Spatial Econometrics Association Conference

O programa da SEA 2007 (Cambridge) e diversos papers estão disponíveis para download. Estarei por lá!

Por que o jornalismo econômico é tão ruim no Brasil?

O jornalismo econômico deveria tornar acessível ao leitor comum o que os economistas dizem*. Apenas isso. Nada de formular suas próprias teses, muito menos fazer lobby.
Por que o jornalismo econômico feito no Brasil é tão ruim?
Minhas hipóteses:
1- A bizarra lei que exige o diploma de jornalista afasta os economistas com vocação jornalística;
2- Quem disse que o leitor quer boas análises econômicas? Revistas de fofoca e livros com teses conspiratórias vendem mais do que interpretações mais sensatas, monótonas e corretas. Os jornalistas só dão aquilo que os leitores querem;
3- Ora, o jornalismo é corresponde com o nível de desenvolvimento do Brasil. Ou seja, o Luis Nassif boliviano deve ser ainda pior do que o brasileiro; já seu correspondente suíço deve ser bem melhor. Não se precisa de maiores explicações;
4- A longa instabilidade induziu um interesse excessivo por macroeconomia no leitor comum. No Brasil, todo pasquim apresenta a cotação do dólar. Isso não acontece nos outros países. Com isso, a qualidade do leitor mediano caiu e induziu a piora na qualidade do jornalismo econômico.

Vocês concordam?
*Graças a um atento leitor, explico melhor um ponto. Entendo por economista aquele que entende a Ciência Econômica. Ter diploma não é condição necessária, nem suficiente para ser incluído nessa categoria.

A Eficiência das Privadas

Eu já citei aqui os maravilhosos artigos do William Nordhaus sobre os ganhos de eficiência na emissão de luz e a computação. Eu tenho um outro exemplo mais prosaico: vocês já notaram o quão mais eficiente ficaram as privadas? As mais recentes fazem o serviço com apenas uma descarga e com uma quantidade muito menor de água do que as antigas. O mais interessante é que foi só e tão somente uma questão de melhoria no design do vaso.
(Sou só eu que presto atenção nessas coisas?)

Londres para Economistas 2

O Institute of Fiscal Studies tem uma série de caminhadas "Londres para Economistas" disponível para download. As caminhadas são viesadas em favor da Econometria, então você passará por onde o Reverendo Bayes está enterrado e pelo lugar onde Prof. Pearson nasceu. De qualquer forma os guias são essenciais para os maníacos por Economia.

O copo está meio vazio

Demotivators.

Conselhos do diretor de pesquisa da Google

Peter Norvig aponta os erros mais comuns em pesquisas experimentais.

Via Seth Roberts.

As cidades mais caras do mundo

Nao me diga.

Centrepiece

Centrepiece é a revista do Centre of Economic Performance da LSE. Ela traduz para o ser humano normal a pesquisa que os economistas do centro fazem. Todos os artigos estao disponíveis de graça. Pare de ler esse blog e vá lá agora!

Stewart Brand: favelas são uma coisa boa

Stewart Brand foi a primeira pessoa a usar o termo "personal computer" e tem uma biografia sensacional bio. Nesta apresentação de dois minutos ele apresenta sua visão sobre a pobreza mundial e sobre o potencial das cidades em reduzi-la.
É verdade que os mais pobres dos pobres ainda vivem na zona rural, mas uma grande parcela dos pobres já se mudaram para as favelas. Urbanização não é o problema, é parte da soluçao dos problemas sociais. Lembre-se do que Jane Jacobs e Hernando De Soto nos ensinaram: favelas tem sua própria vitalidade e um imenso potencial em melhorar a vida de seus moradores.
Cliqueaqui para uma fantástica apresentação de 1 hora.

Prêmio Eço, uma síntese

José Paulo Kupfer se supera na coluna de hoje. Meu trecho predileto:
"Quem pode, a não ser uma política industrial moderna, promover a inovação e o desenvolvimento tecnológico do parque produtivo?"

Leitor, por favor, leia a íntegra da obra e comente lá mesmo. Assim, potenciais leitores não-economistas do Nominimo terão um contra-ponto. (Eu sempre penso no dano que um texto como esse faz na mente do leitor de 16 anos, interessado em Economia, e que nao sabe separar o joio do trigo. Eu fui dessas vítimas.)

Delfim de volta à USP

Organizando seminários. O próximo será no dia 27 de Junho, tratará da questão metropolitana no Brasil e conta com o Danilo Igliori como um dos expositores. O Danilo é uma referência nas pesquisas sobre econometria espacial e já publicou ótimos artigos como o pessoal de Cambridge.

Marcelo, valeu pela dica!

Safari para Windows

Sim, é bonito e rápido, mas eu ainda fico com o Firefox. Um dia eu quero ser um ninja do teclado e sou viciado no Firefox Quick Search.
A propósito, a apresentação do Steven Jobs é sempre uma sensacional lição.

Estados norte-americanos renomeados por expectativa de vida


Davi Zell e eu tivemos alguns problemas com esse mapa. As diferenças em expectativa de vida entre os estados americanos são pequenas e tivemos que repetir países e até incluir o próprio EUA no mapa.
Isso é um tremendo vício, mas juro que esse é o último (strange)map que eu faço. (Ok, talvez só mais unzinho :-)).

Estados brasileiros renomeados - versão expectativa de vida


Conforme prometido, aí vai a mais uma produção Zell & Monasterio. Como se vê, as notícias não são nada boas. O pior caso é o Maranhão-Bangladesh e o melhor Santa Catarina-Argentina. De fato, as coisas melhoraram para o Brasil desde 2000, mas- supondo que os demais países também avançaram - a situação relativa dos estados brasileiros está longe de ser aceitável.

Paul Krugman na LSE

Podem me chamar do que quiserem, mas eu gosto mesmo de ver os economistas-celebridade. Ontem, Krugman foi à LSE para proferir a James Meade Memorial Lecture. Sim, ele perdeu a fé no poder do livre-comércio em promover o crescimento no III mundo, mas não se tornou um protecionista:
"Minha defesa do livre-comércio se baseia mais no desejo de que Bangladesh mantenha a cabeça fora d'água do que na esperança de um nova Coréia do Sul.
Seu ponto principal é que o aumento recente da desigualdade no I e III Mundos se deve à globlalização. (Na hora da perguntas, o Danny Quah lembrou que, apesar da desigualdade ter crescido dentro dos países, o mundo ficou mais igualitário. Krugman não respondeu a este ponto).
Eu preferiria ouvi-lo falando sobre Geografia Econômica , mas vou guardar o ingresso para a palestra como recordação.

UPDATE: Esse artigo sintetiza os principais pontos da palestra.

Estados brasileiros renomeados por países com PIB correspondente


(Clique na figura para ampliar)

Davi Zell e eu decidimos copiar a idéia desse mapa. Temos que ressalvar que nosso mapa tem que ser apreciado com moderação, não apenas pelos problemas de medida do PIB, mas porque tivemos que fazer umas aproximações para que tivéssemos países interessantes na figura.

Amanhã, vamos postar um mapa similar, mas com dados de expectativa de vida. Vocês verão que os resultados são bem mais significativos que no mapa aí em cima. Fiquem ligados!

UPDATE: Descobri agora (15/06) que um dia depois de termos postado essa figura, o blog Salt Peanuts (bem interessante, por sinal!) postou sua própria versão do mapa norte-americano. Escolhas metodológicas, como sempre, explicam a diferença nas correspondências.

International Workshop StatGIS 2007 - Interfacing Spatial statistics and

Aqui. Prof. Kelejian é o organizador e o prazo para envio de trabalhos é 1 de Agosto de 2007.

Um mapa sensacional


Estados americanos renomeados de acordo com os países de PIB semelhante. O Brasil, a propósito, tem o PIB do estado de Nova Iorque.
Via Marginal Revolution.

A Economia Brasileira

Marcelo Passos, de volta a blogosfera, me mandou o link para o texto do Marcelo de Paiva Abreu "The Brazilian Economy 1928-1980". Na verdade, são 150 páginas preparadas para o Cambridge History of Latin America (Leslie Bethell ed).

Jornalismo das não-notícias

Jornais mundo afora e mesmo top econ bloggers publicaram que Muhammad foi o segundo nome mais escolhido para as crianças no Reino Unido. "Oh meu deus, os muçulmanos vão tomar conta do mundo!" alguns devem ter pensado.
Mas o que a notícia diz de verdade? Quase nada. Houve 5.991 chamados Muhammad em 2006, mas 669,531 nascimentos. Portanto, menos de 0,9% do bebês de 2006 se chamam Muhammad. A manchete sensacionalista só diz que os muçulmanos não são lá muito criativos quando escolhem o nome de seus filhos.

Lei de Engel em Imagens


Todo mundo sabe que a elasticidade renda da demanda por comida é menor do que 1. Esta lei empírica não tem graça nenhuma. Esse livro , contudo, é bem bacana: mostra a dieta real de 30 famílias mundo afora. É interessante notar que a comida das famílias de países de renda média aparente ser bem mais gostosa do que a dos países pobres ou ricos . Imagino que colombianos ou egípcios tenham o tempo e os recursos necessários para preparar comida mais apetitosa.

Via boingboing.

Prêmio Eço, um novo regime cambial

Davi comenta uma proposta "genial": uma cotação mínima - R$2,60 - para o dólar.

A Maldição dos Recursos Naturais

Eu acredito na tese da "Maldição dos Recursos Naturais". Ou seja: países com amplas dotações de recursos naturais tendem a ter baixo crescimento por razões institucionais.
Na última quarta, contudo, assisti um seminário em Cambridge que balançou a minha fé. Erwin Bulte, da Universidade de Tilburg, mostrou que os resultados econométricas que dão suporte a tese da maldição são invertidos se a abundância de recursos naturais for corretamente medida. Eu não estou completamente convencido, porque sua amostra só tem dez países africanos na amostra e talvez haja viés de seleção. De qualquer forma, é um paper bem interessante.

Update: Shikida me mandou o link para um livro novo sobre o assunto.

Faz trinta anos

...a revolução começou.

Luiz Felipe de Alencastro

O historiador tem o seu blog, com direito à referência elogiosa ao trabalho do Fábio Pesavento, o historiador econômico da novíssima geração.

Livros-texto de Economia Regional

O novo de Roberta Capello é bem bom, mas o do Philip McCann é - sem sombra de dúvida - o melhor livro de Economia Regional disponível.
Mesmo com o dólar barato, o livro do McCann ainda está caro. A alternativa gratuita é o web book: An Introduction to Regional Economics. Apesar de defasado é uma boa introdução ao campo.
Em Português, infelizmente, não existe livro bom. O do Ademir Clemente é péssimo, o da Associação Portuguesa de Desenvolvimento Regional tem alguns capítulos bons, mas tem muitas repetições e é prolixo ao extremo (além do risco de causar afundamento de esterno com suas mais de 900 páginas).

334 páginas de sabedoria econômica.

William Baumol, o multi-talentoso, é coautor do livro Good capitalism, Bad capitalism, and the economics of growth and prosperity. Faça o dowload gratuito aqui!!!
A propósito, Baumol merece faz tempo o Prêmio Nobel.

via Gustibus.

Vista

A DVD do Vista chegou faz umas duas semanas e eu logo instalei. Por que fiz isso? Porque sou um estúpido neófito. É verdade que a aparência é bem melhor do que a do XP, mas o Geoda e o Arcview 8.2 não rodam no Vista. Além disso, Gadgets e o novo menu Start não são tão bons quanto a dupla Google Desktop e Launchy.

Premio Eço- categoria amador

Meu amigo Sabino Porto manda uma contribuição para o Prêmio Eço, categoria amador. Essa vem do jornalista Ruy Castro que afirmou na FSP que não houve desenvolvimento no Brasil desde 1982. Ok, o crescimento econômico foi mesmo pífio, mas vale lembrar que a expectativa de vida cresceu uns 9 anos entre 1980 e 2003.

A Origem das Disparidades Regionais no Brasil (1872-1920)

Semana bem ocupada. Acertando os problemas na junção de arquivos, consertando erros no código do R e preparando a apresentação de ontem no seminário de cliometria da LSE . Eustáquio e eu ainda temos muito a fazer, mas os resultados preliminares são promissores.
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