History of Work Information

Estou agora na ERSA*, mas nos minutos livres estou fechando um outro trabalho. Ai vai uma dica de um site que me quebrou varios galhos: History Of Work Information System. O serviço de buscas é sensacional: voce coloca uma ocupacao em qualquer lingua e ele te mostra a classificacao historica.
* Isso explica a falta de acentos do post

Meus 10 livros de Economia nos últimos 10 anos

Seguindo a chamada do Cláudio, aí vai a lista dos 10 livros de Economia que mais me influenciaram nos 10 últimos anos. Sim, a minha lista tem 13 livros e alguns eu li faz mais de uma década, mas não poderia deixá-los de fora.
  1. Brakman, S., H. Garretsen, et al. (2001). An introduction to geographical economics, Cambridge University Press New York.
  2. Easterly, W. (2001). The Elusive Quest for Growth: Economists' Adventures and Misadventures in the Tropics, Mit Press.
  3. Eggertsson, T. (1990). Economic Behavior and Institutions. Cambridge, Cambridge University.
  4. Fogel, R. W. (2004). The escape from hunger and premature death, 1700-2100. Europe, America, and the Third World. Cambridge, Cambridge University Press.
  5. Fogel, R. W. and S. L. ENGERMAN (1974). Time on the Cross. Boston, Little, Brown & Co.
  6. Furubotn, E. and R. RICHTER (1997). Institutions and Economic Theory: the contribution of the New Institutional Economics. Michigan, Michigan University.
  7. Jacobs, J. (1961). The Life and Death of Great American Cities. New York, Random House.
  8. Friedman, D. (1996). Hidden order: the economics of everyday life, Harper Business.
  9. Krugman, P. (1993). Geography and Trade, MIT Press.
  10. North, D. (1990). Institutions, institutional change and economic performance. Cambridge, Cambridge University.
  11. Olson, M. (1982). The Rise and Decline of the Nations. New Haven and London, Yale University.
  12. Olson, M. (1965). The Logic of Collective Action: public goods and the theory of groups. Cambridge, Harvard.
  13. Putnam, R. (1993). Making democracy work: civic traditions in modern Italy. Princeton, Princeton University.

Hello, I must be going

Eu volto para a UFPel no próximo domingo. Mas graças à boa vontade dos colegas de departamento e do CNPq, eu voltarei depois de comparecer ao encontro da European Regional Science Association em Paris. Os resumos e diversos papers do evento estão disponíveis por lá, inclusive o que neo-econ Martin Brauch e eu fizemos.
Estou enrolado com os preparativos da volta, preparando o relatório final e outras cositas.Mesmo assim, vou postar diariamente. Enquanto isso, meus leitores podem se divertir com o Groucho Marx:
Hello, I must be going.
I cannot stay,
I came to say
I must be going.
I'm glad I came
but just the same
I must be going.

A Evolução é sub-ótima

Você não tem que acreditar em causos sobre QWERTY ou ter uma apendicite para perceber que a evolução - natural ou social - leva a resultados sub-ótimos. Basta olhar para a evolução do alfabeto (via Alex). Existem várias letras semelhantes: "V" e "U"; L minúsculo e o 1; "J" e "I". Além disso, tem umas que são bem feias. (Eu odeio as letras R e K).
Os caras do blog Stumbling and Mumbling levantaram a mesma questão: o Inglês (ou qualquer outra língua) é obviamente ineficiente e resultado de mecanismos de lock-in. Mas, por favor, não busque por uma solução.

Prêmio Eço, versão políticos

Normalmente, entradas para o Prêmio Eço vindas de políticos são banidas por motivos óbvios. Contudo, abro uma exceção para essa pérola enviada por um leitor (caso deseje ser identificado basta comentar, ok?):
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, negou hoje que o aumento da carga tributária tenha sido decorrência do aumento de tributos. Segundo ela, o que aumentou foi o PIB e, conseqüentemente, a arrecadação.

Ontem a Receita Federal anunciou que em 2006 a carga tributária bateu novo recorde de 34,23% do PIB.


Pelo visto, a ministra não sabe o que é carga tributária.

Mestrado em economia na PUC-RS

A seleção está aberta. O corpo docente conta com ótimos professores (com ótimos papos*!) e dois ex-orientandos meus foram para lá: o Rodrigo Ávila (que hoje é doutorando na UFRGS) e o Matheus Lisboa (já defendeu, Matheus?). Ambos parecem que foram bem felizes por lá.

* Ainda estou devendo um post filosófico-existencial-econômico sobre as caminhadas filosóficas-existenciais-econômicais com o Mestre Duílio do LPH até a LSE. Caramba, como aprendi nessas manhãs!

É amanhã!

O Marcelo Passos mandou a programação do seminário que o Delfim Netto organiza na USP. O de amanhã está imperdível mesmo:
22/agosto/2007 -- 9h-12h

Desigualdades Regionais, Crescimento e Desenvolvimento



Expositores:

Prof. Dr. Carlos Roberto Azzoni (FEA-USP)

Prof. Dr. Joaquim Josi Martins Guilhoto (FEA-USP)



Debatedores:

Prof. Dr. Paulo Haddad (Ex-Ministro do Planejamento e da Fazenda)

Prof. Dr. Clilio Campolina Diniz (UFMG)





Sala da Congregagco, Pridio FEA-1.

Av. Professor Luciano Gualberto, 908, Cidade Universitaria, Sco Paulo (SP)

Informagues: 3091-5802

1er Congreso Latinoamericano de Historia Económica

Aí vão os resumos dos artigos aprovados na sessão sobre Disparidades Regionais no CLADHE que Moramay Alonso, Eustáquio Reis e eu organizamos. Obrigado! Nos vemos em Montevidéu!
Growth with Inequality: Living Standards in Mexico 1850-1950
Moramay Lopez-Alonso (Rice University)

"This article focuses on trends in the adult heights of various sectors of Mexican society between 1850 and 1950 as a proxy for their biological and material standards of living. The evolution of biological standards of living is an alternative way to assess whether or not economic development after 1850 was beneficial to the population, using a proxy that relies on a basic natural characteristic, adult height. The recruitment records of the Mexican rural and federal militia provide us with information on the secular trends of heights of the Mexican labouring classes, while a database of passport applications allows us to compare the evolution of living standards across social classes. It is argued that the benefits of industrialisation and improved economic performance fostered by the Dıá regime (1876–1910) did not have a favourable impact on the biological wellbeing of the labouring population. There are, however, signs of improvement in living standards with the launching of welfare programmes at the end of the Cárdenas administration. In contrast, the average height of the elites increased throughout the period, suggesting that there was a growing disparity in the evolution of living standards between social classes"

"Instituições e Diferenças de Renda entre os Estados Brasileiros: Uma análise histórica"
Naércio Menezes-Filho (IBMEC / USP) , Renato Leite Marcondes (FEA-RP/USP), Elaine Toldo Pazello (FEA-RP/USP), Luiz Guilherme Scorzafave (FEA-RP/USP)

Neste artigo utilizamos a qualidade das instituições atuais e elementos históricos para examinar os determinantes das diferenças de PIB per capita entre os estados brasileiros. Utilizamos uma abordagem empírica para testar a hipótese de que as condições geográficas dos diferentes estados geraram um conjunto de instituições e políticas que visavam a preservar a desigualdade, acabando por reduzir o crescimento econômico nos estados mais desiguais. Analisamos a escravidão, a alfabetização e o acesso ao voto no passado como exemplos de instituições destinadas a manter o status quo e os efeitos da imigração estrangeira como atenuantes deste círculo vicioso. Apesar do reduzido número de observações, as correlações observadas entre essas variáveis e a regressão estimada mostram-se consistentes com estas hipóteses

"The state of the market in a (nation) state-less economy: Argentina at mid-nineteenth century”
María Alejandra Irigoin (The College of New Jersey) & Colin M. Lewis (London School of Economics & Political Science)

The lack of a nation-wide state, endowed with the full attributes of statehood, has led historians (including economic historians) to assume that the modern development of Argentina started in 1880. Namely, that growth became possible only after political turmoil, which characterised the pre-1850s decades, was brought to an end and market-friendly institutions resulting from ‘national consolidation’ were set in place. This paper challenges those assumptions by assembling and evaluating material which suggests that a system of exchange and market production that originated in the colonial economy survived through the revolutionary and early national periods, and even flourished after the 1820s. Recently available data on population, production, trade, commodities, and money and finance facilitate a reassessment of the extent of market production, the behaviour of agents, the organisation of economic activity, and changes in factor allocation in response to regional and international demand. In focussing on the domestic market and internal commercial and monetary networks during the transition from the colonial to the post-Independence economy, the paper maintains that these institutions functioned despite the absence of a nation-wide state. Exploring the ‘state of the market’ in a (national) state-less economy, the paper seeks to re-evaluate the economic consequences of Independence.

The colonial Legacy as a Determinant of Regional Per Capita Income in Colombia
Jaime Bonet, Adolfo Meisel Roca (Banco de la Republica)

Using the Colombian regional experience, this paper introduces new evidence for the analysis of the long-run determinants in per capita income differences. Colombia has experienced significant and persistent regional income disparities. Based on the recent international literature about this topic, we test the relevance of institutions, geography and culture in explaining those differences. Although we establish that colony legacy has had an important impact on the regional income differences in Colombia, it is not easy to know the way through which this legacy influenced outcomes: institutions or human capital. However, human capital seems to play a stronger role than institutions.

Disparidades regionais no Brasil na primeira metade do século XX: Minas
Gerais e São Paulo em perspectiva comparada
Tarcisio R. Botelho (PUC-MG)

O objetivo do paper é apresentar uma proposta metodológica de classificação de ocupações para o passado. O ponto de partida será a aplicação de uma codificação padronizada de ocupações, a HISCO (Historical International Standard Classification of Occupation), baseada na ISCO, utilizada na produção de estatísticas contemporâneas sobre ocupação e mercado de trabalho. A partir da HISCO, é possível recuperar a distribuição da população economicamente ativa segundo os setores econômicos. Pretende-se evidenciar alguns aspectos das desigualdades econômicas intra e inter-regionais a partir de listas nominativas de habitantes da década de 1830 disponíveis para as províncias de São Paulo e Minas Gerais. Simultaneamente, será feita a análise da estratificação social a partir das declarações de ocupação reagrupando-as em conformidade com o modelo HISCLASS (Maas, Leeuwen, 2005), uma adaptação para períodos históricos do modelo de Goldthorpe (Erikson, Goldthorpe, 1992). Ao lado das informações derivadas das declarações de ocupação, pretende-se agregar ao modelo HISCLASS outras dimensões fundamentais para a descrição de status social na América latina, notadamente a condição social (se livre ou escrava) e a cor/raça.

El potencial de mercado en las regiones españolas, 1860-1930.
Julio Martínez Galarraga (Universidad de Barcelona)

En este artículo se lleva a cabo la elaboración del potencial de mercado de las regiones españolas para los años 1860, 1900, 1914 y 1930, para un nivel de desagregación provincial y regional. Por un lado, la disponibilidad de estimaciones del potencial de mercado resulta una variable de gran relevancia para el análisis empírico de las predicciones teóricas dentro de la Nueva Geografía Económica. Por otro lado, desde la historia económica, la aparición del estudio de Crafts (2005) para la economía británica antes de la I Guerra Mundial, sirve como referencia a la hora de obtener estimaciones del potencial de mercado comparables internacionalmente. En este caso, se plantea el estudio de la dinámica seguida por esta variable durante la segunda mitad del siglo XIX y primer tercio del siglo XX, vinculado a las diferentes opciones de política comercial implementada por los gobiernos españoles durante el período estudiado. Así, se puede analizar el impacto sobre la distribución regional del ingreso que tuvo el progresivo cierre al exterior de la economía española desde la última década del siglo XIX, en lo que la literatura ha denominado nacionalismo económico español.

Políticas públicas e disparidades regionais: o caso da zona da Mata de Minas Gerais (1925/1940)
Nicélio do Amaral Barros (Programa de Pós-Graduação em História Social das Relações Políticas – Universidade Federal do Espírito Santo)-

O objetivo central do trabalho é analisar o deslocamento dos eixos político e econômico em Minas Gerais durante a década de 1930. Analisamos como o complexo cafeeiro da zona da Mata foi sobrepujado, neste processo, pela região centro-metalúrgica, especializada no setor siderúrgico. Para tanto, partimos em primeiro lugar da análise teórica de três aspectos fundamentais para se chegar ao foco do estudo: a) os impactos da crise internacional de 1929, fato que influenciou em mudanças na política econômica da maioria dos países latino-americanos; b) a política econômica do governo brasileiro entre 1920 e 1930 e; c) a ação das elites nacionais diante do projeto varguista de industrialização na década de 1930. Em seguida, abordamos as mudanças ocorridas no segmento urbano-industrial do complexo cafeeiro sediado na cidade de Juiz de Fora, na zona da Mata mineira, durante as décadas de 1920 e 1930, em especial no período pós-1929. Para tanto, são analisadas fontes primárias, como processos de falências de sociedades anônimas e firmas limitadas dos ramos industrial, financeiro e comercial. Por fim, procuraremos detectar a ascensão da burguesia sediada em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, no pós-1930.

In this paper the shift of the political and economical axis of coffee production of the zona da Mata, in the state of Minas Gerais, during the 1930’s and the way it was prevailed over by the central metallurgical region, mainly directed to iron and steel industry, is analyzed. The study starts from the theoretical analysis of three basics aspects: a) the shock of the 1929 crisis, which led to changes in the economic policy in most Latin-American countries; b) the economic policy of the brazilian government from 1920 through 1930; and c) the modus operandi of brazilian upper classes concerning president Vargas’s project of industrialization during the 1930’s. Next, changes are analyzed which occurred in the urban and industrial sectors of coffee economy, centered in Juiz de Fora, in the zona da Mata, during the 1920’s and 1930’s, especially during the post-1920 period. In order to reach this aim, primary sources are analyzed, such as bankruptcy proceedings of business corporations and limited companies in the industrial, financial and comercial sectors. Lastly, an effort was made to identify the rise of the bourgeoisie in Belo Horizonte, the capital city of the Minas Gerais, during the post-1930 period. The project, as well as the accomplishment of this class so as to secure admittance to the decision areas of Minas Gerais government, are discussed.

A questão regional no Brasil e a ação do Estado – 1930-1990
Hermes Magalhães Tavares

The Brazilian Economy is made of a typical case of unfair development. Throughout the 20th Century, several images have been used to illustrate the regional Dynamics. First, “The Archepelago Economy”- a period in which the country was formed by several relatively autonomous regions that rarely communicated to one another. Secondly, “The Two Brasis”, a dual focus which did not integrate and, futhermore: the second one pushed the development of the country out of the first one. Finally, the middle-sorrounding model, considered by some as a variant of the second. Whatever approach we might use, the inter-regional labor division has been strictly unfair, which is a question that follows the Brazilian Economy under the sponsorship of the industrial capital. On this essay, we will deal with the Brazilian regional matter between the period of 1930 and 1990, pointing out the actions of the State related to it. Secondary data and other history elements have been used so that the matter is analyzed in its more relevant aspects and moments.


A economia brasileira constitui um caso típico de desenvolvimento desigual. Ao longo do século XX, diversas imagens foram utilizadas para ilustrar a dinâmica regional. Em primeiro lugar, a “economia de arquipélago” – fase em que o país era formado por várias regiões relativamente autônomas, que se articulavam escassamente. Em segundo, “os dois brasis”, enfoque dual que considerava o país constituído por dois segmentos – o Centro-Sul e o Nordeste-Norte – que não se integravam e mais: o segundo segmento emperrava o desenvolvimento do país a partir do primeiro. Em terceiro, o modelo centro-periferia, considerado por alguns como variante do segundo modelo. Qualquer que seja a abordagem, uma divisão inter-regional do trabalho bastante desigual; questão regional que atravessa a economia brasileira sob a égide do capital industrial. Este trabalho trata da questão regional brasileira, no período de 1930 a 1990, destacando a ação do Estado em relação a essa. Usam-se dados secundários e outros elementos da historiografia, com o objetivo de analisar essa questão em seus aspectos e momentos mais relevantes. "

Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul
Nali de Jesus de Souza (PUC-RS)

Procurou-se identificar os fatores do desenvolvimento do RS desde o Século 18. A economia originou-se da extração de erva-mate e da produção de couros e charque. Com a chegada dos imigrantes, a agropecuária diversificou-se e surgiram as primeiras indústrias. Conflitos com o governo federal provocaram Revoluções no RS. Os principais fatores de seu desenvolvimento foram: agricultura mecanizada e exportadora (arroz, trigo e soja); criação de programas estaduais de desenvolvimento e incentivos públicos; implantação de empresas públicas e atração de investimentos. Isso neutralizou impactos de fatores climáticos, conjunturais e de políticas nacionais desfavoráveis, como valorização cambial, que afetam a economia gaúcha.

The roots of regional inequalities in Brazil (1872-1920)
Eustáquio Reis (IPEA) , Leonardo Monasterio (UFPel)

This paper provides historical perspectives on regional economic inequalities in Brazil. It analyzes the changes in the spatial concentration of economic activities in Brazil based upon data on the municipal distribution of the labor force by occupation from the Censuses of 1872 and 1920. The New Economic Geography provides the analytical framework to show how geography, technology and institutions combined give industrial preeminence to the city of São Paulo and why the accelerated industrial growth of São Paulo had such a limited and delayed effects in the rest of the country. In short, the significant reduction in transport costs brought by railroads stimulated subsidized international migration as an institutional solution to the labor shortage problem. Other consequences were the increased market potential of the city of São Paulo, which triggered self-reinforcing processes of human capital accumulation, economies of scale and agglomeration externalities in the industrial sector. Regression analyses suggest that immigration, railways and economic diversity were relevant for the locational decisions in 1920. Natural resources, however, seem unimportant to explain the changes in the location of manufacturing activities between 1872 and 1920.

India

No Brasil, não pensamos muito sobre a India. Sabemos que existe 1,1 bilhão de indianos, mas eu nunca tinha sido apresentado a um deles. Isso muda quando se mora em Londres. A cultura da India está por todos os lados, meus amigos são descendentes de indianos e eu já comi toneladas de curries. É natural ficar interessado pelo país, apesar de ser realmente difícil entendê-lo (e provavelmente nunca conseguirei).
O site que a BBC criou para celebrar a independência da India é um passo inicial para entender o país. E dois artigos recentes da são essenciais para os curiosos sobre as mudanças recentes: The changing values of modern India and Can India close the wealth gap?
Do primeiro artigo eu aprendi que nos anos 60:
"Such was the scarcity in the country that there was a Guest Control Order which meant you could not invite more than fifty people for a meal - at weddings all you got was a thin slice of ice cream."
Já o segundo me ensina sobre outsourcing rural:
"Bellary is home to one of India's first rural outsourcing centres, run by Indian steel maker JSW Steel Limited. The organisation has started two small operations on its Bellary campus, hiring young women from nearby villages to work in their rural processing centres. Here the girls spend their shifts punching in details of American patients' dental records, typing in a language many of them have only recently learned, using a machine many had never seen or heard of before. Twenty-year-old Savithri Amma has a basic high school diploma. She earns about $80 (£40) a month doing this work - the same as one of her peers might earn working as a house-help in Mumbai."

Prêmio Eço - Duas entradas

O sempre cooperativo Marcelo Passos me mandou essa pérola de ignorânica escrita por Adolfo Wendpap na Revista Idéias (Curitiba-PR). Reproduzo o texto e os comentários do Marcelo:

"Comércio perde aderência

A microeconômica regional sofre com a concorrência paraguaia. As baixas taxas comerciais cobradas no Paraguai atraem cada vez mais brasileiros ao mundo: La garantía soy yo. Um dos produtos mais visados atualmente são pneus. Muitas vezes por estarem tão sujos de lama quanto os antigos, eles nem entram na cota de importação dos produtos adquiridos no Paraguai."


Festival de besteiras em três linhas!

1) O cara erra no título: afinal utilizar “Comércio perde aderência” para se referir a muamba de pneus é o pior trocadilho que li nos últimos anos.
2) Depois, se refere à “microeconômica regional”. Valei-me meu São Varian!
3) Em seguida se sai com esta: “As baixas taxas comerciais cobradas no Paraguai atraem cada vez mais brasileiros ao mundo: La garantía soy yo”. Repara que o mundo a que ele se refere é, presumo, Ciudad del este, antigamente chamada de Puerto Stroessner. It`s a very small world...
4) Aí o cara erra na concordância: “Um dos produtos mais visados ultimamente são os pneus”. Mas, afinal, que mal há em cometer erros de concordância verbal? Até o presidente se engana com os plurais, não é mesmo?
5) Finalmente, diz que os pneus sujos comprados por brasileiros não entram na cota de importação dos produtos adquiridos por brasileiros no Paraguai. Na certa os fiscais são preconceituosos...


Outro colaborador, que prefere ficar anônimo, me manda esse link. O autor ganhará o prêmio no quesito linguagem empolada. Minha frase predileta?

"O plano também expunha, com o passar do tempo, uma contradição endógena: a sobrevalorização do real liquidava as reservas."

"Contradiçao endógena" é lindo. Sou capaz até de criar um bloco de carnaval com esse nome.

O não-dia do economista

Hoje eu não comemoro o dia do economista. É provinciano e corporativo celebrar a data só porque foi quando a profissão foi regulamentada no Brasil
Faz tempo que eu já faço campanha pela instituição do 9 de Março, dia da publicação da Riqueza das Nações, como o verdadeiro Dia do Economista, ou o Festivus do Economista. Por enquanto não encontrei seguidores. (Na verdade, nem eu mesmo comemoro. Eu sempre me esqueço).

Nova Geografia Econômica+ Escolha Pública

Juntar as duas abordagens dá samba:

Do rent-seeking and interregional transfers contribute to urban primacy in sub-Saharan Africa?
Kristian Behrens Alain Pholo Bala
We develop an economic geography model in which mobile skilled workers choose
between working in the production sector or becoming part of an unproductive political elite
. The elite sets tax rates on skilled and unskilled workers to maximize its own welfare by extracting rents, thereby influencing the spatial allocation of production and changing the available range of consumption goods. We show that such behavior increases the likelihood of agglomeration and of urban primacy. In equilibrium, the elite may tax the unskilled workers but will never tax the skilled workers, and there are rural-urban transfers towards the agglomeration.
The size of the elite and the magnitude of the tax burden that falls on the unskilled is shown to decrease with product differentiation and, via the tax rates, with the expenditure share for manufacturing goods

Altura e Renda

O autor desse artigo entendeu (quase) tudo errado. Ele diz que a causalidade funciona na direção altura->renda. Na verdade, crianças que tiveram acesso a melhor nutrição e saúde também receberam uma melhor educação e acabam sendo mais bem-sucedidos (na média). Altura é só uma variável confounding e não causa sucesso financeiro ou emocional, como o artigo sugere. (OK, eu admito que exista discriminação no mercado de trabalho contra os mais baixos, mas imagino que esses efeitos são pequenos em economias modernas)

PS: Interessado em Antropometria? Então leia tudo do Prof Komlos, Prof Steckel e Prof Fogel.

Por que adoro a Economia?

Basta dar uma olhada em alguns títulos dos novos papers do NBER. Lugares exóticos, questões interessantes e todos os temas possíveis. A lista começa com um trabalho de Robert Lucas e terminar com um intitulado: "From "White Christmas" to Sgt. Pepper". Bacana, não?

1. Trade and the Diffusion of the Industrial Revolution
by Robert E. Lucas, Jr. #13286 (EFG)
http://papers.nber.org/papers/W13286

2. Island Matching
by Dale T. Mortensen #13287 (EFG)
http://papers.nber.org/papers/W13287

3. Misallocation and Manufacturing TFP in China and India
by Chang-Tai Hsieh, Peter J. Klenow #13290 (EFG PR)
http://papers.nber.org/papers/W13290


6. Why Don't Inventors Patent?
by Petra Moser #13294 (DAE PR)
http://papers.nber.org/papers/W13294

7. Employment, Innovation, and Productivity: Evidence from Italian Microdata
by Bronwyn H. Hall, Francesca Lotti, Jacques Mairesse #13296 (IO PR LS)
http://papers.nber.org/papers/W13296

9. Many Children Left Behind? Textbooks and Test Scores in Kenya
by Paul Glewwe, Michael Kremer, Sylvie Moulin #13300 (ED POL)
http://papers.nber.org/papers/W13300

10. Spatial Growth and Industry Age
by Klaus Desmet, Esteban Rossi-Hansberg #13302 (EFG PR)
http://papers.nber.org/papers/W13302

12. The Power of TV: Cable Television and Women's Status in India
by Robert Jensen, Emily Oster #13305 (LS)
http://papers.nber.org/papers/W13305

13. Wage and Productivity Premiums in Sub-Saharan Africa
by Johannes Van Biesebroeck #13306 (LS PR)
http://papers.nber.org/papers/W13306

14. From "White Christmas" to Sgt. Pepper: The Conceptual Revolution in Popular Music
by David Galenson #13308 (LS)
http://papers.nber.org/papers/W13308

Finaças Públicas Regionais no Brasil Imperial

São poucos os posts desse blog que receberam os tags História e Regional ao mesmo tempo. Esse texto do André Villela na Estudos Econômicos é jóia para quem quer estudar finanças públicas regionais no Império. Uma sugestão de pesquisa para algum pesquisador com fôlego é utilizar a Public Choice para explicar o padrão de despesas e receitas por Província:

Distribuição Regional das Receitas e Despesas do Governo Central no II Reinado, 1844-1889

Resumo

Uma das características mais marcantes da história política brasileira na segunda metade do século XIX foi a centralização de poderes, decisões e recursos econômicos no Rio de Janeiro, sede do governo imperial. Esta primazia do governo imperial sobre os governos provinciais e municipais se manifestava tanto em termos de atribuições quanto dos recursos fiscais de que dispunha. O objetivo do artigo é medir a contribuição relativa das províncias dos chamados Norte e Sul do Império para o total das receitas e despesas do governo central. Os resultados a que se chegou indicam uma contribuição desproporcional das províncias do Norte para a arrecadação central, o que vai ao encontro das observações de contemporâneos, bem como pesquisas anteriores sobre o tema.

Texto Completo: PDF

Gregory Clark e a Revolução Industrial

O New York Times resenhou o livro novo do Gregory Clark. Eu li apenas os capítulos que estavam disponíveis on-line e tenho certeza que o restante do livro é excelente.
Contudo, sua tese de que talvez tenha havido um componente genético nas raízes da Revolução Industrial não me convence mesmo. Quando ele apresentou no seminário de História Econômica da LSE, esse ponto foi severamente criticado. O principal motivo de crítica é que as alterações genéticas são lentas demais para explicar mudanças como a Revolução Industrial na Inglaterra. Houve até comentários debochados do tipo:"Se você olhasse meus antepassados, você mudaria de opinião".

O Duelo dos Economistas

Esse curta explica por que você não deve gastar sua energia discutindo com economistas que partem de pontos de vista distintos do seu.
Atualização: tiraram o vídeo do ar.

Filiação Aber/RSAI - Prazo estendido

O prazo foi estendido até 20 de agosto.

Salários e Clusters Industriais no Rio Grande do Sul

A Review of Regional Studies publicou meu paper Wages and Industrial Clusters in Rio Grande do Sul (Brazil) (acesso restrito). O abstract é o seguinte:
The purpose of this paper is to test whether the New Economic Geography hypothesis concerning the existence of a spatial wage structure applies to the state of Rio Grande do Sul, Brazil. The first part of the study applies several spatial analysis techniques in order to locate industrial clusters and calculate the market potential of the municipalities studied. The second part uses this information together with demographic data to run wage regressions aimed at capturing the effects of agglomeration and urban economies on individual wages. The results do not falsify the hypothesis that nominal wages, using the proper controls, are higher in municipalities with higher market potential and lower in the economically disadvantaged hinterland of the state.

Se você quiser ler o paper, eu envio uma versão anterior por e-mail.

Winnie e a Matemática

Depois de saber que Brian May está perto de obter o seu PhD em Astrofísica, descubro que Danica Mckellar graduou-se em Matemática na UCLA e já publicou uma daquelas demonstrações incompreensíveis . Quem é ela? Ela era a namorada do Kevin, a Winnie Cooper, no meu seriado favorito nos anos de mestrado.
Via Wired.

Prêmio Eço, categoria analfabetismo matemático

É tiro e queda. Quando quero lamentar a qualidade do jornalismo econômico, vou no blog do Luis Nassif. Essa é sensacional:

Um preço de 100 cai 5%. No momento 2 estará em 95. Se continuar em 5% de queda, a segunda derivada é zero, mas o preço cai para 90,25. No momento seguinte, para 85,74. E assim por diante.
No meu comentário, digo que chega uma hora em que o preço tem que estabilizar – ao contrário da alta de preços, onde vale o conceito de preço nominal. Ou seja, o produto vai para 90, 88, 86 até que chega uma hora em que estabiliza
.

Essa contribuição o faz um possivel ganhador do Prêmio Eço (categoria blog).
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