Prêmio Eço e o salário mínimo

OK, eu sei que Card & Krueger encontraram evidências de que aumentos do salário mínimo estavam associadas a expansões do emprego. Mas certamente nem mesmo eles defenderiam afirmações como essas:

"http://www.unicamp.br/unicamp/canal_aberto/clipping/abril2004/clipping040415.folha.html


O elevado desemprego enfrentado pelo país pode ser minimizado com um aumento real de 11% no salário mínimo -hoje de R$ 240 por mês-, o que significaria a injeção de cerca de R$ 50 bilhões na massa de rendimento do trabalho no biênio 2004 e 2005.
Claudio Dedecca, professor do Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho), da Unicamp, que fez os cálculos, entende que, no curto prazo, a elevação do salário mínimo é a forma mais rápida de o país aumentar os postos de trabalho.
"Com aumento real de 11% no salário mínimo, a população vai consumir mais e, conseqüentemente, isso vai estimular a economia. Essa seria uma política factível de geração de emprego num prazo mais curto", diz Dedecca.
"Em um momento em que se discutem possibilidades de políticas a favor do crescimento, a do salário mínimo é, sem dúvida, uma das mais valiosas, pois favorece diretamente a elevação da demanda corrente, isto é, do nível de atividade", cita Dedecca num estudo sobre o impacto do salário mínimo na economia brasileira.
O aumento do salário mínimo, diz, teria impacto nas negociações salariais de várias categorias profissionais, já que é o "farol das remunerações do mercado de trabalho, independentemente do tipo de relação do trabalho".
Uma política de salário mínimo, diz, teria dois efeitos no país: um movimento generalizado de aumento de renda dos mais pobres e a elevação da participação dos mais pobres na renda nacional. "Esses efeitos poderiam ser ainda potencializados, em uma trajetória de crescimento econômico, pela geração de empregos", afirma Dedecca."


Obrigado ao leitor Felipe Missono pelo envio da candidatura!

3 comentários:

Anônimo disse...

Hehehehe!

Eles podiam reajustar o salário mínimo para R$1500. Com mais dinheiro no bolso, os consumidores iriam consumir mais, as empresas iriam investir mais, a renda aumentaria, que se reverteria em mais consumo, etc.

É a Suécia da noite para o dia, com o custo de uma assinatura!

Or so we are told. =(

Paulo Henrique disse...

Assim não vale. Achei que o Eço estivesse reservado para as idiotices de nós, jornalistas, e não também às dos economistas.

Leo Monasterio disse...

Ph,
Eu acho que inicialmente o premio eço era só para jornalistas (eu acho). Mas, como ignoraça nao ve diploma, agora estah aberto a todos.
Abracos,
leo.

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