O declínio do charque no RS: eu estava errado
O Thales acabou de publicar:
Was it Uruguay or coffee? The causes of the beef jerky industry's decline in southern Brazil (1850 - 1889)
Usando dados novos e econometria de séries temporais (e não o babláblá do meu texto), o Thales mostrou que eu (e o FHC também ) estávamos errados. Nem a escravidão, nem o câmbio explicam o declínio do charque gaúcho. Foi um fenômeno global e no Uruguai houve maiores ganhos de produtividade e de qualidade.
Parabéns, Thales, ótimo texto!
Was it Uruguay or coffee? The causes of the beef jerky industry's decline in southern Brazil (1850 - 1889)
ABSTRACT: What caused the decline of beef jerky production in Brazil? The main sustenance for slaves, beef jerky was the most important industry in southern Brazil. Nevertheless, by 1850, producers were already worried that they could not compete with Uruguayan industry. Traditional interpretations attribute this decline to the differences in productivity between labor markets; indeed, Brazil utilized slave labor,whereas Uruguay had abolished slavery in 1842. Recent research also raises the possibility of a Brazilian "Dutch disease",which resulted from the coffee export boom. We test both hypotheses and argue that Brazilian production's decline was associated with structural changes in demand for low-quality meat. Trade protection policies created disincentives for Brazilian producers to increase productivity and diversify its cattle industry.No texto "FHC errou? a economia da escravidão no Brasil meridional", eu defendi a ideia de que - ao contrário do que o FHC escreveu - a culpa pela decadência do charque não estava no uso de trabalho escravo. O problema seria o boom do café que valorizou o câmbio. Como o Brasil não era uma área monetária ótima, houve um tipo de Dutch Disease nas charqueadas.
Usando dados novos e econometria de séries temporais (e não o babláblá do meu texto), o Thales mostrou que eu (e o FHC também ) estávamos errados. Nem a escravidão, nem o câmbio explicam o declínio do charque gaúcho. Foi um fenômeno global e no Uruguai houve maiores ganhos de produtividade e de qualidade.
Parabéns, Thales, ótimo texto!
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