Desindustrialização, reprimarização e outros palavrões
Agora a bronca é com o aumento da participação dos bens primários na pauta de exportações e a solução óbvia seria a desvalorização do real para tornar o setor industrial mais competitivo. Epa, epa, epa. Ora bolas, a desvalorização cambial tornaria as exportações de commodities também mais atrativas e não há garantia que a composição da pauta mudaria em favor dos bens industriais.
19 comentários:
Eu entendo e concordo.
Mas para verificar se aumenta a participação das exportações de bens industriais com a desvalorização cambial, podemos analisar as elasticidades das equações de oferta de exportação para bens primários e industriais. Dessa maneira, poderíamos dizer algo mais específico a esse respeito.
Abs.,
Diogo.
Pois eh, como eu digo "tudo na vida é uma questao de elasticidades".
Eu sou totalmente contrário à posição desse pessoal, mas temos que ser justos. O que Bresser e cia defendem é um imposto sobre as exportações de commodities. Isso provavelmente afetaria o câmbio e a composição da balança comercial.
A minha dúvida é: por que é desejável alterar a composição das exportações brasileiras? Por que os bens industrializados são "melhores" do que os primários? O princípio da vantagem comparativa não nos diz que devemos deixar o mercado em paz, e ele alocará os recursos eficientemente?
essa ideia de cobrar imposto de exportação é do tempo do império, não é? e será que a soja tropical é mesmo "produto primário"?
DdAB
Até que existem aqueles motivos teóricos para defender a indústria. O complicado é mostrar 1) que eles se aplicam 2) que os governo será sábio, bem-intencionado e autonomo para escolher os setores "certos".
Quais são esses motivos teóricos? Queria saber mais sobre o assunto. Não precisa explicar; bastam as palavras-chaves que eu procuro o resto no Google...
Veja as leis de kaldor-verdoon, economias externas, learning-by-doing, immiserizing growth, e tem umas coisas neo-schumpeterianas que eu nao conheco direito...
digo "verdoorn"
Certa vez disse um mestre: " um frango é um milho modificado!"
Pronto. Qual é o limite para classificar primarização?
Milho não vale, mas se ele for congelado em pratos prontos industrializados ou transformado em farinha após industrialização (ou ração ou sementes com melhoramento genético)vale?
Esse filme (retórica) sempre volta de tempos em tempos. Uma pena que este país ande como caranguejo.
Para finalizar, os Aussies exportam commodities e não tem esse problema de identidade (retórica)econômica. Ou tem? Ou sei que eu queria a renda deles! E a educação / serviços também!
Brados
Martins
ps: The Economist fez um debate sobre o tema. De um lado do ringue o Jaddish "Bagwá" e do outro o coreano Joon "chutador de escadas"!
Imposto sobre exportações é pecado ?
"Veja as leis de kaldor-verdoon, economias externas, learning-by-doing, immiserizing growth, e tem umas coisas neo-schumpeterianas que eu nao conheco direito..."
Economia é um tema amplo com muitas disciplinas emaranhadas, conexas e desconexas. Cada uma acha que sabe alguma coisa com o que estudou. O trecho entre aspas mostra que o blogueiro sabe pouco ou não mostrou o que sabe sobre quem defende a indústria. Cada um defende o seu e procura saber pouco o que o outro sabe de diferente (por falta de tempo, falta de interesse ou outro motivo). É por isso que fica esse debate xoxo na mídia. Sem falar dos interesses, pessoal do governo, mercado financeiro, indútria...enfim, o cão morde a mão de quem o alimenta?
Existe referências sobre pq a indústria é importante?
Existe referências sobre pq a indústria não é importante?
Para o Brasil no momento atual, a indústria é importante ou não (por favor, não vale achismo, citem referências!)
"Epa, epa, epa. Ora bolas, a desvalorização cambial tornaria as exportações de commodities também mais atrativas e não há garantia que a composição da pauta mudaria em favor dos bens industriais."
Commodities como produtos agrícolas, extração de minérios e petróleo precisam de investimentos e TEMPO de maturação (ou seja, a oferta não aumenta de uma hora para outra: será?). Além disso, depende mto mais da demanda do que da oferta (atualmente, se alguém tiver minério para vender ou petróleo há mercado; será?). Como alguém disse, "tudo é um problema de elasticidades" (será? não é msm?).
Será que exportar commmodities é o mesmo que produtos industriais?
O que é melhor: exportar commodities que tem produção high tech (embora o produto seja bem homogêneo, talvez petróleo offshore) ou produto industrializado de elevado conteúdo tecnológico?
Ora bolas...o que é conteúdo tecnológico?
O que é valor agregado?
O que é produtividade? (VTI/PO serve?). Quais os problemas de valor adicionado dividido por PO como indicador de produtividade. Aliás, há problema?
Aliás, há diferença entre exportar bosta de galinha ou calçados ou ovos de codorna ou soja transgênica ou aviões da Embraer (importa quase todos os componentes, embora faça parcialmente o projeto) ou veículos genuinamente nacionais ou sei lá, produtos químicos ou bens normalmente classificados como alta tecnologia?
Indústria é diferente de serviços ou de agricultura?
Acima mtas questões, se alguém puder explicar algumas delas com seu ponto de vista....agradeço muito...mto mesmo.
OBS: tenho formação heterodoxa (pró indústria).
Independente do setor exportador (ind, agri, serv, ou bens menos nobres por qualquer ponto de vista), o real está ou não mais apreciado do que deveria?
Como sabemos se uma moeda está mais apreciada ou menos apreciada? Existe moeda mais apreciada ou menos? Ela não está sempre em equilíbrio?
Obs: aprendi que valorizado e desvalorizado se usa para taxa de câmbio fixo. Qdo o regime é de taxa de câmbio flexível o ideal é usar apreciado ou depreciado. Não sei se me ensinaram certo!
Quantos "?" !
Imagino que metade sejam retóricos, neh?
Como disse, kd o debate com conteúdo?
Falar até papagaio fala!
E a outra metade, vai responder ou brincar de gato e rato?
Meu querido anônimo,
Que tal vc ler os links, post e papers neste mesmo blog sobre o assunto?
Abraços e boa leitura!
Ok Leonardo. Já li alguma coisa, embora as dúvidas colocadas anteriormente continuem. Enfim, há mto espaço para contribuições, discussões, entendimentos dos "palavrões". Espero que alguns dos outros anônimos contribuam.
Quanta idiotice.
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