E-book da Lei Seca

Cláudio Shikida pôs no ar um e-book em que economistas e/ou blogueiros discutem a Lei Seca no trânsito. Ainda não li com o devido cuidado, mas dá para ver que há opinião para todo o gosto. Divirtam-se!
(Meu pitaco: eu apoio a Lei. Os opositores afirmam que ela pune um crime que não aconteceu. Por coerência, essa turma tem que defender também o fim da velocidade máxima no trânsito.)

O Mac dos pobres

Ok, um Mac é o meu sonho de consumo. Solução: peguei o meu T61 com Linux-Ubuntu e segui esses passos. Isso me rendeu apenas 30 minutos de procrastinação. No fundo, é como um daqueles fuscas com frente de rolls-royce, mas ficou bonito mesmo e não houve qualquer queda de desempenho. Ficou bem asssim:

Lopez-de-Silanes em Porto Alegre

O grande economista estará em Porto Alegre na próxima sexta-feira:
Aí vão os dados:

CONVITE PARA A PALESTRA BANRISUL:
TITULO :' LAW, CORPORATE GOVERNANCE, BOARDS E FAMILY FIRMS' ( legislação, governança corporativa em empresas familiares )
PALESTRANTE: FLORENCIO LOPES-DE-SILANES
IDIOMA DA PALESTRA: ESPANHOL ( O palestrante nasceu no México )
LOCAL: SEDE DO SESC EM POA - PROTÁSIO ALVES, 6220.
DATA: 01.08.2008
HORA: 9,30 HORAS
DURAÇÃO : 2,0 HORAS
ENCERRAMENTO: COQUETEL

Obrigado pelo aviso, LF Braga!

O sucesso da Coréia ou Prêmio Eço de Ignorança Econômica - versão Desenvolvimento Econômico

Eu estava sem tempo de ler os suspeitos de sempre do Premio Eço. Mas é só um pulinho no blog do Luis Nassif, para eu não me decepcionar. Veja sua explicação para o sucesso da Coréia:
A grande investida da Coréia, nas últimas décadas, deu-se através de um amplíssimo esquema de contrabando, valendo-se de uma estrutura internacional de coreanos que migraram para diversas partes do mundo. Em São Paulo, Promocenter era um exemplo vivo desse jogo.

Genial, não? Imagino que sua proposta de política industrial envolve o envio de contrabandistas brasileiros para preparar o terreno mundo afora.

Não ouvi ainda, mas já gostei

Podcast com o Hal Varian, que tem um emprego quase tão bom quanto dar aulas.

Na Coréia do Norte

Em 1962, um soldado americano desertou para a Coréia do Norte. A história dele é contada em Crossing the Line , documentário sensacional da BBC. Nicholas Bonner, o produtor, é o sujeito que consegue o milagre de filmar lá. Meu sonho é usar os serviços de sua agência de turismo.
Eu acho que é ilegal, mas você pode fazer o download do filme aqui:
http://rapidshare.com/files/23337898/BBC4_-_North_Korea_-_Crossing_The_Line.part1.rar
http://rapidshare.com/files/23337951/BBC4_-_North_Korea_-_Crossing_The_Line.part2.rar
http://rapidshare.com/files/23338030/BBC4_-_North_Korea_-_Crossing_The_Line.part3.rar
http://rapidshare.com/files/23338089/BBC4_-_North_Korea_-_Crossing_The_Line.part4.rar
http://rapidshare.com/files/23338137/BBC4_-_North_Korea_-_Crossing_The_Line.part5.rar
http://rapidshare.com/files/23338195/BBC4_-_North_Korea_-_Crossing_The_Line.part6.rar
http://rapidshare.com/files/23338284/BBC4_-_North_Korea_-_Crossing_The_Line.part7.rar

Zoho

Muito bacana mesmo. Muito mais interessante do que o Google Docs. O Zoho Creator é uma solução jóia para quem precisa montar um banco de dados. Com ele, várias pessoas podem entrar dados ao mesmo tempo e as atualizações são instantâneas. Recomendado parar controlar os teus bolsistas. E, além de tudo, é de graça para usuários domésticos!

O benefício social da reprovação

Mesmo depois de 15 anos dando aula, sempre fico chateado quando reprovo um monte de alunos. Afinal, sou pago para ensinar. Se os caras não aprenderam, a culpa é minha. Eu deveria ter ensinado direito ou os motivado a estudar Economia.
Mas será que eu devo mesmo motivá-los a estudar Economia? Existem milhões de coisas a serem feitas no mundo além de estudar Economia ou mesmo ter um diploma. Lembrei disso lendo uma entrevista do então jovem Paulinho da Viola, na Antologia do Pasquim. Ele conta que virou músico profissional porque não passou no vestibular para Economia. Imagine a perda para o mundo se, ao invés de compor "Coração Leviano", o Paulinho estivesse maravilhado com o Curvas de Indiferença e assemelhados. (Como se sabe, Mick Jagger é o equivalente internacional).
Enfim, a recomendação para professores com culpa: pense que os seus piores alunos são talentosos ___________ (preencha com a sua profissão predileta) e você está fazendo um favor ao mundo reprovando-os. Pense no custo de oportunidade de ter mais um medíocre economista e um compositor genial a menos. Como disse o Scott 'Dilbert' Adams em um post hayekiano: "A ignorância é subestimada".

Como escrever um artigo científico

O Martin me mandou este texto. Uma das melhores frases:
"The purpose of science is to get paid for doing fun stuff"


Ainda sobre o assunto, eu recomendo fortemente o livro da McCloskey: Economical Writing. Ótimo até para os não-economistas.

I Congresso de Direito e Economia da ABDE (Associação Brasileira de Direito e Economia)

O Giácomo pede para eu divulgar o evento.

As condições de vida dos gaúchos entre 1889-1920: uma análise antropométrica

Coloquei no ar a primeira versão do estudo em co-autoria com o Mateus Signorini:
O trabalho estuda a altura dos trabalhadores gaúchos entre 1889 e 1920. Análise de regressão e outros instrumentos de análise foram aplicados a um banco de dados de mais de onze mil observações de estaturas masculinas e características individuais. As conclusões principais são: a) A população apresentava alturas (por volta de 169 cm) que não estavam distantes das mais altas do mundo no período; b) Os imigrantes não eram os responsáveis por esse resultado; c) As alturas estiveram estagnadas e até caíram nos últimos cinco anos da amostra. Essa evidência contradiz a visão usual, a qual aponta uma elevação do bem-estar dos gaúchos no período como conseqüência das políticas sociais do Partido Republicano Rio-grandense.

Comentários são mais do que bem-vindos!

Poucos e-mails...

... significam que tem um deadline importante hoje.

Novidades no IPEADATA e Memória Estatística do Brasil

Bastam alguns meses sem visitar a parte histórica do Ipeadata ou a Memória Estatística do Brasil/Nemesis para eu ficar surpreso com o monte de informações novas disponíveis. Maravilhas estão no ar graças ao trabalho do Eustáquio Reis e sua turma no IPEA.
- Lembram daqueles gráficos, sem as tabelas originais, com índices de preço na Bahia do livro da Katia Mattoso ("Ser escravo no Brasil")? Pois é, o Eustáquio foi para a França e conseguiu a tese original. Os dados agora estão no IPEADATA.
- As novidades da Memória Estatística do Brasil são tantas que nem cabe detalhar. Só adianto que tem ouro lá!
Ter tantos dados com tão fácil acesso é um marco da pesquisa sobre história econômica do Brasil. Cliometristas de todo o mundo, uni-vos e mãos à obra!

Periódicos Capes ficou ainda melhor

Novos periódicos entraram no site. Via JSTOR (ou seja, os últimos números não estão disponíveis)
The American Economic Review
Econometrica
The Economic Journal
Journal of Applied Econometrics
The Journal of Economic History
Journal of Economic Literature
The Journal of Economic Perspectives
The Journal of Political Economy
The Quarterly Journal of Economics
The Review of Economic Studies
The Review of Economics and Statistics

O que estou fazendo...


Trabalhando com dados antropométricos, junto com o Mateus Signorini (ex-orientando e quase economista). Vejam um gráfico das alturas dos gaúchos nascidos entre 1889-1920. Os resultados finais, se tudo der certo para a gente, estarão em algum seminário perto de você. Já adianto que eles não eram altos por causa da imigração. Eram altos apesar da imigração.

Evidências contundentes em favor do Modelo de Lewis

Como os leitores economistas sabem, o modelo de dois setores de Lewis supõe que em um deles os trabalhadores têm produtividade marginal do trabalho nula ou negativa. Produtividade negativa do trabalho??? Pois é,
o meu ex-aluno e co-autor Martin Brauch encontrou evidências acachapantes de que tal setor existe!

Queda da Bastilha!!!

Livro não se empresta, muito menos se devolve

Sim, eu acredito nisso. Sou um bom emprestador e roubo com freqüência. Acho até ofensivo quem devolve livro emprestado. Parece até que você não gostou do livro. De qualquer forma, inspirado por esse post do Brad Delong, resolvi também perguntar se alguém viu os seguintes livros que um dia foram meus:
- Philip McCann, Industrial Location Economics
- Fogel, Escape from hunger
- Rajan e Zingales, Salvando o capitalismo*
- Gelman, Data analysis using regression multilevel/hierarchical models*
- Buescu, Disparidades de renda no passado
*Esses dois eu já comprei outra cópia. Um por pressão do departamento de patrimônio e o outro por necessidade.

PS: Sabino, se esses livros estão com você, nem esquenta. Eles estão em boas mãos.

"Want faster European growth? Learn to love creative destruction"

Disse o grande historiador econômico Nick Crafts. E mais:
If only ministers could bring themselves to think (better still occasionally to say) “these job losses are good news”

Robert Mugabe, Mestre em Economia

"A inteligência voltada para o Mal é pior do que a burrice" Hélio Pellegrino

"All accounts describe him in the same words," writes Blair, "diligent, quiet, studious, introverted." Mugabe shunned smoking and drinking alcohol and "excelled academically" at every institution he attended, including South Africa's University of Fort Hare, the hotbed of African nationalism from which Nelson Mandela had been expelled earlier. During Mugabe's 11 years of imprisonment, from 1963 to 1974, under Zimbabwe's white-ruled predecessor state of Rhodesia, the future president enrolled in University of London correspondence courses and earned four degrees — a master's degree in economics, a bachelor's degree in administration, and two law degrees — to go with the three bachelor's degrees he already possessed, in economics, education, and history and literature.

La Historia de empresas en América Latina: perspectivas históricas y trayectorias comparadas

La Historia de empresas en América Latina: perspectivas históricas y trayectorias comparadas

Coordinadoras: María Inés Barbero, Carmen Gloria Bravo y Andrea Lluch

El simposio se desarrollará en Santiago de Chile y en el marco del Congreso Ciencias, tecnologías y culturas. Diálogo entre las disciplinas del conocimiento. Mirando al futuro de América Latina y el Caribe. Este evento tendrá lugar entre el 29 de octubre y el 2 de noviembre de 2008 en la Universidad de Santiago de Chile.

Propuesta:

En las últimas décadas se ha registrado un notable incremento en la producción académica sobre la historia de empresas en América Latina, al estudiarse de manera interdisciplinaria un conjunto de temas sobre el desarrollo histórico de las empresas y los empresarios así como su articulación con el contexto económico, social, cultural y político. El desarrollo de la Business History en América Latina, no obstante, ha tenido un impacto diferencial en los distintos países de la región. De allí que este Simposio se proponga contribuir a generar un mayor diálogo entre académicos de distintos países y tradiciones, con el fin de crear espacios de intercambio y análisis de las investigaciones más recientes, así como también para estimular los enfoques comparativos.

Entrega de Propuesta de trabajos: 31 de Julio de 2008.

Los abstracts deberán presentarse en versión Word, con una extensión máxima de 500 palabras en Times New Roman tamaño 12, a 1 ½ espacio, y remitirse a la dirección electrónica de las organizadoras:

Envíos de sus propuestas-consultas a las siguientes direcciones

Maria Ines Barbero (mbarbero@udesa.edu.ar)

Carmen Gloria Bravo (cgbravo@rdc.cl)

Andrea Lluch (alluch@hbs.edu)

Dica de Eustáquio Reis.

Chutando a canela de gigantes

É batata. Basta você ter uma ótima ideia, encontrar evidências impactantes e ter um amplo impacto que algum economista mais jovem vai mostrar os teus furos. Dois casos recentes:
- O Avner Greif ficou famoso com a sua tese de que no século XI o comerciantes Maghribi tinham relações comerciais baseadas em instituições informais e baseadas na confiança pessoal. Com o tempo, os genoveses que tinham redes comerciais mais amplas e impessoais, passaram a frente. Combinando Nova Economia Institucional, Teoria do Jogos e profunda pesquisa histórica, o trabalho de Greif virou um modelo na área. Até que Edwards & Olgivie argumentaram que na verdade os Maghribi usavam um sistema legal. Greif rebate.
- Acemoglu, Johnson e Robinson argumentaram que a mortalidade dos colonos europeus condicionou o tipo de instituições do restante do mundo. (Mortalidade baixa está relacionada com colônias de povoamento e "boas instituições"). E essas instituições determinaram o destino econômico dos países. Agora Albouy diz que os dados de taxa de mortalidade dos colonos, que é a variavel instrumental do paper do Acemoglu et al. , é furada e torna a evidência econométrica bastante frágil.
É a vida... e é assim que a Ciência progride.
(Quem quiser ficar muito descrente, eu sugiro a leitura de :Platt, D. Mickey Mouse numbers in world history: the short view. MacMillan, 1989. Ele mostra que os dados históricos de PIB que todo mundo usa são muito, mas muito chutados mesmo. Nick Crafts respondeu.)

Engerman e Escravidão

Esse livrinho, no melhor sentido possível, do Stanley Engerman é uma maravilha. Para não iniciados, dá uma panorâmica não técnica sobre a questão; para quem já conhece o tema, é ótima para encadear o que os últimos 50 anos de pesquisa ensinaram sobre a escravidão. E o melhor: é escrito por um dos caras que começou isso tudo.
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