Expulsar os muçulmanos não foi uma boa ideia
No dia 22 de setembro de 1609, a Coroa Espanhola decidiu expular 300 mil muçulmanos. O senhores feudais eram contra, porque esses infelizes eram taxados em até 40%, bem mais que os cristãos. Os mouros foram escoltados para fora do reino levando só o que pudessem carregar.
O resultado? Demorou quase uns 200 anos para a população das localidades mais atingidas se recuperar. O produto per capita se convergiu relativamente mais rápido (em parte porque o denominador - as capita - caiu).
A história está contada no texto de Chaney e Hornbeck: Economic Dynamics in the Malthusian Era:Evidence from the 1609 Spanish Expulsion of the Moriscos. Até quem não curte a econometria gostará da parte histórica do artigo.
O resultado? Demorou quase uns 200 anos para a população das localidades mais atingidas se recuperar. O produto per capita se convergiu relativamente mais rápido (em parte porque o denominador - as capita - caiu).
A história está contada no texto de Chaney e Hornbeck: Economic Dynamics in the Malthusian Era:Evidence from the 1609 Spanish Expulsion of the Moriscos. Até quem não curte a econometria gostará da parte histórica do artigo.
7 comentários:
Oi Leonardo!
Obrigado pela dica, parece ser um belo paper!
Por sinal, você conhece algum trabalho que tente medir os efeitos da expulsão dos judeus da Espanha em 1492 (efeitos na Espanha e/ou nos Países Baixos)?
Valeu! Abraços, Pedro
De nada.
Na North Americal Regional Science Conference de Washington, no ano passado, teve um sobre a Reconquista espanhola. Sobre os judeus, eu não lembro. Se alguém fez, foi o Joachim Voth. Ele tem um bem legal sobre a permanência do antisemitismo.
Obrigado!
:)
Por outro lado quem recebe os imigrantes pode se dar muito bem. Veja o caso dos Huguenotes na Prússia e na Áfirca do Sul:
Hornung, E. (2014). Immigration and the diffusion of technology: The Huguenot diaspora in Prussia. The American Economic Review, 104(1), 84-122.
Fourie, J. and von Fintel, D. (2014). Settler skills and colonial development: the Huguenot wine-makers in eighteenth-century dutch south africa. The Economic History Review, 67(4):932–963.
Pedro Américo,
valeu pelas dicas. não conhecia!
Se vc quiser, me mande um email que eu te envio o programa da disciplina que eu estou fazendo aqui na ucla.
Opa, gostaria muito de receber o programa: pdramericomg[at]gmail.com
Vlw
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