texto , usando dados de painel e tudo mais. Eles agregam os países da periferia em grupos e - depois de muito sofrer - encontram um resultado legal. Em geral, os termos de troca não caíram, mas a volatilidade do preços das commodities foram ruins para o crescimento da periferia.
John Cuddinton et al. aplicam o instrumental de séries temporais aos preços das commodities no século XX e concluem que não há tendência de queda. (Só teria havido uma quebra estrutural na série em 1921). O fato de um preço cair ao longo do tempo não quer dizer, de acordo com a econometria contemporânea, que há uma tendência.
Meu pitaco: se a deterioração dos termos de troca fosse uma fenômeno relevante ele seria mais robusto. Ou seja, deveria resisitir mesmo quando fossem escolhidas amostras diferentes de países, produtos e períodos. Não vale dizer: "o produto x não vale", ou "o aumento recente foi conjuntural" e assim por diante. Enfim, milhões de motivos podem tornar a especialização em commodities um problema, mas a tese Prebisch-Singer não é um deles.

Finalmente um motivo para usar o twitter...

NBER!

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Cambridge Conversations with History

Uma ótima dica que recebi ontem. A longa série Conversations with History está toda no youtube. Delong, Eichengreen, Freeman, Sen, Nial Fergunson e mais uma galera estão lá.

Como identificar besteiras em Economia?

Inspirado no detector de baboseira, aí vai a lista de características que me fazem ficar com um pé atrás nos textos de Economia:
- Recomendações de política econômica abundam e há pouca evidência empírica;
- Muitas referêncais aos economistas mortos. Sua otoridade é central no argumento. Além disso, o autor e sua patota se mostram como quem finalmente entendou o Livro Sagrado;
- Poucas referências às evidências e teorias recentes que contradizem o autor. Estas, quando aparecem, são tratadas com desprezo ou sarcasmo. Em geral, quem discorda é burro ou mal intencionado;
- Termos sociológicos entram no texto sem pedir licença e sem definição;
- Linguagem colorida. As taxas "explodem"ou "despencam", as reservas são "corroídas", "derretem" e assim por diante. O tom é panfletário e catastrofista.

(Ainda nesta semana, como identificar papers econométricos... estranhos)
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