Quem nada é o homem e não a piscina
Estou enrolado, só trabalhando nas minhas coisas e sem tempo para postar nada interessante (sim, minhas coisas não são tão interessantes). Vou ressuscitar aqui um post antigo que passou batido:
"Nelson Rodrigues e o individualismo metodológico
O dramaturgo, após assistir na TV um psicanalista atribuir a culpa dos problemas da juventude à família e à sociedade, escreveu:
"E eu então vi subitamente tudo. Imaginei que, diante de uma prova de natação, a psicanalista havia de concluir - "Quem nada é a piscina e não o nadador". Minha vontade foi bater o telefone para a TV Globo e dizer:- "Minha senhora, não se esqueça do homem."...
Referindo-se aos especialistas das Ciências Humanas, Nelson Rodrigues continua:
"É preciso que alguém lhes escreva uma carta anônima, com um furo sensacional:- "O homem existe! O homem existe!" E vai ser um susto, um pânico, um horror quando os citados especialistas perceberam que a besta humana está inserida na nossa paisagem"
(Nelson Rodrigues, Os Inimigos do Óbvio, 1966)
Agradeço ao meu amigo (e cientista político) Acir Almeida a citação."