Download e processamento da amostra do Censo 2010 no R

Aqui. Sensacional! Parabéns para Anthony Damico e Djalma Pessoa que escreveram o código!
(Ótimo também que o IBGE colocou o link na página do Censo)

Historical trades, skills and agglomeration economies por Ehrl e Monasterio

Nova versão do paper está on-line. Comentários são bem-vindos!:
Historical trades, skills and agglomeration economies
We exploit differences in the spatial distribution of industrial and liberal occupations in the years 1872 and 1920 to instrument for today's concentration of interpersonal and analytical skills in Brazil. The data suggest that the local supply of knowledge and manufacturing provided by these historical trades favored a growth path that has shaped the occupational structure until the present day, whereby the existence of a large local consumer market was a necessary condition for this development. By means of these instruments, we present causal evidence that the regional concentration of interpersonal and analytical skills generates positive wage externalities. Particularly university graduates and workers without formal education benefit most from these agglomeration economies.

A culpa é da mandioca

Ótimo artigo sobre os determinantes do desenvolvimento no longo prazo.  A batata era a heroína do crescimento europeu, mas agora os tubérculos são os culpados pelo atraso mundo. O argumento é que as batatas são difíceis de serem roubadas; já o cereais, como não são perecíveis, tem que ser protegidos (e também podem servir para pagar os impostos). A matéria ficou interessante porque ouviu também os críticos dessa tese.
Dois pontos adicionais:
- Thales Zamberlan, que me mandou o link, chamou atenção para um possível erro nos dados. Brasil consta nos mapas da matéria e do artigo como sendo uma área propensa aos cereais e com governo complexo antes do Cabral chegar. Estranho. Se erraram isso...
- Os índios brasileiros faziam farinha de mandioca aos montes e, mesmo assim, nunca desenvolveram Estados complexos. (Obrigado pela farofa, a propósito. Talvez a única coisa que sinto falta em Los Angeles).

Dica para quem está começando no R

Ao invés de aprender a usar data.frame, plot e os comandos nativos, comece logo com: data.table, ggplot2 e dplyr. São pacotes bem mais modernos, fáceis e capazes.
Eu dou esse conselho porque comecei no R faz 11 anos e agora estou tendo que reaprender tudo. Dureza para um cabeça já cansada.
  

Conferência da NBER sobre estudos baseados em coorte

Amanhã, aqui na UCLA, mas os papers já estão disponíveis. Muita coisa boa sobre saúde, demografia, cliometria e assemelhados.

The cotton boom and slavery in 19th rural Egypt por Saleh

Paper bacana sobre os impactos da guerra civil americana na escravidão no cultivo do algodão no Egito. (A abolição também chegou tarde por lá: 1877. Fiquei surpreso, pois, baseado no modelo de Domar, eu chutaria que teria terminado bem mais cedo.)

O Gasto Público e o Ciclo da Política Fiscal - 1999-2014 por Orair e Gobetti

O Rodrigo Orair e Sergio Gobetti, colegas do Ipea, já ganharam uma porção dos prêmios com seus trabalhos. O prêmio mais recente (até onde sei) foi o da SOF. Aí vai um trecho do resumo:
Os resultados mostram que, nos últimos 16 anos, a média de crescimento real da despesa primária pouco variou e, em alguns itens, foi maior na fase contracionista (1999-2006) do que na fase expansionista (2007-2014). Isto evidencia não só uma elevada rigidez da despesa, mas certa inércia, associada principalmente aos benefícios sociais (previdenciários e assistenciais), que restringem a margem de manobra fiscal do governo em momentos de ajuste como o atual. Demonstramos ainda que o “expansionismo fiscal”, se medido pelas taxas de crescimento das despesas de custeio e capital, não se acentuou entre o segundo governo Lula e o primeiro governo Dilma, o que contraria o senso comum. Contudo,identificamos uma mudança expressiva no mix da política fiscal: inflexão entre um período cuja redução estrutural do resultado primário foi canalizada predominantemente para investimentos (2006-2010) e um período de maior expansão das despesas de custeio, subsídios e desonerações (2011-2014), que não logrousucesso em sustentar o crescimento econômico. Ou seja, os resultados sugerem que a composição do gasto público – que sintetiza o aspecto qualitativo do gasto – é fundamental para o sucesso de políticas contra-cíclicas e de crescimento, mesmo em contexto de ajuste fiscal como o atual.
Sugiro também os outros ganhadores: no 2o. lugar tem um trabalho que usa a descontinuidade do FPM para estimar o impacto das transferências na desigualdade (fui citado lá) e o 3o lugar trata da qualidade do gasto no bolsa família. Enfim, muita coisa boa. 

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