Banco Mundial & FMI

Uma nova base de dados e um novo relatório.
Via Gustibus.

From Our Own Correspondent

FOOC é o meu programa predileto de rádio. E eu ouço rádio umas 8 horas por dia . Duas vezes por semana, jornalistas da BBC mundo afora contam seus causos de maneira pessoal. Na última semana, Alan Johnston contou seus 114 dias em cativeiro em Gaza. O show tem um podcast e vários programas são acompanhados de transcrições, bem boas para quem quer aprender Inglês. Não esqueça de visitar o site que comemora os 50 anos do show.

Congresso Mundial de Regional Science - Lembrete

Todo mundo lá!
Deadline approaching for the 2008 World Congress of RSAI in Brazil

Submit your paper at www.aber.fea.usp.br/rsai2008

The 8th World Congress of RSAI will be organized by the Brazilian Regional Science Association (ABER – Associação Brasileira de Estudos Regionais) and will be hosted by the Faculty of Economics, Administration and Accounting of the University of São Paulo, Brazil (www.fea.usp.br), on March 17-19, 2008.

It will have the same format as the regular RSA meetings, with regular sessions, R-sessions, panels, etc.

Papers from all fields in regional science are welcome.

Submit your paper at www.aber.fea.usp.br/rsai2008.

RSAI World Congress 2008 Local Organizing Committee

Oh vida, oh dor

Hoje serei obrigado a comentar a proposta de um ex-prefeito de Pelotas que deseja criar o Estado do Piratini.

Eu esqueci de avisar...

aos alunos que hoje não darei aula. Mas é por um bom motivo. Estarei na FEE , nas palestras de Alonso e Bandeira, os dois economistas que fizeram os estudos clássicos sobre questões regionais gaúchas. Eles sabem tudo sobre o assunto e admiro muito os trabalhos de análise e geração de dados que ambos fizeram. Aprenderei muito e será um ótimo dia.

Pluralist economics Review

Tanto para ler, tão pouco tempo.

Via Marginal Revolution.

Deprimente

O Programa Espacial Nigeriano.

Via wired.

Geografia e Desenvolvimento na África

Em um paper que sairá no QJE, Nathan Nunn mostrou o legado do tráfico de escravos no desenvolvimento da África. Agora ele vai um passo além. Com Diego Puga, o brilhante new economic geographer, ele argumenta que a irregularidade do terreno "afforded protection to those being raided during the slave trades. Since the slave trades retarded subsequent economic development, in Africa ruggedness also has had a historical indirect positive effect on income". O título do paper é: "Ruggedness: The Blessing of Bad Geography in Africa". (Caramba, eu adoro a Economia!)

Não tenho certeza, mas acho que isto é arte

Por que gostamos de cerveja

Porque os caras que não suportavam beber álcool morreram faz tempo. Isso é só uma das coisas que eu aprendi em "The Ghost Map: The Story of London's Most Terrifying Epidemic--and How It Changed Science, Cities, and the Modern World". A logica é a seguinte: água poluída é uma tremenda ameaça à saúde human, logo..
"In a community lacking pure-water supplies, the closest thing to "pure" fluid" was alcohol. Whatever the risks were posed by beer (and later wine) in the early days of agrarian settlements were more than offset by alcohol's antibacterial properties. Dying of cirrhosis of the liver in your forties was better than dying of dysentery in your twenties... To digest large quantities of (alcohol), you need to be able to boost production of enzymes called alcohol dehydrogenases, a trait regulated by a set of genes on chromosome four in human DNA. Many early agrarians lacked that trait, and thus were genetically incapable of "holding their liquor". Consequently, many of them died childless at an early age, either from alcohol abuse or from waterborne diseases... Most of the world's population is made up of descendants of those early beer drinkers, and we have largely inherited their genetic tolerance to alcohol."
A propósito, eu recomendo fortemente o livro. É um sensacional relato do papel dos preconceitos científicos e conta a historia do mapa que iniciou a análise espacial. Desmancha prazer: é um mito que John Snow descobriu a fonte do surto de cólera depois de desenhar o mapa. Na verdade, ele o desenhou para convencer os outros que a água, e não o miasma, era responsável pela disseminação da doença.

UPDATE:
Olhem o comentário jóia do Marcelo Passos:
"Leo,

a história é ótima e está relacionada com a disseminação do café na Europa.
Quando o café foi introduzido na Europa Oriental, no final do século XV e início do século XVI, foi logo saudado como uma bebida saudável, o "vinho do Islã", como diziam.
Entre as virtudes da bebida estavam: (a) o fato de ser tomada com água fervida (o que mata o vibrião do cólera); (b) o fato de ser estimulante e aumentar a produtividade do trabalho (nesse ponto o vinho e a cerveja perdem feio); (c) não ser uma bebida alcóolica e (d) ser um tanto exótica, o que facilitou a aceitação da bebida pela nobreza européia.
Foi neste período que Bach a "Cantata do Café".
O curioso é que na Inglaterra e na Alemanha houve reação dos cervejeiros alemães e ingleses contra o café.
Na Alemanha a disseminação do café foi bem mais lenta.
O curioso é que as mulheres inglesas foram influenciadas pelos cervejeiros e diziam que o café tirava a virilidade que os seus maridos que, depois de umas cervejinhas, cumpriam suas obrigações maritais.
A mulherada dizia que o café os tornavam "áridos como as areias da Arábia", numa crítica ao hábito dos persas de beberem café."

Eu omiti que o Steven Johnson trata do chá também. Segundo ele, quando
"the tannic acid released in the steeping process kills off those bacteria that haven't already perished during the boiling of the water. The explosion of tea drinking in the late 1700s was, from the bacteria's point of view, a microbial holocaust."

Modelo de Solow on-line

O grande Brad DeLong colocou no google docs a sua planilha didática sobre o modelo Solow.

Blog mexicano

Por um comentário aqui feito, conheci Contraintuitivo , um ótimo blog do professor mexicano José Loyola Trujillo.

Prêmio Eço, versão Nobel.

Deu no mais importante jornal gaúcho, a Zero Hora:
"Mais um golpe no liberalismo econômico ortodoxo foi dado ontem pela Real Academia Sueca de Ciências"
A frase é perfeita para o Prêmio Eço. Começa com um "mais um golpe" como se os suecos tivessem dado o sopapo final na ortodoxia. "Liberalismo econômico ortodoxo" também é uma jóia lapidada por Emir Sader e cia. E, por fim, um erro factual: o Banco Central Sueco, e não a Academia de Ciências, confere o Nobel de Economia.

Via Gustibus, Via Duke of Hazard.

Predictably irrational

Ao que parece, o livro de 2008 será Predictably Irrational. Afinal, 4 prêmios Nobel de Economia - e a própria mãe do autor - recomendam o livro.

Conferência sobre Desenvolvimento

O clio econ Fabio Pesavento pede para que eu divulgue o seguinte evento:

International Seminar on Development:
updating concepts, assessing practices

Local
: Auditório da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense - Rua Tiradentes, 17, Ingá, Niterói. Telefones: 2629-9735, 2629-9698.
Data: 5 de novembro de 2007

Countries with high levels of inequality and relatively low levels of economic development face the challenge of imagining a development model which is not only socially inclusive but also environmentally responsible.

In fact, available evidence points to a non harmonic relationship between economic growth, social development and responsible environmental practices. As far as the first relationship is concerned, part of the problem seems to derive from the inequality in the distribution of income and wealth, while another part stems from political economic factors that are detrimental to a plainly re-distributive public provision of goods and services. When it comes to the second relationship, between growth and the environment, a number of tensions emerge mainly due to environmental practices often strained by the demands of growth and, ultimately, increasing consumption patterns.

These facts raise questions related to the conceptualization of development. Can we think of a concept of development which incorporates in its very core and not only as a peripheral and derivative theme, the social and the environmental dimensions? Can we think of a concept of development in which quality of life as assessed and reported by individuals themselves is expressed, both objectively and subjectively? And as far as the specific context of developing countries is concerned, what is the appropriate notion of development in the context of less developed economies facing a high level of integration in an increasingly asymmetric and unregulated global economy? Questions of agency are also important: who should be the agents of a re-conceptualized development? Last but not least, questions of operationalization of new concepts are paramount: how to assess development and then promote it?

The purpose of the seminar is to stimulate reflection on these problems, benefiting from the expertise and insights of invited Brazilian and international scholars.

Preliminary program

9:00h - Opening session

9:30 - 12:45

Peter Evans (University of California, Berkeley):

"The capability approach as an orientation for development"

Alessandro Vercelli (University of Siena):

"Happiness, health and sustainable development"

Antonio de Barros Castro (UFRJ-BNDES):

"Development and the state"

Lunch break: 12:45 – 14:00

14:00 – 17:00

Lionello Punzo (University of Siena):
TBA

Leonardo Burlamaqui (Ford Foundation)
:

"Development and financial regulation"

Gary Dymski (University of California, Sacramento)
:

"Development as social inclusion"

Organizing committee:

Coordinator
: Celia Lessa Kerstenetzky (coordinator of the Inequality and Development Center) – email: celiakersten@gmail.com

Vice- coordinators
: Carmem Feijó – email: cfeijo@terra.com.br, and Claude Cohen (vicecoordinator of the Inequality and Development Center) – email: claudecohen@economia.uff.br

Secretary:
Bianca Imbiriba (Ph.D. Student) – email: biancaimbiriba@gmail.com ; Carolina Cavalcante (Ph.D student) - email: cmcavalcante@gmail.com, Paula Nabuco (graduate student) - email: pnabuco@bol.com.br

We are very grateful to CAPES/MEC, PROPP/UFF, FAPERJ and MINDS for financial support.

Prêmio Eço e o salário mínimo

OK, eu sei que Card & Krueger encontraram evidências de que aumentos do salário mínimo estavam associadas a expansões do emprego. Mas certamente nem mesmo eles defenderiam afirmações como essas:

"http://www.unicamp.br/unicamp/canal_aberto/clipping/abril2004/clipping040415.folha.html


O elevado desemprego enfrentado pelo país pode ser minimizado com um aumento real de 11% no salário mínimo -hoje de R$ 240 por mês-, o que significaria a injeção de cerca de R$ 50 bilhões na massa de rendimento do trabalho no biênio 2004 e 2005.
Claudio Dedecca, professor do Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho), da Unicamp, que fez os cálculos, entende que, no curto prazo, a elevação do salário mínimo é a forma mais rápida de o país aumentar os postos de trabalho.
"Com aumento real de 11% no salário mínimo, a população vai consumir mais e, conseqüentemente, isso vai estimular a economia. Essa seria uma política factível de geração de emprego num prazo mais curto", diz Dedecca.
"Em um momento em que se discutem possibilidades de políticas a favor do crescimento, a do salário mínimo é, sem dúvida, uma das mais valiosas, pois favorece diretamente a elevação da demanda corrente, isto é, do nível de atividade", cita Dedecca num estudo sobre o impacto do salário mínimo na economia brasileira.
O aumento do salário mínimo, diz, teria impacto nas negociações salariais de várias categorias profissionais, já que é o "farol das remunerações do mercado de trabalho, independentemente do tipo de relação do trabalho".
Uma política de salário mínimo, diz, teria dois efeitos no país: um movimento generalizado de aumento de renda dos mais pobres e a elevação da participação dos mais pobres na renda nacional. "Esses efeitos poderiam ser ainda potencializados, em uma trajetória de crescimento econômico, pela geração de empregos", afirma Dedecca."


Obrigado ao leitor Felipe Missono pelo envio da candidatura!

Doing Business 2008


O Brasil ocupa um deprimente 122 o. lugar. Mas o mapinha é muito legal!

Nova Matriz Insumo Produto Gaúcha

Ótimas noticias para os interessados na economia do Rio Grande do Sul. Alexandre Porsse acabou de lançar a matriz insumo-produto de 2003.

Historical Statistics

Dados suecos basicamente, mas eles têm um bom acervo de estatísticas internacionais.

A conceptual framework for interpreting human history

O novo livro de Douglass North, John Wallis e Barry Weingast está disponível on-line.
Em uma semana, a acumulação primitiva de arquivos pdf somou 1700 páginas a minha pilha de páginas obrigatórias não-lidas.

Via Na Prática.

Acemoglu e o valor de Hawking

Se você leu qualquer blog de economia nesta semana já sabe que o livro do Daron Acemoglu está disponível on-line. Tenho certeza que suas 1.169 páginas são excelentes e que se tornará o livro texto padrão de crescimento econômico na pós-graduação.
Contudo, eu não posso deixar de pensar no seu Valor de Hawking (VH, como decidi chamá-lo). O VH é calculado da seguinte forma:

VH=número de cópias compradas *(a/b)

a=número de cópias do livro;
b=média de páginas - de fato - lidas e compreendidas.

Por exemplo, o livro do Hawking Uma breve história do tempo vendeu 10 milhões de cópias com 200 páginas, mas o número de páginas compreendidas é alguma coisa perto de 1 (um). Portanto, seu VH= 2.000.000.000, o maior na história. De volta ao livro do Acemoglu: quantos arquivos pdf vão repousar fechados e não lidos nos nossos discos rígidos?

Introdução ao R

Se você quer dar os primeiros passos no uso do R, veja esse video.

Via Andrew Gelman e cia.

Renda per capita por país do ano 1 até 2003

Quer saber o PIB per capita quando Jesus andava por aí? Veja a nova versão do banco de dados do Maddison: World Population, GDP and Per Capita GDP, 1-2003 AD.

Duílio encontra Deirdre

Eu conheci o professor Duílio Berni faz uns 10 anos e ele ser transformou imediatamente em minha referência intelectual. Não compartilhamos interesses de pesquisa e eu acho que só entendo metade do que ele diz. Mas cada conversa me rende um ano de reflexão e os livros que ele sugeriu viraram a minha cabeça. (O breve período em que ele foi meu vizinho em Londres foi uma das melhores memórias do meu período de pos-doc).
Eu nunca encontrei a Deirdre Mcloskey, mas ela me ensinou como escrever e pesquisar. Seus papers de história econômica são ainda melhores que os de metodologia que a fizeram famosa.
Lendo o blog da Deirdre tive a surpresa de encontrar uma pergunta do Duílio. Ele quer a referência da seguinte frase da Deirdre's :

"Replete of prices and profits, acres and hand, economic science is the most measurable of all social sciences”.

Ótima frase! A Deirdre não respondeu e sugeriu ao Duílio procurar no seus papers on-line . Eu suspeito que existe um probabilidade não nula de que o próprio Duílio cunhou a frase, mas seria ótimo se alguém o ajudasse a encontrá-la.

Atualização: O blog da Deirdre não está funcionando hoje (2 de outubro). Não é a minha culpa.

Os rumores sobre o meu desaparecimento foram exagerados....

Estou de volta. Eu subestimei o tempo e energia necessários para fazer a vida voltar a funcionar no Brasil. De agora em diante, tentarei postar diariamente.
Vamos começar a semana com um post "pra cima". O gênio Scott "Dilbert" Addams escreveu sobre os economistas:
"I studied economics in college. One thing I’ve noticed is that other people who have studied economics tend to think a similar way. Some of the similarity is probably because it takes a certain kind of person to be interested in economics in the first place. But I’m convinced that the study of economics changes brains in a way I can identify after about five minutes of conversation. In particular, I think the study of economics makes you relatively immune to cognitive dissonance.

http://en.wikipedia.org/wiki/Cognitive_dissonance

The primary skill of an economist is identifying all of the explanations for various phenomena. Cognitive dissonance is, at its core, the inability to recognize and accept other explanations. I’m oversimplifying, but you get the point. The more your brain is trained for economics, the less it is susceptible to cognitive dissonance, or so it seems.

The joke about economists is that they are always using the phrase “On the other hand.” Economists are trained to recognize all sides of an argument. That seems like an easy and obvious skill, but in my experience, the general population lacks that skill. Once people take a side, they interpret any argument on the other side as absurd. In other words, they are relatively susceptible to cognitive dissonance."
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