Lei Seca e o protecionismo brasileiro
Segundo a tese Bootleggers and Baptists (B&B), uma regulação é implementada quando dois grupos aparentemente opostos a apoiam. De um lado, estão os bem-intencionados que querem impedir um comportamento; de outro, os que ganharão com a regulação. O exemplo inspirador da tese é a Lei Seca. Religiosos e traficantes de bebida se juntaram para banir o álcool. Ambos ganharam com a regulação e quem perdeu foi o bebedor americano.
O protecionismo no Brasil é um bom exemplo de B&B. Economistas desenvolvimentistas e políticos - talvez tão sinceros quando os batistas- desejam "o adensamento das cadeias produtivas", "a proteção do emprego nacional", "a defesa dos setores de alto valor adicionado" e outros clichês. Acreditam que assim a economia crescerá e a desigualdade cairá. Já empresários e políticos rent-seekers fazem coro, fingindo nacionalismo, mas sabendo que vão ter lucros extraordinários com a proteção.
A Lei Seca foi o fracasso dos que defendiam a abstinência alcoólica. Nunca se bebeu tanto e o crime organizado se consolidou. Os desejos dos desenvolvimentistas também são tiros no pé. Querendo garantir crescimento e igualdade, acabam gerando ineficiência, estagnação, corrupção e desigualdade. Empresários e políticos corruptos ganham; o trabalhador perde.
Um comentário:
A operação “Carne Fraca” que prejudicou a cadeia do gado no Brasil, "encurralando" nossos rebanhos. Foi sucedida por outro golpe à nossa competitividade com a operação “Águas Claras” que levou para cadeia toda a cúpula da CBDA (Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos). A vítima foram nossos Campeões Nacionais.
Com tal açodamento dos tiras, paira uma incerteza sobre a participação do Brasil na Copa do Mundo de Natação, que ocorrerá na Hungria entre 10 e 25 de outubro.
Campeões Nacionais como César Cielo, Joana Maranhão e Poliana Okimoto, saem prejudicados com tal açodamento da polícia... Enquanto a PF tira competitividade da Petrobrás nas águas profundas, o mesmo sucede-se nas águas rasas...
Assistimos um golpe contra a cadeia do gado, agora é contra a cadeia do nado...tsc tsc.
Essa política de "adensamento das cadeias nacionais" que há 2 anos vem sendo promovido pela Polícia (são mais de 230 na cadeia, até agora) está afundando a competitividade das empresas brasileiras. "Era um mercado que o Brasil nadava de braçada..." diz o amigo pecuarista, Bumbai, em entrevista à Carta Capitania.
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