Pós X ENABER

Além do tradicional (encontrar os amigos, fazer novos e aprender um tanto), tenho alguns pontos a destacar:
  • A seção com os ex-presidentes Cássio Rolim, Eduardo Haddad, Alexandre Rands discutiu o futuro da Ciência Regional e foi sensacional.
  • A grande novidade em relação aos eventos passados foi a  ênfase em estudos intra-urbanos. A quantidade e a qualidade cresceram bastante. A propósito,  todos os artigos do evento estão  aqui.
  • Eu acho que virei o chato de vários seminários. Como eu já disse, uma das virtudes do evento é reunir as várias gerações. Bacana ver a garotada motivada usando todos os recursos da econometria. Contudo, para a minha tristeza (e, provavelmente, do Carlos Cinelli) continua havendo confusão entre significância substantiva e estatística. Na caça por asteriscos nos resultados de regressão, o pesquisadores esquecem de perguntar aos dados: "E então? Qual o tamanho do efeito?" Você pode ter uma alta significância estatística e a substantiva ser baixa (e vice-versa). Eu, chatão, tive que questionar isso mais de uma vez nas apresentações.
Por fim, parabenizo a organização local. Raul Silveira Neto, Tatiane Menezes e os demais organizadores foram ótimos. 
Até Foz do Iguaçu 2013!

2 comentários:

Marlon Fernandes disse...

Embora sempre leia o seu blog, eu não sou economista, e fui pesquisar no Google sobre a questão da significância substantiva, e o seu blog é o primeiro resultado e os demais não explicam muito sobre o tema. Como funciona o "cálculo" significância substantiva?

Leo Monasterio disse...

Marlon,
Uso um exemplo conhecido. O que vc prefere tomar: uma pilula que vai de emagrecer 10 kg, mas que só funciona 80% das vezes ou uma que te faz perder 0,1 kg e funciona 99,999999% das vezes?
As vezes, os pesquisadores encontram um efeito estatisticamente significante (ex. quem toma cerveja ganha mais) , mas quando olham para o efeito em termos substantivos os resultados sao pequenos. (quem toma 1 cerveja por dia ganha R$0,01 a mais por ano).

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