Ainda o Qualis 2012

Os comentários aqui e no facebook reduziram a minha ignorância. A comissão afirma que baseou a sua classificação em:
De fato, apesar da minha ótima opinião sobre a Papers in Regional Science, a revista tem baixo impacto.
As revistas  internacionais de fora da área tiveram a sua classificação replicada (com um teto em A2). Pelo que eu entendi isso já acontecia, mas se fazia uma redução de um nível nas revistas não econômicas. Assim, como a tal "América Latina Hoy" é A1 em Ciência Política, virou A2 em Economia.
Aí está o problema. Algumas áreas tiveram "inflação de notas" e distribuíram A1 generosamente. E essa inflação contaminou a classificação da Economia.
Alguns pontos:

  • American Journal of Transplantation (Print) está como A1. Ou existe um campo novo da Economia que eu desconheço ou, pelas próprias regras da comissão, ela deveria ser A2.
  • Eu não verifiquei se a classificação dos artigos internacionais no Qualis segue de fato os dois papers. Contudo,  o meu querido  Journal of Economic History está em 53o. na lista Kodrzycki e Yu. Apesar de haver 95 periódicos como A1 e A2, a revista ganhou B1. Enquanto isso, outros periódicos que ficaram atrás nos indicadores de impacto ganharam A1.

Ainda não está tudo claro para mim, mas comecei a entender os critérios. A tarefa da comissão é ingrata e quase que por definição é impossível agradar a todos. Enfim, quanto mais discutirmos o assunto, melhor (eu espero).

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Monastério,
Realmente não dá para agradar a todos. Mas esse Qualis está muito estranho no mínimo.
Eu proponho discutirmos qual seria o Qualis ideal (esqueça esse Qualis que existe porque é horrível). Pensando nisso, qual seria o papel das nacionais?
Se for considerar o fator de impacto pelo ranking do Ideas/RePEc, a RBE é a melhor revista brasileira, mas com posição 530. Ou seja, se fossemos da banca do Qualis colocaríamos a RBE como B3 ou B4, por exemplo?
É que eu lembro daquele argumento que você também tem que privilegiar (e não focar como é o caso da Qualis atual) as revistas nacionais porque nem sempre é possível produzir algumas evidências para o Brasil que seriam mais interessantes a uma revista brasileira do que a um journal.
Só pensando em um exercício aqui.
Abs.,
Diogo Mendonça

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