"Mortalidade entre brancos e negros no Rio de Janeiro após a abolição" por Thales Zamberlan Pereira
Eu não imaginava que as diferenças fossem tão grandes. No caso da tuberculose, a mortalidade média dos brancos era 294 e a dos negros, 2317 por 100.000 habitantes entre 1907 e 1916. Segue o resumo:
O objetivo deste artigo é analisar a diferença de mortalidade entre brancos e negros no Rio de Janeiro durante os primeiros anos da República brasileira. Utilizam-se dados de mortalidade de doenças relacionadas a condições precárias de moradia e acesso à infraestrutura como um indicador de desigualdade econômica. Apesar de o Rio de Janeiro possuir taxas de mortalidade declinantes durante o início do século XX, não ocorreu convergência entre a população branca e negra. Além disso, a análise quantitativa apresenta evidências que doenças que afetavam mais a população pobre, como a tuberculose, aumentavam indiretamente a probabilidade de morte por outras doenças, fenômeno conhecido como Mills-Reincke. Isto sugere que a taxa de mortalidade para a população não branca pode ter sido previamente subestimada.
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