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27/10/2016
23/10/2016
Sugestões de séries
Minha credencial-hipsterística-moderninha: neste blog eu já recomendava Black Mirror no carnaval de 2013, antes de se modinha.
Aí vão outras recomendações não muito populares:
- Occupied: série norueguesa. Ideia central: russos invadem a Noruega;
- Deutschland 83: um The Americans na Alemanha dividida;
- Nightly Night, série inglesa humor negro com a genial Julia Davis. Ao contrário das outras sugestões, essa não agrada qualquer um. Ela também fez o bom Hunderby (meio que zoando Downton Abbey).
Sugestões?
Aí vão outras recomendações não muito populares:
- Occupied: série norueguesa. Ideia central: russos invadem a Noruega;
- Deutschland 83: um The Americans na Alemanha dividida;
- Nightly Night, série inglesa humor negro com a genial Julia Davis. Ao contrário das outras sugestões, essa não agrada qualquer um. Ela também fez o bom Hunderby (meio que zoando Downton Abbey).
Sugestões?
21/10/2016
Proposta: uma restrição "orçamentária" na regulamentação
A PEC 241 contribuiu para mostrar que - com uma restrição orçamentária rígida - R$1 a mais de gasto público em A significa R$1 a menos em B.
Contudo, o legislador não enfrenta qualquer restrição do furor regulatório. Só ontem, aprovaram 20% de motoristas mulheres de uber em Porto Alegre e, no RJ, discutem a obrigatoriedade do café gratuito nos restaurantes.
Minha proposta é criar uma restrição da seguinte forma: para cada nova regra, uma (ou duas, três....) outra tem que ser abolida. (Ou, para evitar malandragens, talvez a equivalência poderia ser entre o número de atingidos pela regra nova e a extinta)
Dei uma googlada e descobri que a Alemanha estabeleceu exatamente isso em 2015.
Atualização: eu devo ter lido e esqueci, mas o Tabarrok já escreveu sobre isso no ano passado. Nos comentários, avisaram que a Inglaterra segue o princípio: one in, two out. Agradeço ao @RodrigoGConejo pelo aviso.
Contudo, o legislador não enfrenta qualquer restrição do furor regulatório. Só ontem, aprovaram 20% de motoristas mulheres de uber em Porto Alegre e, no RJ, discutem a obrigatoriedade do café gratuito nos restaurantes.
Minha proposta é criar uma restrição da seguinte forma: para cada nova regra, uma (ou duas, três....) outra tem que ser abolida. (Ou, para evitar malandragens, talvez a equivalência poderia ser entre o número de atingidos pela regra nova e a extinta)
Dei uma googlada e descobri que a Alemanha estabeleceu exatamente isso em 2015.
Atualização: eu devo ter lido e esqueci, mas o Tabarrok já escreveu sobre isso no ano passado. Nos comentários, avisaram que a Inglaterra segue o princípio: one in, two out. Agradeço ao @RodrigoGConejo pelo aviso.
20/10/2016
Diversos
- Sensacional tese do Pedro Souza "A desigualdade vista do topo: concentração de renda entre os ricos no BR 1926-2013" está on-line. A propósito, o Marcelo Medeiros, orientador da tese, publicou um capítulo no World Social Science Report da Unesco e um artigo bacana sobre educação e os 1%;
- Meu amigo Ulysses Gamboa, lançou Macroeconomia Para Gestão Empresarial. Eu comi mosca e esqueci de divulgar a lançamento em SP. Recomendo!
- Belíssimo capítulo do Rodrigo Orair sobre financiamento dos municípios no Brasil de hoje;
- Revista de Economia de Empresas da UCB está com uma chamada para o número especial de artigos sobre finanças. Autores devem contactar bree.finance@gmail.com;
- Uma ótima entrevista do Marcos Mendes para o Mercado Popular explicando a PEC 241 (video). Quem estiver ainda com dúvidas, pode ver o vídeo (+ de 4 horas!) da apresentação dele e do Mansueto no Senado. Vale ver o debate também;
- Como deixei de ter medo da Lei de Wagner e passei a amá-la;
- A apostila de econometria aplicada em R do Shikida!
- Macrohistory database: um monte de séries históricas (não sei a qualidade da informação)
03/10/2016
Prêmio Paulo Haddad
O trabalho feito pelo Júlio Lopes e por mim:
O Júlio - do Banco do Brasil- foi meu orientando de mestrado na UCB. Agradecemos aos colegas da Dirur/Ipea pelo apoio nos dados e à Vanessa Nadalin, também membro da banca. (Ela, a propósito, acabou de publicar um paper bacana sobre vacância urbana em SP)
Novas medidas de localização a partir da análise de distância de pontos: um estudo empírico para a indústria de transformação de São Pauloganhou o Prêmio Paulo Haddad no encontro da Associação Brasileira de Estudos Regionais.
O Júlio - do Banco do Brasil- foi meu orientando de mestrado na UCB. Agradecemos aos colegas da Dirur/Ipea pelo apoio nos dados e à Vanessa Nadalin, também membro da banca. (Ela, a propósito, acabou de publicar um paper bacana sobre vacância urbana em SP)
02/10/2016
Música ao vivo é uma taxa
Odeio música ao vivo em restaurantes. Se é boa, não consigo apreciar tranquilo enquanto como. Se é ruim, é ruim e atrapalha a ingestão. Ontem tive que mudar de restaurante duas vezes, porque - após entrar- descobri que havia um infeliz tocando "Nada ficou no lugar..." enquanto outros mastigavam.
Afinal, porque diabos isso existe? Eu acho que a maior parte dos consumidores é como eu (talvez não tão mal humorada): optaria pelo silêncio. Claro que existe um parcela do público que realmente gosta de música ao vivo, mas talvez haja outra explicação.
Lá vai: couvert artístico é um "mal", em vez de um bem econômico. Ambos restaurantes que eu desisti (Coco Bambu e Piauíndia) encheriam de qualquer forma no almoço de sábado. Cobrar o couvert artístico é um jeito de impor uma 'taxa de congestionamento" sem aumentar os preços no menu e evitar as filas. Se eu tivesse ficado, meu excedente do consumidor diminuiria, mas eu deixaria uns R$6 a mais na conta. Vou lá outro dia, com menor demanda, e consumirei a mesma comida em paz.
Essa tese explica o porquê da música ao vivo existir nos horários e dias em que os restaurantes estariam lotados de qualquer forma. Se a razão fosse atrair clientes, eles deveriam oferecer a música nos dias de baixa demanda.
(E porque os restaurantes não aumentam os preços para evitar as filas? Esse é um enigma antigo da Economia. Becker respondeu e tem toda uma literatura sobre o tema)
Afinal, porque diabos isso existe? Eu acho que a maior parte dos consumidores é como eu (talvez não tão mal humorada): optaria pelo silêncio. Claro que existe um parcela do público que realmente gosta de música ao vivo, mas talvez haja outra explicação.
Lá vai: couvert artístico é um "mal", em vez de um bem econômico. Ambos restaurantes que eu desisti (Coco Bambu e Piauíndia) encheriam de qualquer forma no almoço de sábado. Cobrar o couvert artístico é um jeito de impor uma 'taxa de congestionamento" sem aumentar os preços no menu e evitar as filas. Se eu tivesse ficado, meu excedente do consumidor diminuiria, mas eu deixaria uns R$6 a mais na conta. Vou lá outro dia, com menor demanda, e consumirei a mesma comida em paz.
Essa tese explica o porquê da música ao vivo existir nos horários e dias em que os restaurantes estariam lotados de qualquer forma. Se a razão fosse atrair clientes, eles deveriam oferecer a música nos dias de baixa demanda.
(E porque os restaurantes não aumentam os preços para evitar as filas? Esse é um enigma antigo da Economia. Becker respondeu e tem toda uma literatura sobre o tema)