"No Brasil, a expansão educacional (...) atingiu taxas brutas de matrícula no primário de 98% apenas na década de 1990, enquanto países como Argentina(...) registravam 97% de crianças matriculadas na década de 1950 (Frankema, 2008, p. 215). Além disso, se observarmos as taxas de alfabetização, veremos que em 1950 o Brasil apresentava taxa de 49,3%, enquanto Argentina e Estados Unidos estavam muito à frente (88% e 97% respectivamente). Mesmo em 2000, o Brasil ainda não havia alcançado a taxa argentina de 1950, uma vez que apenas 85% da população era alfabetizada: situação pior que a da Bolívia (86%) (Bergès, 2009, p. 28)."
A explicação para o péssimo desempenho brazuca: o Governo Federal passou a responsabilidade da educação primária para os estados e municípios, os quais não tinham capacidade fiscal para arcar com os custos. Além disso, a baixa participação eleitoral, mesmo no sub-período democrático, desincentivou os investimentos em educação. Uma outra bomba que deveria corar os viúvos do Vargas: não só o Gustavo Capanema nem estava aí para a educação primária, como o desempenho educacional foi bem ruinzinho no período. O Thomas, a propósito, é da novíssima geração de historiadores econômicos quantitativos,
blogueiro e foi orientado pelo
Colistete.
2 comentários:
Obrigado pela propaganda, Leo! E tu resumiu melhor do que eu resumiria o meu próprio argumento.
Ei, Thomas: Lembro quando li a versão de qualificação dessa tese. Parabéns!
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