Railroads and the Rise of the Factory: Evidence for the United States, 1850-70

Foi o Eustáquio Reis quem me chamou atenção para este ótimo paper:
Over the course of the nineteenth century manufacturing in the United States shifted from artisan shop to factory production. At the same time United States experienced a "transportation revolution", a key component of which was the building of extensive railroad network. Using a newly created data set of manufacturing establishments linked to county level data on rail access from 1850-70, we ask whether the coming of the railroad increased establishment size in manufacturing. Difference-in-difference and instrument variable estimates suggest that the railroad had a positive effect on factory status. In other words, Adam Smith was right -- the division of labor in nineteenth century American manufacturing was limited by the extent of the market.

Pois é, mais uma vez fica claro que custo de transporte é tudo.
Será que o mesmo valeu para o início da indústria brasileira?

Bolsas de Doutorado e Posdoc na UCLA

William Summerhill pede para divulgar e eu o faço com prazer:

The UCLA Center for Economic History (UCLA-CEH) announces its graduate fellowship in economic history. Applicants to the doctoral programs in either Economics or History are eligible for consideration. The Center’s award provides full tuition and stipend for the first year of the program and for one additional year near the end of the student’s studies. In the intervening years the fellow’s department will provide support (in accordance with the department’s program of graduate support) in the form of a graduate teaching or research assistantship. As a condition of the award CEH fellows will pursue a dissertation project in the area of economic history; take graduate courses in economic history; and participate in the economic history pro-seminar, the Von Gremp workshop in economic history, and conferences sponsored by the Center. Individuals wishing to be considered for the fellowship should indicate their interest in their graduate admissions essay, and also contact the Center’s steering committee: Dora Costa (costa@econ.ucla.edu), Naomi Lamoreaux (lamoreaux@econ.ucla.edu), William Summerhill (summerhill@ucla.edu) and Bin Wong (wong@history.ucla.edu). For additional information on the Center, click on http://www.international.ucla.edu/economichistory/.


The UCLA Center for Economic History invites scholars who work in economic history to apply to come spend the 2009-10 academic year at UCLA, participate in the intellectual life of the economic history group, work on their own research projects, and teach a course if desired. Recipients must hold the Ph.D. or equivalent degree but can come from any discipline and work on any subject, geographic area, or period of economic history. Recent Ph.D.s are especially encouraged to apply. Successful applicants must be in residence at UCLA for the academic year and participate in the Center’s weekly workshop and proseminar. Compensation will depend on current salary, other sources of funding, and whether or not the person teaches, but will not exceed $72,000. To apply, please send a CV, short research proposal, and representative article or other publication to Naomi Lamoreaux via email at lamoreaux@econ.ucla.edu. We will also need at least two letters of recommendation. There is no application deadline, but we will begin reviewing applications on December 1, 2008. UCLA is an affirmative action/equal opportunity employer and has a strong commitment to the achievement of excellence and diversity among its faculty and staff. For additional information about the Center, click on http://www.international.ucla.edu/economichistory/.

A Grande Depressão na Suécia

"...early 1930s, when Gustav Cassel argued without success that overly restrictive American monetary policy was making matters worse, and Gunnar Myrdal devised budgetary policies implemented by the new Social Democratic government in 1933 that spared Sweden the worst of the Great Depression. In other words, economists of the Stockholm School implemented successful macroeconomic policies several years before John Maynard Keynes published his General Theory of Employment, Interest and Money, even if they were unable to make the case for what they were doing to the wider world. The Swedes have taken economics very seriously ever since. "

No blog Economic Principals do David Warsh, autor do bom Knowledge and the Wealth of the Nations. Será que, de fato, a Suécia realizou aquilo que Furtado (com um tanto de exagero) disse que aconteceu no Brasil?

Brazilian Spatial Dynamics in the Long Term (1872-2000): “Path Dependency” or “Reversal of Fortune”?

É uma versão preliminar e comentários são mais do que bem-vindos. Vou apresentar na Spatial Econometrics Conference em Novembro. (É...eu estaria bem mais tranqüilo se o encontro tivesse sido dois meses antes...).

Mercados de Capitais: do ABC às Crises Financeiras

Estando em Pelotas, não perca!

SEMINÁRIO DE ECONOMIA FINANCEIRA

Mercados de Capitais: do ABC às Crises Financeiras
O Departamento de Economia da UFPel realiza nos próximos dias 29 e 30 de outubro o "Seminário de Economia Financeira – Mercado de Capitais: do ABC às Crises Financeiras".
O encontro será realizado no auditório do Centro de Integração do Mercosul, na rua Andrade Neves, 1529, Pelotas.

No dia 29, a abertura do evento ocorrerá às 19h30min com a palestra do professor Nélson Seixas (Departamento de Economia da UFPel) e de Eugênio Santos da Rosa (Corretora Gradual). Ambos falarão sobre o tema "Mercado de Capitais: Que Mercado é Esse?".

No dia 30, a partir das 20:30, os professores Anderson Denardin e Marcelo de Oliveira Passos (ambos do Departamento de Economia da UFPel) abordam o tema "Crise Financeira Americana: Que Crise é Essa?".

Os participantes poderão fazer perguntas aos palestrantes.

O público-alvo do evento são os acadêmicos do Curso de Ciências Econômicas, empresários, economistas, profissionais de áreas afins, funcionários do setor público e comunidade em geral.

As inscrições podem ser feitas no local do evento, pelo e-mail coordeco@ufpel.edu.br ou na Secretaria do Departamento de Economia da UFPel (localizada no Colégio Gonzaga).

Para os alunos da UFPel o preço da inscrição é R$ 5,00. Para os demais participantes o preço é R$ 20,00. As inscrições são limitadas (90 vagas).

Serão emitidos certificados aos participantes que possuírem presença mínima de 75% da carga horária total do seminário.

Os objetivos do seminário são:
· Explicar como funciona o mercado de ações;
· Quais são as oportunidades e os riscos de investir em ações;
· Definir quais são as estratégias de investimento mais adequadas de acordo com o perfil de cada investidor;
· Mostrar as diferenças entre as duas principais formas de se avaliar uma ação: a Análise Fundamentalista e a Análise Técnica;
· Analisar o porque e como a atual crise financeira ocorreu?
· Comentar as medidas recentes adotadas pelos principais bancos centrais do planeta?
· Discutir os efeitos da crise no Brasil e na economia mundial.
· Verificar quais são as medidas econômicas que o país pode adotar para evitar as conseqüências negativas da crise.

Programação do Seminário de Economia Financeira

Dia 29/10/2008 – Mercado de Capitais: Que Mercado é esse?

Palestrantes:
· Prof. Dr. Nelson Seixas dos Santos (UFPel)
· Eugenio Santos da Rosa (Corretora Gradual)

Dia 30/10/2008 – Crise Financeira Americana: Que Crise é essa?
Palestrantes:
· Prof. Dr. Anderson Denardin (UFPel)
· Prof. Dr. Marcelo de Oliveira Passos (UFPel)

Software beta que eu recomendo

Umas sugestões:
QGis- software de GIS que abre arquivos shape. Quase substitui o ArcView.
PSPP- o SPSS dos pobres. Ainda muito longe do original, mas até que funciona.
Ubiquity- sensacional extensão para o firefox.
Todos rodam em Windows, Mac e Linux. A propósito, por que você não instala o Ubuntu? Nesta quinta, um nova versão será lançada.

As causas da crise de 1929

Mankiw sintetiza a literatura sobre as causas da Grande Depressão. As pesquisas de Eichengreen, Romer, Temim e cia são muito interessantes e sugerem que o tema está longe de estar esgotado. Como Bernanke disse: “Entender a Grande Depressão é o cálice sagrado da macro". Eu acrescento: ",especialmente nestes tempos interessantes.".

Pesquisas de opinião e intervalos de confiança

Uma previsão: nestas eleições, se algum instituto de pesquisa errar, um "analista político" dirá que "é um absurdo que se tenha entrevistado apenas 1000 pessoas em uma cidade de mais de X milhões de eleitores". É batata.
Pobre de mim. Eu passo minha aulas lembrando aos alunos que os intervalos de confiança dependem do tamanho absoluto da amostra e não da sua relação com o total da população. Se você quer o mesmo intervalo de confiança, vai ter que entrevistar o mesmo número de entrevistados na eleição para prefeito em Arroio dos Ratos ou em São Paulo. Em pesquisa cliométrica isso também é uma benção: quer você esteja trabalhando com inventários de uma cidade pequena, quer de uma cidade grande, as tuas amostras aleatórias serão do mesmo tamanho! É contra-intuitivo, eu sei; mas é verdade. O problema é que eu educo quarenta caras por vez, enquanto o sujeito na TV deseduca 4 milhões.

O grande Andrew Gelman escreve sobre o assunto na Scientific American.

A maldição dos recursos naturais e a crise atual

Os últimos anos ratificaram a tese da resource curse: países com recursos naturais facilmente controláveis por um grupo adotam instituições ruins e comprometem o seu crescimento de longo prazo. Dube & Vargas mostraram a relação entre preço de café, petróleo e conflito dentro da Colombia* (dica do Dani Rodrik).
E agora? Com os preços das commodities caindo, o que será que vai acontecer? Não dá mais para gastar em besteira e os incentivos para tomar o poder caíram. Eu temo, contudo, que haja um efeito catraca: os ditadores farão patriotadas só para permanecerem no poder.

* Sugestão de dissertação: examinar a queda na qualidade das prefeituras brasileiras que passaram a receber royalties do petróleo ou de hidrelétricas. Estudo de caso não vale.

Por que Krugman ganhou o Nobel?

Dixit dixit.

First Conference of the Regional Science Association of the Americas: RSAmericas Cartagena 2009

Aqui. O organizador é o Adolfo Meisel Roca que tem um ótimo trabalho em economia regional, cliometria e antropometria.

Krugman

Ele formalizou as intuições da economia regional e foi muito além. Só a Nova Geografia Econômica já valeria o prêmio. Muito merecido mesmo!
(A propósito, durante a mudança joguei fora o ingresso para a palestra. Droga.)

Quanto você ganha?

O site do CPS/FGV estima salários com base na PNAD e nas características individuais.

(Dica do Michel, meu aluno de Econometria)

Always look on to the bright side of life



An inconvenient recession

In fact the only upside of all this is that the massive slow-down in economic growth will rapidly cut the growth rates of CO2 emissions. Pollution is tightly linked to the level of economic activity, so that a few years of negative growth would lead to reductions in pollution levels not seen since the 1970s. It seems ironic that the greed of Wall Street may have inadvertently achieved what millions of well intentioned scientists, activists and politicians have failed to achieve – a slowdown in global warming.

"Today, we are all Brazilians"

Paul Krugman escreveu ontem, no olho do furacão, um paper sobre o Multiplicador das Finanças Internacionais. Não estudei o modelo, mas parece bacana.

O nome da crise?

Uma boa crise merece um bom nome. Para quem não sabe, durante muito tempo "Great Depression" remetia à crise de 1873-1896. A de 1929 foi chamada de "Great Slump" (bela palavra, meio onomatopaica). Não pegou. Acabou que "Great Depression" virou a de 1929 e a de 1873 foi esquecida. Bem, quase.
"Crise da sub-prime"? Na Inglaterra, estavam chamando de "credit crunch". Ao que parece, ambos nomes são limitados.
Eu não tenho sugestões. Afinal, a minha criatividade, que já era naturalmente limitada, foi tolhida por anos de formação em Economia. O que fazer? Bem, sugiro relaxar e ter uma visão histórica lendo o velho Charles Kindleberger com "Manias, Pânicos e Crashes".

PS. No fundo, eu chuto que essa crise é pouco importante e não vai merecer o seu próprio nome. Vai ser só a "Crise de 2008".
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