Pesquisas de opinião e intervalos de confiança
Uma previsão: nestas eleições, se algum instituto de pesquisa errar, um "analista político" dirá que "é um absurdo que se tenha entrevistado apenas 1000 pessoas em uma cidade de mais de X milhões de eleitores". É batata.
Pobre de mim. Eu passo minha aulas lembrando aos alunos que os intervalos de confiança dependem do tamanho absoluto da amostra e não da sua relação com o total da população. Se você quer o mesmo intervalo de confiança, vai ter que entrevistar o mesmo número de entrevistados na eleição para prefeito em Arroio dos Ratos ou em São Paulo. Em pesquisa cliométrica isso também é uma benção: quer você esteja trabalhando com inventários de uma cidade pequena, quer de uma cidade grande, as tuas amostras aleatórias serão do mesmo tamanho! É contra-intuitivo, eu sei; mas é verdade. O problema é que eu educo quarenta caras por vez, enquanto o sujeito na TV deseduca 4 milhões.
O grande Andrew Gelman escreve sobre o assunto na Scientific American.
Pobre de mim. Eu passo minha aulas lembrando aos alunos que os intervalos de confiança dependem do tamanho absoluto da amostra e não da sua relação com o total da população. Se você quer o mesmo intervalo de confiança, vai ter que entrevistar o mesmo número de entrevistados na eleição para prefeito em Arroio dos Ratos ou em São Paulo. Em pesquisa cliométrica isso também é uma benção: quer você esteja trabalhando com inventários de uma cidade pequena, quer de uma cidade grande, as tuas amostras aleatórias serão do mesmo tamanho! É contra-intuitivo, eu sei; mas é verdade. O problema é que eu educo quarenta caras por vez, enquanto o sujeito na TV deseduca 4 milhões.
O grande Andrew Gelman escreve sobre o assunto na Scientific American.
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