Empregadas domésticas e a ajuda de custo

O Alex Castro insiste que a relação da classe média com os empregados domésticos é um fenômeno social relevante, representativo da sociedade e cultura brasileira . Já eu penso que a empregada residente, mal paga e semi-escrava é um anacronismo, uma instituição decadente, algo como os fuscas que ainda rodam pelas regiões mais pobres do Brasil. Ninguém mais do Brasil moderno com menos de 40 anos considera normal ter um fusca ou trazer uma pobre adolescente dos grotões para trabalhar e ser criada com a família.
É assustador que a lei preveja o pagamento da passagem do empregado doméstico para o servidor público que muda de domicílio :
Para os efeitos do disposto no inciso II do art. 1o, considera-se como dependente do servidor um empregado doméstico, desde que comprovada regularmente esta condição.
A lei é de 2001. É, talvez o Alex tenha um pouco de razão.

* Para sua informação: eu tive um Fusca. Amarelo correio. 1974. O carro já era tinha 18 anos quando foi meu. O melhor carro que eu já tive**.
** Eu só tive 2 carros. O outro era um Passat 1982. Verde. Sim, carros nunca foram o meu forte.

2 comentários:

Alex Castro disse...

adorei. te linkei no twitter assim q saiu. :)

Marcos Vinicius Gomes disse...

Eu canso de dizer isso. A patuléia cult (leia-se classe média) adora um Sex and The City no cabo, papagueia Miami mas não abre mão de uma empregada para esquentar seu miojo no microondas. Alguns para exercício de catarse leem 'A hora da Estrela' ou ' Vidas Secas' para purificar o espírito. E o Brasil avança...

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