Pesquisa básica ainda vale a pena?

Pensando alto:
Só a pesquisa básica em Física do século XX gerou a ressonância magnética, GPS e muita coisa legal. O livro-texto diz que pesquisa básica deve ser subsidiada porque seus benefícios não são todos apropriados privadamente. Sem governo, as externalidades positivas fazem com que a quantidade ofertada seja inferior ao ótimo social. Até aí, tudo bem.
Os retornos da pesquisa básica parecem cadentes. Imagino que criar a mecânica quântica custou baratinho. Hoje, o  Large Hadron Collider é super bacana, mas custa 9 bilhões de dólares e não temos nem ideia dos benefícios sociais (se houver). Enfim, pode ser que os maiores triunfos da pesquisa básica já tenham ocorrido.
Lembre-se que a maior parte da pesquisa básica dá com os burros n'água e que as coisas fáceis já foram descobertas. Pense na margem. Um real a mais em pesquisa básica pode ter um retorno social inferior ao seu custo (ou a outras aplicações alternativas). Logo, não deve ser financiado nem pelo setor público.
Tomara que eu esteja errado. Mas é curioso que economistas cautelosos sejam tão otimistas quanto ao potencial da pesquisa básica.
(A propósito: eu também acho que todas as músicas que eu gostaria de ouvir já foram feitas e não estou muito preocupado com os os direitos autorais dos compositores. Ou seja, pode ser que eu seja apenas um ranzinza pessimista.)

2 comentários:

Anônimo disse...

Os gastos militares mundiais beiram 1 trilhão e meio de verdinhas por ano. Creio que os gastos com pesquisa básica são "peanuts".

Anônimo disse...

A maturação da pesquisa básica demora décadas. Você será idoso quando o mundo souber os benefícios do LHC

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