A educação acabaria com a desigualdade regional no Brasil? (cont.)

Só para esclarecer o post anterior:
- Não se pode partir de regressões mincerianas (ou seja,  regredir salário sobre características individuais, incluindo escolaridade) para estimar o efeito agregado da educação nas regiões. Afinal, existem efeitos de equilíbrio. Se todos tiverem educação boa, cai o diferencial entre os mais e os menos educados;
- A educação deve melhorar porque - ora bolas! - é o mínimo que qualquer país decente deve fazer. Se outras coisas melhorarem, ótimo. Isso me lembra aqueles estudos que mostram que aplicar vermífugo nos estudantes reduz o absenteísmo. Bela notícia, mas matar os vermes era motivo suficiente para apoiar o programa, mesmo antes dos resultados;
-Enfim, repetindo o ponto: existem determinantes econômicos da desigualdade regional que vão além das características individuais. Não estou dizendo nada de novo. Só me ocorreu que o caso francês fornecia um exemplo interessante (e um gráfico bacana). 

3 comentários:

Flávio Dias disse...

é só criar moedas regionais e desvalorizar elas.....

Anônimo disse...

Outros diriam que "o mínimo que qualquer país decente deve fazer" é fazer mais e mais transferências direta de renda para os caras na base da pirâmide. Não sei não, com esta educação que temos e as limitações dos mercados de trabalho, não seria melhor "gastar" reduzindo a carga tributária?

Paulo Simões Diniz disse...

Todo mundo no Brasil inclusive os governantes são favoráveis a uma educação de nível excelente e oferecida gratuitamente. Só falta achar quem vai pagar a conta deste gasto que é alto. Todos concordam em colocar o sino no gato, só falta achar o rato corajoso.

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