A educação acabaria com a desigualdade regional no Brasil?

Claro que um choque de educação no Brasil reduziria as disparidades, mas o mecanismo tem seus limites. Façamos o exercício: suponha que existe um país que - por gerações - ofereça a mesma educação pública em todas as suas regiões. Quando eu digo a mesma, é realmente a mesma educação. Suponha que o país se chame França. Veja o gráfico abaixo com a renda disponível per capita das regiões da União Européia. Pois é, a desigualdade regional francesa é considerável. (Se olharmos para a renda primária -sem transferências- a diferença entre a região mais rica e a mais pobre chega a 67%).

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3 comentários:

Drunkeynesian disse...

Espetacular esse gráfico.

Jean Tavares disse...

Leonardo, vc sabe da desigualdade entre países na União Europeia. Em Portugal, 70% dos universitários pensam em emigrar atualmente. O mercado de trabalho "nunca" absorveu a mão de obra qualificada que é gerada. O país tem 30 universidades públicas e é menor que o Sul de Minas. Na escola de 2º grau da minha prima, 86% dos profs. tem mestrado e não é da capital, hein? Em SC, vi uma prefeitura de uma cidade pobre com 5000 habitantes que pagava um micro ônibus para 20 universitários irem até a faculdade mais próxima. O que eles diziam? Que se formariam e iriam se mudar para uma cidade mais rica, com mais chances. Aqui vão para França, Alemanha e Holanda e só voltam nas férias. Como a educação redutora de desigualdade ficaria nesse caso? Um abraço. Não vale aplicar "o preço de uma resposta", ok?

Ramon disse...

Grande Leo, o gráfico é excelente. Inveja dos dinamarqueses! A ideia de que um choque de educação reduziria as desigualdades vai por conta de quem a formula. Se não tem emprego para os educados, terá desempregados cultos com renda zero. A educação é um direito fundamental, mas não é a poção mágica da aldeia de Asterix. Abração.

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