Por que o imposto sobre aeronaves é uma má ideia?

O pessoal do Economista X já respondeu, mas eu vou dar o meu pitaco.
Os números do Safatle não batem: ao invés dos 22 mil "jatinhos e helicópteros" do artigo, existem , na verdade, menos que 9 mil aeronaves de uso privados. E o número de total de jatos de qualquer uso é de 724. (Fonte: Anuário da Aviação Geral).
 O Luis Felipe (vulgo B.O.), que me chamou atenção para o artigo,  fez a conta e viu que, usando os dados do Safatle, cada aeronave teria que pagar R$363 mil por ano. Ou seja, os defensores supõe que os donos vão pagar 1/3 de milhão por ano sem pestanejar.
O ricos não são diferentes. Eles também não querem pagar impostos. E quando você tributa os muito ricos eles tem muito mais capacidade de elidir os impostos. No caso, imagino eu, bastaria registrar o avião em outro país e pronto. (Já notou quantos navios são registrados na Libéria ou no Panamá?).
Enfim, não só a base tributária é minúscula como a receita tributária será bem elástica. Essa é a receita para uma arrecadação mixuruca, que não vai pagar os custos de arrecadação.
O Safatle mirou no que viu e errou no que não viu. Eu - e a torcida do América - defendemos mais impostos diretos (e menos indiretos) e uma carga tributária mais progressiva. Ao invés de se incomodar com os jatinhos, que tal aumentar a arrecadação do ITR e IPTU?

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