BBC e o tamanho ótimo do Estado

BBC é uma das maiores criações da humanidade. Não dá mole para político e criou programas sensacionais como Desert Island Discs , Peel Sessions e In Our Time. Deve custar caro para o contribuinte, mas - fosse eu eleitor britânico- continuaria a apoiando.
E o Brasil? É óbvio que nosso governo não deveria ter canais públicos. Dois motivos: a) conhecendo a qualidade de nossas instituições, a chance de fazer bobagem tende a 1; b) aqui tem gente sem esgoto. Na Inglaterra, ninguém passa fome ou tem zika porque não há dinheiro público. No Brasil, sim.
Vejam o caso das políticas industriais. Sim, existem uns bons argumentos econômicos que as justificariam. Mas, tal como o protecionismo, é preciso levar em conta as condições efetivas de execução. É o mesmo ponto da Falácia do Unicórnio do Michael Munger.  Sem considerar essas restrições, o sujeito sonha em ter uma Samsung e termina com uma Sete Brasil. (Um artigo acadêmico examina exatamente a relação entre corrupção e picking the winners)
Não estou dizendo nada de surpreendente ou novo. Meu ponto geral é que a discussão sobre as atribuições do Estado deve considerar a qualidade das instituições e no nível de renda do país. (Um argumento adicional é o do Leff: como servidores públicos qualificados e honestos são raros, eles devem ser alocados nas atividades mais relevantes para o desenvolvimento.)

Sunames and Ancestry in Brazil

A PLOS ONE acabou de publicar o meu artigo:
Surnames and ancestry in Brazil
Leonardo Monasterio
 https://doi.org/10.1371/journal.pone.0176890 
Por favor, divulguem para os possíveis interessados.

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