O melhor do carnaval 2013 - Livros
- Measuring Up: A History of Living Standards in Mexico, 1850-1950 por Moramay López-Alonso: Antropometria e história das políticas sociais no México. Queria muito que alguém fizesse o mesmo estudo para o Brasil.
- The Wealth and Poverty of Regions: Why Cities Matter; por Mario Polèse. Um livro de divulgação de Economia Regional escrito por um dos grandes da área. Ainda não terminei de ler, mas é muito bom. Aproveito para o sugerir o ótimo texto: "Urban development Legends", em que ele critica as modinhas de política regional. Um trecho:
"Building an entire development strategy on one cluster is as risky as assembling an investment portfolio concentrated in one or two stocks. And history shows clearly that politicians are even worse at picking winners than investment bankers are, which these days is saying a lot."
4 comentários:
Link do livro "The Wealth..." quebrado.
Caramba, eu não acerto uma!
Obrigado. Link corrigido!
Leo, resumindo os problemas contemporâneos da economia brasileira:
1 - A economia cresce a taxas inferiores ao compatível com sua categoria de emergente. Isso ocorre por culpa do câmbio valorizado, que incentiva importações (provocando desindustrialização) e desincentiva exportações (provocando déficits em CC).
2 - A inflação está acelerando, mas não pode ser por pressões de demanda, vide o baixo crescimento e o câmbio valorizado. Além de choques de oferta negativos advindos da mudança climática sobre a agricultura, o fator inercial não pode ser negado. Aqui, novamente, o congelamento de preços não pode ser descartado como mecanismo político racional.
3 - A tese do pleno-emprego é absurda. Seja nas periferias das grandes cidades, seja no campo, há um grande contingente de braços disponíveis a entrar no mercado de trabalho. A própria definição de pleno-emprego entendida pelo mainstream é absurda, uma vez que a PEA aumenta com a demanda efetiva.
4 – A política monetária é adequada. Como estudado nos modelos de expectativas racionais, a política ótima é aquela em que as autoridades sinalizam ao mercado uma baixa tolerância com a inflação, e na prática fazem o contrário. Desta maneira, os empresários tomarão o aumento de preços como um aumento de preços relativos de seus produtos, e aumentarão a produção.
Nesse sentido, as melhores recomendações em termos de política são as seguintes:
1 – Ao invés de se ter metas de superávit primário, é primordial que o Estado utilize a política fiscal para induzir a demanda efetiva e contrabalancear o choque negativo de oferta vindo da agricultura.
2 – Ao invés de câmbio flutuante, é mais proativo adotar taxas múltiplas de câmbio, favorecendo com taxas valorizadas o setor de bens de consumo e com taxas desvalorizadas o setor de bens de capital e os exportadores.
3 – Ao invés de se insistir em metas de inflação (talvez, mantê-las nominalmente para ancorar as expectativas de mercado), é mais efetivo diante da própria natureza dessa aceleração inflacionária (como visto, não pode ser causada pelo lado da demanda) a política de congelamento de preços, que ataca a verdadeira raiz do problema: o componente inercial.
Abraço
ha, ótimo senso de humor do anônimo acima!
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