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30/01/2016

Nomes mais populares por ano, UF de residência e sexo

Mulheres e homens. Divirtam-se
Notas: como a fonte é a RAIS (uns 50 milhões de pessoas), os muito pobres ou muito ricos mesmo ficam de fora da análise. Também só considerei os com ano de nascimento entre 1954 e 1992.

28/01/2016

Jéssicas e Lucas: os nomes mais frequentes no Brasil

Aí vão os nomes mais comuns no Brasil por ano de nascimento.
year first_word_name
1995 LUCAS
1994 LUCAS
1993 JESSICA
1992 JESSICA
1991 JESSICA
1990 JOSE
1989 JOSE
1988 JOSE
1987 JOSE
1986 JOSE
1985 JOSE
1984 JOSE
1983 JOSE
1982 JOSE
1981 JOSE
1980 JOSE
1979 MARIA
1978 JOSE
1977 JOSE
1976 JOSE
1975 JOSE
1974 JOSE
1973 MARIA
1972 MARIA
1971 MARIA
1970 MARIA
1969 MARIA
1968 MARIA
1967 MARIA
1966 MARIA
1965 MARIA
1964 MARIA
1963 MARIA
1962 MARIA


Fiz apenas por curiosidade e para praticar o uso do dplyr. A fonte dos nomes é a RAIS.

Você já sabia que era lúgubre!

Está na porta do grande Prof William Allen (o do paradoxo das maçãs).

27/01/2016

Leff e a corrupção

Agora todo mundo já sabe que o Leff deu sacadas ótimas sobre a história econômica brasileira. Contudo, há outra contribuição sua que precisa ser lembrada: sua análise da corrupção.
O texto Economic Development Through Bureaucratic Corruption (1964) já foi muito mal entendido, como se fosse uma defesa da complacência com a corrupção. Nada disso.
A grande lição está no final do artigo ("Two techniques"). Funcionários públicos honestos e capazes são um  recurso muito escasso nos países pobres. Logo, devem alocados com cuidado e poupados:
1- Os honestos devem estar nas áreas-chave para o desenvolvimento;
2- Evite regulamentar e intervir no que não precisa. Assim, você não precisará "gastar" funcionários bons em atividades em que o mercado poderia resolver. Exemplo: ao invés de ter os honestos trabalhando com licenças para importação, acabe logo com essa papelada.

18/01/2016

Por que a TV ficou melhor e os jornais pioraram?

Memórias infantis a parte, os programas de TV dos anos 80 era uma porcaria e todo mundo assistia. Já os grandes jornais eram bem mais respeitados e com conteúdo melhor do que os hoje.
Alex Tabarrok já explicou o caso da TV: na época da TV aberta, paga pelo anunciantes, o objetivo era ter o maior público. Para isso, o conteúdo produzido era voltado para agradar a todos e, portanto, não agradava especialmente ninguém (exceto, talvez, a sua avó quando assistia ao programa do Sílvio). Com a TV paga, abre-se mão de audiência em favor da receita dos assinantes. A audiência é menor, mais segmentada, mas o lucro pode até ser maior do que no passado.
Já a internet tornou os grandes jornais mais parecidos com a televisão do passado. Maximizar cliques é o novo ibope. E o negócio volta-se para  satisfazer o leitor médio, de baixa qualidade. E tome notícia bizarra, fofoca e colunista viral "textão do facebook". Além disso, a própria internet oferece aos leitores mais qualificados (eg. você, caro procrastinador) outras fontes de informação de melhor qualidade produzida mundo afora. Cada vez que eles fogem dos jornalões, a qualidade dos seus leitores médios cai mais e mais.
Outras hipóteses?

Diversos


Antes de fechar as 36 abas do Chrome que tenho procrastinado a leitura, aí vão alguns links:

06/01/2016

Matéria sobre o Nathaniel Leff na Piauí

Todo mundo já comentou e a reportagem é sensacional mesmo (link para assinantes). O autor,  Rafael Cariello, sintetizou muito bem as polêmicas sobre os temas da história econômica brasileira e também da questão pessoal sobre o Leff.
Eu sou "leffeiro" de raiz, hipster, faz mais de uma década. O Google Scholar mostra que das 20 citações do livro "Subdesenvolvimento e Desenvolvimento no Brasil", eu fiz 10 (tem texto repetido aí, seu Sergey Brin!). A contribuição do Leff que mais me impactou - e que não consta da reportagem  - foi:
Leff, N. H.. (1972). Economic Development and Regional Inequality: Origins of the Brazilian Case. The Quarterly Journal of Economics, 86(2), 243–262.
No artigo, ele explica que a origem da desigualdade regional brasileira deriva do Brasil não ser uma área monetária ótima no séc XIX. A lógica: boom do café valorizou o câmbio e -como os fatores não eram totalmente móveis- isso prejudicou as exportações de açúcar e algodão do Nordeste. Ele antecipou, assim, as teses sobre Dutch Disease.
(Só lamentei não ter sido citado na reportagem. Conversei uma boa meia-hora com o super simpático e competente Rafael, mas nada do que eu disse ficou na versão final. Deixa para lá. O importante mesmo é que a matéria ficou muito boa.)