O preço de não ter estudado direito a Formação Econômica do Brasil

O cara lê o Celso Furtado como verdade revelada. Ele passa a acreditar que a indústria só começou em 1930 e que o café só foi importante quando foi queimado.

19 comentários:

Anônimo disse...

Pior: passa a achar que distribuição de renda mais igualitária é pré-condição para o desenvolvimento.

E que concentração territorial também impede o crescimento.

Os danos são permanentes, creio eu.

Acho que nem Williamson remedia o problema.

fábio pesavento disse...

Como ele é cobrado em boa parte do concursos (como o Rio Branco)temos que, no mínimo, apresentar a obra, enfim...

Anônimo disse...

O cara quem? Não tá faltando um link ai?

Leo Monasterio disse...

O comentário não foi para alguém específico.. É uma bronca geral com o nível da discussão.

Anônimo disse...

@Pesavento

O que se cobra de C. Furtado e Caio Prado Jr no Rio Branco parece transcender o acadêmico e esbarrar na hagiografia.

Uma das minhas razões para desistir do concurso.

Anônimo disse...

Muitos economistas são críticos. Afinal, estes críticos contribuíram com o que mesmo nos estudos econômicos?

Os críticos sem conteúdo (ou que escrevem sempre a mesma coisa) se acham portadores da verdade suprema!

A molecada que nunca leram além de FEB de Celso Furtado acham que entenderam tudo sobre a VASTA obra de Furtado que é, no mínimo original.

Anônimo disse...

"A molecada que nunca leram além de FEB de Celso Furtado acham que entenderam tudo sobre a VASTA obra de Furtado que é, no mínimo original."

O resto é bem pior. Os textos do final da vida não merecem nem comentários (submarxismo da pior espécie).

Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico acho que não acrescenta nada a quem fez um bom curso de crescimento econômico.

O blablabla dele sobre o nordeste e a SUDENE (meu dels!) reitera os erros da FEB.

Sobrou o que mesmo?

Anônimo disse...

Ah!, faltou falar sobre o "subdesenvolvimento".

"Tal tentativa ou receita daria origem a um “mimetismo cultural” (Mito: 45) das minorias beneficiárias do “capitalismo periférico”, as quais procurariam “reproduzir as formas de consumo dos países cêntricos” (ib.), requerendo, para tanto, permanente concentração de renda."

Eu até entendo que na época dele exemplos de países que conseguiram atingir níveis mais confortáveis de renda não eram muitos... Mas a história econômica recente já deve servir para colocar um ponto final nessa conversa (citar o Ha Joon Chang aqui não ajuda nesse ponto).

Renato disse...

Permitam-me discordar: tanto Formação Econômica do Brasil do Furtado quanto Formação do Brasil Contemporâneo e História Econômica do Brasil do Caio Prado continuam, na minha opinião, fundamentais.

Algo completamente diferente é o fato de disciplinas nos cursos de Economia só utilizarem, na prática, Celso Furtado na biliografia. Este é um outro problema - inclusive da nossa (falta) de cultura acadêmica. Idolatria (e culto à personalidade), idem.

Aí, como disse o Leonardo, não é surpreendente que continuem a ser repetidos argumentos de Furtado que não se sustentam mais, mesmo diante de evidências trazidas por pesquisas de mais de 40 anos atrás, a começar pelas de Warren Dean!

Leo Monasterio disse...

Renato,
Esclarecendo: eu ainda acho que o Furtado tem que ser leitura obrigatoria nos cursos de FEB. Só acho que nao dah para parar por aih: tem que ter Suzigan, Dean, Delfim, Pelaez, Versiani e tantos outros.

Renato disse...

Claro, Leonardo, entendi e concordo.

fábio pesavento disse...

Exato! Quando leciono sempre apresento o contraponto de outro autor sem desmerecer a obra de Celso.

Anônimo disse...

Quanta prepotência lidar com Celso Furtado assim. Quantos autores nacionais contribuíram tanto como ele, independente da corrente de pensamento (ortodoxa ou heterodoxa).

Querem que leiam o que? Pode me recomendar alguns autores? Por favor, pode fazer o inverso (indicar algum autor, texto,bom que está acima das críticas)?

Anônimo disse...

"Por favor, pode fazer o inverso (indicar algum autor, texto,bom que está acima das críticas)?"

Posso sim (só alguns):

Industria Brasileira Origem e Desenvolvimento - Suzigan (este aqui manda pro saco as ideias do Furtado com classe).

Os trabalhos do Albert Fishlow (http://ideas.repec.org/e/pfi25.html)

Warren Dean

Pode começar com o "A Ordem do Progresso". Principalmente a bibliografia do livro, que é boa.

Anônimo disse...

Ao menos salvou Suzigan. Achava que tudo estava perdido.

Obrigado.

Leo Monasterio disse...

Obrigado ao Anonimo que respondeu ao Anononimo! Os outros que eu citei nos comentários tb valem muito a pena (esqueci de acrescentar o Leff).

Marcelo de Oliveira Passos disse...

Leo,

Estou lecionando FEB e procuro dar um viés pluralista, sobretudo a partir da Independência para cá. O problema é que quando se trata de economia colonial, é difícil fugir do binômio Furtado/Prado Jr. A partir da República para cá, sim, temos vários autores bons que já foram citados. Acrescentaria apenas Skidmore (para o período Getúlio), o livro do Anibal Villella e Suzigan para o período 1889/1945 (este livro foi publicado pelo IPEA em 1975). Dá para utilizar alguns capítulos do novo livro de Formação Econômica da Saraiva (um deles foi escrito pelo Ramon Fernandez) e os textos do Sergio Silva e da Denise Takeya. Mas para a economia colonial não conheço nada que substitua Furtado e Prado Jr. (com os defeitos e qualidades dos dois). Abraço.

Leo Monasterio disse...

Marcelo, valeu pelas dicas! Abracos,
Leo.

André disse...

Dutra Fonseca também é uma boa referência para os cursos de economia brasileira, pelo menos na cobertura do período varguista.

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