Por que a TV ficou melhor e os jornais pioraram?

Memórias infantis a parte, os programas de TV dos anos 80 era uma porcaria e todo mundo assistia. Já os grandes jornais eram bem mais respeitados e com conteúdo melhor do que os hoje.
Alex Tabarrok já explicou o caso da TV: na época da TV aberta, paga pelo anunciantes, o objetivo era ter o maior público. Para isso, o conteúdo produzido era voltado para agradar a todos e, portanto, não agradava especialmente ninguém (exceto, talvez, a sua avó quando assistia ao programa do Sílvio). Com a TV paga, abre-se mão de audiência em favor da receita dos assinantes. A audiência é menor, mais segmentada, mas o lucro pode até ser maior do que no passado.
Já a internet tornou os grandes jornais mais parecidos com a televisão do passado. Maximizar cliques é o novo ibope. E o negócio volta-se para  satisfazer o leitor médio, de baixa qualidade. E tome notícia bizarra, fofoca e colunista viral "textão do facebook". Além disso, a própria internet oferece aos leitores mais qualificados (eg. você, caro procrastinador) outras fontes de informação de melhor qualidade produzida mundo afora. Cada vez que eles fogem dos jornalões, a qualidade dos seus leitores médios cai mais e mais.
Outras hipóteses?

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Um comentário:

Rafael disse...

Na minha simples visão quando ocorre uma inovação existe a possibilidade que os agentes sejam míopes em relação a inovação (principalmente os já estabelecidos), ou seja, não vêem com clareza o que está ocorrendo.
Com a disponibilidade de um novo canal de distribuição (a internet) os jornais de forma equivocada (míope) acha que a maximização vem dos cliques, mudam a estratégia para maximizar cliques, perdem os consumidores fiéis e não conquistam novos.
A revolução da TV veio com HBO por acreditar que conteúdo de qualidade não importa o canal(distribuição), as pessoas querem ver coisas boas na tv ou cinema.
Outro exemplo foi a corrida dos pc's na década de 80, a maioria das empresas focaram no hardware e viram a Microsoft construir um quase monopólio em software.
No mundo dos retornos crescentes (Brian Arthur) saber qual é o jogo é mais importante do que ser o melhor.
Perdidos, os jornais não sabem o que estão jogando.

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