Diversos

Para manter a sanidade e dar conta das coisas que eu tenho que fazer na UCLA, eu estou tentando não ler sobre o Brasil contemporânea. Mesmo assim, não resisto e tenho que compartilhar alguns links:

"Causal Inference" por Hernan e Robins

Disponível de graça aqui. Os autores são professores de epidemiologia renomados de Harvard e o enfoque do livro é baseado na abordagem sobre causalidade do Judea Pearl.

Veja as novíssimas propostas de c e r t o s economistas para salvar o Brasil da crise

aqui. (Vale a pena assistir tudo. A semelhança é impressionante)

Pare de reclamar da vida e dê uma olhada na expectativa de vida

...na Inglaterra entre os séculos XVI e XVIII. Não só era baixa, como caiu ao longo do tempo.
















Fonte:
Voigtländer, Nico, and Hans-Joachim Voth. "The three horsemen of riches: Plague, war, and urbanization in early modern Europe." The Review of Economic Studies 80.2 (2013): 774-811.
O trabalho é ótimo. Eles mostram que houve - durante certo tempo- uma relação direta entre renda per capita e mortalidade na Europa (mas não na China).
 (Como vocês podem intuir, eu estou fazendo um curso de História Econômica Ocidental aqui na UCLA).

Pacote do R para estudar o legislativo brasileiro

Aqui. Quem deu a dica foi o Urban Demographics.

"Seu filho não é nenhum Einstein": primeiros nomes e carreiras científicas

Um pouco por curiosidade e também para aprender a trabalhar com bases grandes de nomes no R, fiz o seguinte exercício:

  • Contei os brasileiros na base do Lattes (aproximadamente 1,5 milhão de pessoas) que têm nomes de cientistas famosos (coluna Science);
  • Na Rais identificada, busquei os com nível superior (uns 6 milhões) que também tivessem nomes de cientistas (coluna General);
  • As colunas "Share Science" e "Share General" indicam o número de primeiros nomes famosos por milhão no Lattes e na Rais 
  • A coluna "ratio" é a razão entre os dois shares. Valores iguais a 1 indicam que os nomes são igualmente represntados em ambas as bases. Valores maiores que 1 indicam que o nome está sobrerepresentado na base do Lattes. Há, por exemplo, 29,5 "Arquimedes" por milhão na base Lattes; e apenas 24,2 na população em geral. Isso resulta na razão de 1,2.

O resultado é que- de fato - existe mesmo mais gente com nome de cientista na base do Lattes do que seria esperado. Contudo, o efeito não é lá grande coisa. Em outras palavras, talvez mesmo pais apaixonados por Ciência (a ponto de batizar o filho com nome de Darwin!) são incapazes de transmitir suas preferências para as próximas gerações.

Obviamente, há dezenas de restrições e ressalvas nessa minha interpretação dos resultados. Comentários, de qualquer forma, são bem-vindos.

Dois pacotes essenciais para ansiosos que precisam ler 50 milhões de observações no R

  • data.table: é muito rápido que a concorrência e - melhor ainda - indica o percentual do progresso na leitura do arquivo;
  • beepr: faz um beep quando o script termina.

Expulsar os muçulmanos não foi uma boa ideia

No dia 22 de setembro de 1609, a Coroa Espanhola decidiu expular 300 mil muçulmanos. O senhores feudais eram contra, porque esses infelizes eram taxados em  até 40%, bem mais que os cristãos. Os mouros foram escoltados para fora do reino levando só o que pudessem carregar.
O resultado? Demorou quase uns 200 anos para a população das localidades mais atingidas se recuperar. O produto per capita se convergiu relativamente mais rápido (em parte porque o denominador - as capita - caiu).
A história está contada no texto de Chaney e Hornbeck: Economic Dynamics in the Malthusian Era:Evidence from the 1609 Spanish Expulsion of the Moriscos. Até quem não curte a econometria gostará da parte histórica do artigo.

Casou tarde? Culpa da Peste Negra

É o que dizem Voigländer e Voigt. Ao matar um terço da população europeia, a Peste fez com que o trabalho das mulheres solteiras fosse demandado, especialmente na criação de animais. Isso postergou o casamento e a taxa de natalidade despencou. Por sua vez, esse mecanismo colaborou para que  saíssemos da armadilha malthusiana.
Alguns dados:
In the Roman Empire, age at first marriage was 12–15 for pagan girls, and somewhat higher for Christian girls. Herlihy (1985) estimates that by 500 ad, the average marriage age for women in Western Europe was 18–19 years. During the Middle Ages, this number may have been slightly higher than in Roman times... European Marriage Pattern, with the age at first marriage postponed to 25 or beyond, only emerged after the Black Death.  
 Outra coisa: a família nuclear já era dominante na Alta Idade Média. E  gente boa sustenta que ela induziu o nascimento das corporações (no sentido de empresas modernas). 

Minha entrevista para o Adolfo em meados 2012

Eu dei algumas bolas dentro:
O pior é a crise tornou-se justificativa para qualquer coisa. Desde 2008, o governo parece ainda mais sensível aos setores mais reclamões. Eu sei que desde sempre e em todo lugar, existem grupos de interesse e rent-seeking, mas no Brasil recente isso está exagerado, até mesmo para critérios brasileiros. Distribuem-se proteções e privilégios de maneira irrefletida. Ou seja, não só a ideia geral da política industrial é equivocada, mas também a forma de execução é atabalhoada.
... e outras bolas beeeeem fora:
Uma palavra de otimismo: o risco de uma década tão perdida quando os 80 é baixo. Mesmo que ainda muito ruins, as instituições de hoje são melhores do que no passado. Além disso, a evidência histórica mostra que sociedades menos desiguais são mais capazes de absorver choques externos. Como a renda cresceu e ficou um pouco mais bem distribuída, as maluquices dos anos 80-90 estão mais longe de nós.

Quer ficar triste? Vai lá no Big Mac Index

Aqui. Sobraram poucos países com câmbio mais desvalorizado. E olha que o mapa foi feito com dólar a R$3,15. A planilha Excel está disponível para download.

Chamada da RBEE: número especial sobre Economia Regional

Por favor, repassem aos conhecidos. Prazo: 31 de outubro de 2015. Aí vai:  
O corpo editorial da Revista Brasileira de Economia de Empresas (RBEE) está organizando uma edição especial desse periódico sobre Economia Regional, a ser publicada no primeiro semestre de 2016. Convidamos todos os interessados a submeterem artigos para essa Edição Especial da RBEE.
A RBEE é uma publicação do Mestrado e Doutorado em Economia da Universidade Católica de Brasília. Atualmente, a RBEE está classificada como B3 no sistema QUALIS-CAPES da área de Economia. Além disso, ela está indexada em algumas das principais bases de dados internacionais, incluindo EBSCO Publishing, EconLit e ProQuest.
As submissões, com identificação completa, informação para contato e afiliação institucional dos autores, devem ser enviadas para o E-mail rbee.regional@gmail.com, com o assunto “Edição Especial RBEE” e especificação da área de submissão no corpo do e-mail. A data limite para submissões é 31 de outubro de 2015. Ao realizar uma submissão, os autores declaram concordar com as políticas editoriais da RBEE. Os trabalhos submetidos serão avaliados e selecionados de acordo com a política editorial da RBEE, que está disponível em http://portalrevistas.ucb.br/index.php/rbee/index.
Comitê Científico
Prof. Dr. Carlos Vinícius Santos Reis
Prof. Dr. Leonardo Monteiro Monastério
Prof. Dr. Tito Belchior Silva Moreira
Prof. Dr. Wilfredo Sosa Sandoval
Áreas Temáticas
- Regional economics
- Urban economics
- Economic Geography
- Spatial Economics
- Spatial Analysis
- Housing and labor markets
- Fiscal Federalism
- New Economic Geography
- Transport economics
- Spatial analysis of Poverty and inequality
- Microeconomic analyses of spail phenomena
Formatação do artigo
Os artigos devem ser escritos em português ou inglês e ter extensão máxima de 35 páginas, numeradas sequencialmente. O texto deve ter espaçamento de 1,5 cm, fonte Times New Roman de tamanho 12 e margens de 2,5 cm. A submissão do artigo deve ser em formato Microsoft Word (versão 97 ou posteriores). A página de rosto deve incluir o título, um resumo de até 200 palavras, um abstract de até 200 palavras, 3 a 5 palavras-chave, em português e inglês e 1 a 5 códigos JEL. O texto deve começar na segunda página. As referências bibliográficas dos artigos devem ser elaboradas de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, NBR-6023) e apresentadas no final do texto.
Atenciosamente,
Carlos Vinícius Santos Reis
Leonardo Monteiro Monastério
Tito Belchior Silva Moreira
Wilfredo Sosa Sandoval
Editores da Edição Especial sobre Economia da Inovação
Revista Brasileira de Economia de Empresas

Big Data em Saúde no Brasil

Recomendo fortemente o curso gratuito no Cousera elaborado pelo Alexandre Chiavegatto Filho, um bamba na área.

"America does not bail out losers"

Por uns cinco segundos, eu me senti o Sebastião Salgado.  "Que sensibilidade artística e social eu tenho! Sou um gênio!"



Aí me toquei. Claro que o publicitário premeditou tudo. Ele sabia que os bancos nos pontos de ônibus em Los Angeles são utilizados pelos sem-teto e supôs, acertadamente, que algum mané metido a artista ia tirar essa foto e compartilhar. Só de raiva, não vou dizer o nome do filme.
Em comum com o Sebastião Salgado, eu continuo tendo só a careca e a formação de economista.

"Quem converte, não se diverte"

, sempre disse o meu amigo Mauro Salvo. Com o dólar a R$4, preciso reescrever a frase: "Quem converte, fica em posição fetal, no chão e reflete sobre as suas decisões na vida".

Café em pequenas propriedades

Você lembra aquilo que aprendeu na escola: "café era produzido no Brasil em grandes propriedades monocultoras voltadas para exportação"? Não é bem assim. Veja o que descobriu o Colistete em texto recente na RBE sobre o café em SP no começo do século XX :
"...as três regiões especializadas em café estavam entre aquelas com a maior área cultivada com os principais produtos (arroz, milho e feijão) destinados ao mercado doméstico"
"pequenas propriedades também apresentaram altos índices de especialização no produto, particularmente nas zonas cafeeiras, indicando que a produção de exportação era atraente para proprietários de todos os tamanhos"
 A história econômica do Brasil tem que ser reescrita. Não por motivos ideológicos, mas porque pesquisadores sérios coletam e analisam novos dados.

O concurso de beleza do Keynes

Eu já fiz o experimento em sala de aula. Peça que os alunos escolham um número entre 0-100. Some os valores. Quem acertar a metade da média ganha 1 ponto extra na prova. Se todos fossem perfeitamente racionais (e soubessem disso), eles deveriam escolher 0. O valor da metade da média costuma ser uns 9 ou 10. Na segunda rodada, o valor cai. A partir daí os alunos aprendem e o valor converge para 0 (Na verdade, sempre aparece um espírito de porco que escolhe 100).
O fato de eles não acertarem de primeira diz que os agentes são irracionais? Não, diz apenas que a racionalidade não é perfeita, mas eles acabam pegando o jeito. O concurso de beleza do Keynes pode - vez por outra -  não escolher a mais bela, mas raramente escolhe a menos afortunada pela natureza.
Além disso, o fato dos agentes não serem perfeitamente racionais não torna automaticamente a sua teoria alternativa verdadeira. Em outras palavras, por que as pessoas seriam irracionais à sua maneira e só à sua maneira?

Rejeitado na Anpec

Mesmo depois de macaco velho, ainda é bem chato ter artigo reprovado na Anpec. Os felizes selecionados estão aqui. (O trabalho rejeitado foi esse

Novo Qualis da Economia

Aqui. Não sei se melhorou ou piorou (sem ver, aposto na segunda opção).
A propósito, Bernado Guimarães fez uma interessante avaliação de uma versão anterior do Qualis.

O aumento da segregação espacial por raça nos EUA

Os dados dos Censos dos EUA permitiram um estudo super bacana: olhar quem era vizinho de quem. O estudo (resumo aqui) mostra que a segregação racial medida como "qual a probabilidade de se ter um vizinho de outra raça" aumentou em 1880 e 1940.
Trevor Logan, um dos coautores da pesquisa, visitará o Cedeplar (UFMG) em breve. Agradeço ao grande Bernard Lanza, por me avisar sobre tão importante pesquisa.

Crise: dois vídeos e um texto que se complementam

  • Lisboa, Mansueto e S Pessoa (LMP) debatendo as finanças públicas e me deixando deprimido;
  • Meus colegas Orair e Gobetti sobre a tributação. Eu admiro mesmo o conhecimento de ambos sobre os meandros das finanças públicas brasileiras contemporâneas. Discordo de muita coisa que foi dita (ex: não se importar tanto com a carga tributária, nem com outras distorções recentes), mas eles são - sem dúvida- caras que sabem das coisas e que devem ser ouvidos. (Agora, dureza é a escrotice - essa é a palavra- dos apresentadores do programa.);
  • Post to Roberto Ellery: o texto do Dornbush e Edwards (1999) sobre populismo econômico continua valendo.
De que forma eles se complementam? LMP mostram a gravidade do problema fiscal brasileiro e mostram o problema estrutural. Orair e Gobetti mostram o problema de regressividade e tem uma proposta concreta para o ajuste fiscal neste ano. E o Roberto Ellery relembra uma verdade deprimente: existe padrão na loucura. A história é antiga e a América Latina sempre a repete.

Safatle e o imposto sobre grandes fortunas

É verdade que a regressividade da carga tributária brasileira é uma distorção grave. Existem várias formas de amenizar o problema, fechando brechas e copiando exemplos de outros países.
O chato é que sempre aparece alguém criativo. O Safatle já tinha dado a ideia de tributar os "22 mil jatinhos e helicópteros" (existem 724). Eu não vou discutir os outros erros da nova coluna conspiratório-professor-gente-boa-de-geografia-de-cursinho  do Safatle. Escolhi um só:
Perguntem quanto teríamos com imposto sobre grandes fortunas (tal estudo o governo brasileiro simplesmente nunca fez, por que será?).
De cabeça, eu lembro de dois estudos sobre o IGF e imagino que existam outros. O primeiro é uma nota técnica elaborada pelo Pedro Humberto de Carvalho; outro foi elaborado pela Consultoria do Senado . (O autor - não sei se posso revelar o nome- me passou a memória de cálculo. Ele estimou em R$6 bi a arrecadação com o IGF. Nada perto dos R$100 bi que chutam por aí).
Safatle, não dava para você ao menos buscar no google?

Inglorious Revolution: Political Institutions, Sovereign Debt, and Financial Underdevelopment in Imperial Brazil

Acabou de sair o  livro novo do William Summerhill. Ainda não li e sou suspeito para falar (estou na sala dele!), mas falo mesmo assim: LEIAM!

Por que o jornalismo econômico é tão ruim? (revisto)

Faz 8 anos, eu escrevi um post que fazia essa pergunta.  Na época, eu chafurdava em nassifologia e estava bastante pessimista com a qualidade geral da imprensa.
De lá para cá,  a situação melhorou. Conforme a política econômica piorava, a qualidade do jornalismo melhorava. Os jornalistas pareceram mais atentos em diferenciar o joio do trigo, mais preparados e passaram a dar mais atenção aos especialistas. E gente super qualificada (na verdade, por vezes, overqualified  para a tarefa*) tiveram bastante espaço na mídia.
A situação ainda está longe da perfeição. Uns ignorantes ainda têm espaço para divulgar teorias econômicas criadas na hora do banho. Às vezes, no clima vamos-ouvir-os-dois-lados (ou, como eu chamo: vamos-ouvir-os-criacionistas),  pegam o louco da praça para entrevistar.  No geral, contudo, o nível aumentou. (Ou então eu apenas mudei a minha dieta de notícias).


* Sim, em um mundo ideal, eles não precisariam gastar o seu precioso tempo para explicar coisas simples ou entrar em debates com malucos.

Pergunta séria que só revela a minha ignorância sobre macro e internacional.

Por que, em uma país tão fechado como o nosso, a variação dos termos de troca influecia tanto o desempenho econômico?
O coeficiente de abertura do Brasil é o segundo menor do mundo (ganhamos apenas do Sudão). Eu imaginaria que os termos de troca não fossem tão relevantes assim. Tem enigma ou é só pensar na margem? Alguma sugestão de modelo ou é só uma nassífica ignorância minha?

Político: s.m. Indivíduo que não entende a teoria das vantagens comparativas

Trump reclamando que os EUA vendem carne para os japoneses e importam carros. Tal e qual nossos professores de Geografia do 2o. grau. O mundo dá voltas. 

North Atlantic Population Project

É uma base de dados impressionante e gratuita. No Censo Norte-americano de 1880, constam até os nomes completos da população livre. Tem uma burocracia para conseguir ter acesso, mas vale a pena. A dica foi do Daniel Franken.
(Corrigi o título do post!)

Larguei o twitter, mas não alguns hábitos ruins

Ex: Tentar corrigir quem tem um conceito de verdade bastante elástico. Eu nem tentei ir contra o título do post; só contrariei as afirmações trivialmente falsas.
Sim, mais uma vez, violei a regra dos dois desvios.

Diversos: ferramentas para R e Latex

DataJoy: para quem quiser rodar R ou Python on-line;
ShareLatex: editor colaborativo de Latex;
RegExr: para testar regular expressions.


Saudades do Twitter

Vou completar quase um mês de abstinência e sinto falta (em ordem decrescente de saudade):
- Mais do que tudo, sinto falta das geniais frases das geniais - mesmo!- @s que sigo;
- Dos links;
- Das asneiras proferidas pelas @ dos malucos/canalhas que os amigos abnegados seguem e dão RT. (Em um dia de pacote fiscal, imagino que a animação foi  animado).
- Das tretas.
O lado bom é que a procrastinação caiu bastante: não substituí o Twitter por Minesweeper nem por GeoGuessr e consegui encarar algumas tarefas que eu enrolava faz um tempão.

Só crise

Com atraso, aí vão uns links  para a crise:

Frequência de pesquisadores no Lattes com nome de cientistas famosos

Apenas para aquecer os dedos e treinar regular expressions, busquei na base do Lattes (1,5 milhão de observações) os pesquisadores com nomes de cientistas famosos. (Sim, eu sei que os pais dos "Edison",  "Thales", "Euclides" nem sempre pensaram nos cientistas).
Só considerei o primeiro nome de cada um. Assim, o economista  Karl Marx de Medeiros , por exemplo, ficou de fora. Vejam o resultado:


















Considerando apenas os 123 mil pesquisadores com doutorado, fica assim:

O próximo passo é criar um indicador (Frequência de Nomes de Cientistas no Lattes/ Frequência de Nomes de Cientistas na População (RAIS)). Postarei aqui os resultados.

Diversos

  • Uma fábula da improdutividade, por Marcos Mendes - via Irineu;
  • O blog do Judea Pearl sobre causalidade. Com direito a tretas com Rubin e Imbens (veja o ponto #6 aqui). Você viu isso, Análise Real?;
  • "No, we can't" pelo Alexandre Schwartsman. (Que dureza que ele precise entrar nesse debate.  Tá, a gente pode discutir qual a melhor forma de ajuste fiscal, mas é bizarro  alguém achar  que ele não é necessário!).

Harberger, 91 anos, professor em atividade

Sim, ele mesmo, a lenda, dará uma disciplina de tópicos de desenvolvimento econômico aqui na UCLA neste trimestre. (Infelizmente, não sei se vou assistir porque o curso colide com o horário de um dos seminários de história econômica.) Mas é emocionante saber que o senhorzinho continua na ativa.
Suas contribuições são muito importantes. Quando eu ensino Finanças Públicas na graduação, uso uma aula inteira só para convencer os alunos que o Triângulo de Harberger é algo real. Ou seja, mostro que existe um peso-morto para a economia, mesmo que o governo transfira os tributos direto para as famílias. É talvez o ponto que eu mais desejo que os alunos se lembrem de todo o curso.
Harberger publicou, em 1998, uma Letter to a Younger Generation que vale a pena ler. Um trecho já na abertura , contudo, já me deixou deprimido:
"Many of you are too young to remember, but it was not long ago that the policies pursued by many governments in Latin America, and the courses taught in most universities across the region, reflected more bad economics than good."
Pena que a maré tenha virado novamente e o populismo econômico tenha voltado na América Latina. A reflexão paulinho-da-violesca na página 2 também vale a pena.




Seminário: "Aperfeiçoando políticas públicas a partir de resultados"

Dia 28 e 29 de Setembro em SP. Evento bacana organizado pelo CLEAR, FGV e IPEA.

Incentivos importam

Na China, os motoristas voltam para matar os atropelados. Assim, não pagam pensão.

Mobilidade versus acessibilidade

The closer destinations are to one another, the slower transportation gets — because density leads to congestion.

PS: Agora incluí o link. Pelo visto, ainda não aprendi a bloggar do celular. 

Posts do blog voltam ao Twitter; eu (ainda) não

O número de visitas do blog despencou depois que saí do Twitter. Será que por coincidência meus posts pioraram? Ou será que boa parte das visitas vinham de lá?
Bom, vou reativar o link blog->twitter (via twitterfeed) e ver o que acontece.
(Continuo, a duras penas, longe do Twitter.)
Ainda no ramo de autopromoção, aviso que a Amazon, sei lá  o porquê, colocou o Manual de sobrevivência na universidade em promoção por R$1,99 só hoje.

Desenvolvimento e moradores de rua

Para acrescentar à lista do Chris Blattman de indicadores práticos  de desenvolvimento*:
"País desenvolvido: tem muita gente que não sabemos se é morador de rua mesmo ou apenas seguidor de um estilo de vida alternativo."
Vi vários caras em Los Angeles que realmente eu não tenho certeza. Alguns exemplos aqui (o primeiro é sensacional)
A propósito, aqui os direitos de propriedade dos moradores de rua são respeitados:



* Tenho orgulho de ter contribuído com os indicadores número 1 e 7. Prova.





Espaço importa

THE history of economics has been, among other things, a story of learning to care less about land.
Dos comentários :

" Rafael H M Pereira06/09/15 09:15

muito bom o artigo! Mas tem um erro feio ai quando ele fala que "The numbers of people living in the central parts of London and New York have never been higher". A densidade de Manhattan era 4 vezes maior do que a de hoje ha um seculo, em 1910. Errou rude. http://urbandemographics.blogspot.co.uk/2014/12/the-rise-and-fall-of-manhattans-density.html"

Tecnologia verdes para os ricos





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