Por que o jornalismo econômico é tão ruim no Brasil?

O jornalismo econômico deveria tornar acessível ao leitor comum o que os economistas dizem*. Apenas isso. Nada de formular suas próprias teses, muito menos fazer lobby.
Por que o jornalismo econômico feito no Brasil é tão ruim?
Minhas hipóteses:
1- A bizarra lei que exige o diploma de jornalista afasta os economistas com vocação jornalística;
2- Quem disse que o leitor quer boas análises econômicas? Revistas de fofoca e livros com teses conspiratórias vendem mais do que interpretações mais sensatas, monótonas e corretas. Os jornalistas só dão aquilo que os leitores querem;
3- Ora, o jornalismo é corresponde com o nível de desenvolvimento do Brasil. Ou seja, o Luis Nassif boliviano deve ser ainda pior do que o brasileiro; já seu correspondente suíço deve ser bem melhor. Não se precisa de maiores explicações;
4- A longa instabilidade induziu um interesse excessivo por macroeconomia no leitor comum. No Brasil, todo pasquim apresenta a cotação do dólar. Isso não acontece nos outros países. Com isso, a qualidade do leitor mediano caiu e induziu a piora na qualidade do jornalismo econômico.

Vocês concordam?
*Graças a um atento leitor, explico melhor um ponto. Entendo por economista aquele que entende a Ciência Econômica. Ter diploma não é condição necessária, nem suficiente para ser incluído nessa categoria.

22 comentários:

PJ disse...

Leonardo, eu tenho uma outra tese. Acho que o Brasil tem uma escassez de mão-de-obra realmente qualificada - seja por conta do nosso sistema educacional, seja pela nossa cultura, que valoriza pouco o estudo. Dessa maneira, os poucos profissionais qualificados encontram oportunidades com salários muito altos (seja no mercado financeiro, consultorias, indústria, etc.), que a imprensa não conseguiria pagar. Sobram para este setor, no geral, os mal preparados.

PJ disse...

Outro comentário: é mais fácil ensinar um economista a escrever do que ensinar economia a um jornalista... concorda?

Davi disse...

Vou tentar levantar outra hipótese:

Aqui no Brasil, já comentei sobre isto no meu blog, pessoas mesmos despreparadas adoram fazer comentários e dar pitacos sobre o que não conhecem.

Um exemplo: você, como eu, tem em sua família um médico (a), já percebeste que toda pessoa acha que sabe se medicar e sabe solucionar a doença de outra pessoa?

Acontece o mesmo na economia, todo brasileiro acha que entende de economia.

Mas concordo com as suas hipótese.

Unknown disse...

Caro Leo,

Meu voto é para a explicação nº3.

Porém, permita-me um comentário extra: Na introdução, você diz que "o jornalista deveria somente tornar acessível ao leitor comum o que os economistas dizem". É uma defesa direta da "reserva de mercado" para economistas, no estilo "só especialistas, que estudaram por tantos anos, deveriam opinar em suas respectivas áreas".

Logo após, no item n.º 1, você recusa esta mesma idéia de reserva de mercado para os jornalistas (especialistas em jornalismo), ao criticar "A bizarra lei que exige o diploma de jornalista", que acaba por afastar "os economistas com vocação jornalística".

Como alguém que costuma meter a colher tanto na área dos jornalistas, quanto dos economistas - onde, sem dúvida, corro o risco de já ter dito muita bobagem, porém não mais do que muito economista de esquerda, alguns com mestrado e doutorado no currículo, que andam por aí -, eu te pergunto: não há uma certa contradição nesse seu comentário?

abs
Neoliberal (sem diploma)

Prof Shikida disse...

mauad achou um bom ponto. Fala, Leo.

Leo Monasterio disse...

Valeu pelos comenatarios, pessoal. vamos lah:

Luciano,
Concordo com a tua tese. Mas no fundo, ela é a mesma que a explicacao 3. Concordo com o teu segundo comentario.

Davi,
Concordo, mas em todo lugar as pessoas dao pitaco. Os motoristas de taxi londrinos tem a mesma fama de terem a solucao para os problemas do mundo do que os brasileiros.

Mauad (neoliberal),

Vc está certo. Como estah escrito hah uma contradicao. Onde se le "...o que os economistas dizem", leia-se o "o que os profissionais do ramo dizem". Roberto Campos e David Friedman (dos que eu me lembro de cabeca) nunca fizeram cursos de graduação em Economia. (o Simonsen parece que soh fez o curso para que deixassem de encher seu saco ). E isso nao eh problema nenhum. Jah o JPKupfer tem diploma de economista e eh um ignorante.

Vou fazer uma correcao.

Unknown disse...

Valeu o comentário, Leo.

Sobre o JPK, porém, vou discordar. O cara, a meu ver, de ignorante não tem nada. Pelo contrário, trata-se de uma verdadeira máquina de fazer prosélitos, que já foi reconhecido, inclusive, pelo LF Veríssimo, o grande guru do proselitismo anaeróbico (apud Cláudio).

Dizem por aí que o NoMínimo deve conseguir um novo patrocinador (Estadão/Unibanco). Caso isso se confirme, contamos com a tua ajuda lá no blog do JP, para ajudar a tentar desmistificar as abobrinhas que ele costuma dizer.

Um abraço
Neoliberal

Matheus Lisboa disse...

Excelente post, Leonardo!
Acho que a necessidade de vender o próprio peixe na imprensa faz com que os jornalistas tentem (sem ter o necessário conhecimento)traduzir o para uma linguagem popular o que os economistas dizem. O grande problema é que, muitas vezes, tanto economistas quanto jornalistas não sabem o que estão falando. Daí vira bagunça...

Anônimo disse...

Leo, concordo com as três razões.
Concordo também as razões do Luciano e com a mania bem brasileira de dar opinião sobre tudo.
A terceira, creio, merece comentários adicionais.
Suspeito que a maioria dos jornalistas brasileiros são completamente analfabetos em microeconomia.
Pior: não conseguem reconhecer que os principais problemas atuais do país são microeconômicos e podem ser resolvidos por mini-reformas infra-constitucionais.
Ficam marcando passo em um falso debate e apontam as reformas como solução para tudo.
A meu ver, o único jornalista econômico que aborda a microeconomia com seriedade e competência é o Joelmir Betting.
Também foi o primeiro a cumprir com méritos a função que você descreveu a mais importante: traduzir o economês em linguagem acessível.
Pagou um preço, nos anos setenta e oitenta, por isto.
Chegou a ser chamado de "Chacrinha do jornalismo econômico", simplesmente por evitar raciocínios muito complexos, que, vamos combinar, nenhum leitor está disposto a ler.
Seu estilo coloquial foi confundido como reducionismo.
Ah, acrescentaria mais uma coisa: jornalistas são em geral incompetentes até para procurar bons economistas para emitir opiniões qualificadas.
Em geral, como possuem prazo curto para fechar suas reportagens, procuram aqueles consultores repetem os chavões das análises manjadas de conjuntura, o presidente do Corecon ou o chefe do departamento econômico de uma Faculdade.
O critério de escolha, nestes casos, não é o currículo, mas a disponibilidade.
Jornalistas escolhem o economista mais à mão e raramente escolhem o melhor.
Abraço e parabéns pelo post.

Anônimo disse...

Leo, vai aqui uma citação do Daniel Piza, jornalista e escritor: http://www.danielpiza.com.br/interna.asp?texto=1306

"Pergunta: E a formação do jornalista, centrada na técnica, não contribui para a proliferação dessa "vítima complacente"? Sem o autodidatismo não há uma certa indigência intelectual entre os jornalistas?
Piza: As nossas escolas de jornalismo perdem muito tempo falando de coisas que não têm importância. Como cobrar das pessoas saber taquigrafia, tecnalizando excessivamente o jornalismo. E dão pinceladas aqui e ali das coisas. O que se vê são as pessoas saindo das escolas de jornalismo sem conhecer os jornais que existem no mundo, sem conhecer a história da imprensa, sem conhecer o texto dos grande jornalistas. Da metade do século passado para cá se pratica um jornalismo, aquele que a gente conhece, mais objetivo, mais dinâmico, mais ágil, mas não é o único tipo de jornalismo que existe. Existem profundas diferenças entre o jornalismo americano, o jornalismo inglês, o francês, o italiano. As escolas de jornalismo não estudam jornalismo, as revistas, os grandes jornais. Não se levantam as questões éticas do jornalismo. Ela não dá a formação que tem que dar. O que é um tiro pela culatra. Tudo bem criar escolas de jornalismo, é importante que se crie um curso legal de jornalismo. Mas para as pessoas que já sabem que querem ser jornalistas. Agora, exigir a obrigatoriedade que a pessoa que está nos jornais saia do jornalismo é uma burrice. Às vezes uma pessoa que está em uma faculdade de Letras vai cobrir melhor essa área que um jornalista com parca leitura. Uma pessoa que fez Economia pode cobrir melhor o jornalismo econômico, desde que tenha um bom texto e aprenda uma dinâmica de redação, de reportagem, de apuração, as exigências da técnica jornalística. Mas isso uma pessoa capacitada, com bom texto, aprende. Não se pode ser rígido com essas coisas. É aquela história: nós temos leis que não cumprimos e leis com as quais somos extremamente rígidos. Muitas vezes, com as leis burras."

Paulo Henrique disse...

Antes de mais nada, digo que sou jornalista e cubro economia há algum tempo. Comecei assim como vocês mesmos podem imaginar: sem nenhum conhecimento. Aprendi algumas coisas nas redações, sim, mas logo senti necessidade de estudar. Fiz curso no Ibmec e, depois, mestrado em História da Ciência (PUC-SP), com dissertação sobre teoria dos jogos. Agora, estou estudando economia por conta própria. Tenho uma predileção por filosofia (metodologia) da economia.

Vamos a alguns pontos:

1. É mais fácil ensinar um economista a escrever do que economia a um jornalista? Talvez, mas isso está longe de ser consensual. Até porque há muitos, mas muitos jornalistas que não sabem escrever. E esse é o grande problema, na minha opinião (e não o fato de jornalistas não serem economistas, como vocês parecem defender).

2. O problema de se repetir as mesmas fontes realmente existe. Nós, jornalistas, ficamos muito em cima das mesmas figuras. Eu tento mudar, às vezes (numa matéria para a Foco até citei o Shikida, dia desses).

3. Vocês reclamam que os jornalistas só ouvem as mesmas figurinhas. Mas cometem o mesmo equívoco de tomar o todo pela parte
ao falar de todo o jornalismo econômico quando, de fato, estão analisando o Luis Nassif, com o qual vocês têm lá suas rusgas. Afinal, ele chamou a vocês "cabeças de planilha" - hahaha. Apesar de engraçado, não concordo com ele.

4. A exigência de diploma específico para jornalista é controversa demais para tratar disso aqui. Mas sou pela flexibilidade: outros profissionais que tenham feito a graduação em jornalism poderiam fazer uma especialização para aprender a escrever para o tipo de veículo escolhido: jornais/revistas ou rádio/TV.

5. Por fim, permitam-me defender a "catchiguria": não acho que haja mais jornalistas ruins do que economistas (ruins). Conheço vários colegas de vocês que deus me perdoe.

abraço e parabéns pelo blog
http://ph-acido.blogspot.com

Anônimo disse...

Na minha opinião, o ensino de economia no Brasil é muito deficiente. São poucas as boas faculdades de economia. Se vc perguntar para um engenheiro médio sobre noções de cálculo, é provável que ele tenha esses conceitos na cabeça. Pergunte para um economista mediano algo superficial sobre Adam SMith, Teoria dos Jogos ou modelo IS-LM. Disse algo básico mesmo. Poucos saberão responder. Não esqueçam que no falecido Provão o curso de economia, em um determinado ano, só tinha média superior ao de matemática. Eu me pergunto como em um país onde boa parte dos economistas sabem muito pouco sobre economia, uma série de jornalistas se aventuram a dar opiniões sobre qualquer tema relacionado à economia. O pior é que eles jogam para a torcida. Falams sobre o que o leitor médio que ouvir: o gov. tem que gastar mais, a taxa de juros tem que cair, o câmbio está valorizado, por isso a indústira vai quebrar. O pior é que as previsôes sempre têm um ca~ráter fatalista.

Só para ilustrar, tenho uma amiga que possui uma amiga que trabalha em um grande jornal do Paraná e escreve sobre gastronomia. A criatura mal sabe fritar um ovo. Toda vez que ela tem que ir a um restaurante fazer uma análise "abalizada" sobre o cardápio, esta minha amiga vai junto. Como a jornalista entende pouco de culinária, ela anotas as opiniões dessa minha amiga e faz a matéria. É triste saber que isso acontece em um grande jornal.

Prof Shikida disse...

caro ph,

aqui é o claudio. agradecido. mas nao acho que o leo esteja falando deste tal nassif em particular. Acho que a questao é generica. é mais ou menos consensual entre economistas (embora nada disto seja mutuamente excludente com suas observacoes sobre analfabetismo lá e cá) que tudo o que dizem sai distorcido (ou por maldade, ou por burrice, ou por algum outro motivo, sei lá) na imprensa. Nao é sempre, mas é muito, muito frequente.

Mas talvez seja um problema de jornalistas que desejam ser James Gleick e nao conseguem.

Eu até jogo mais lenha: cursos de jornalismo economico, como os que já vi, sao muito, mas muito ruins. Nem o jornalista médio é capaz de se meter a estudar matemática (nao falo de Ph.D, falo de matemática de graduacao) e nem alguns professores parecem querer ensinar economia. Fica uma salada confusa na qual o jornalista quer ser jornalista cientifico, mas nao quer aprender matematica (e aí acusa os economistas disso ou daquilo) e os economistas-professores parecem se cansar rapido demais.

Apenas para provoca-lo (e ao Leo).

o que acham?

Paulo Henrique disse...

Estou um apressado agora, mas deixo também uma pequena provocação. É preciso deixar claro que jornalismo econômico não é economia. Desculpem-me pela obviedade, mas isso me pareceu estar confuso. E para responder isso, talvez seja preciso voltar a discutir se economistas podem ser jornalistas - e vice-versa. Não tenho tempo para isso agora (estou estudando matemática :))

PS. Faltou um "não" no meu comentário anterior. O correto é "outros profissionais que NÃO tenham feito graduação em jornalismo".

berman disse...

ph,

obviamente que jornalismo econômico não é a mesma coisa que economia, assim como escrever sobre economia nãi significa entender de economia. para juntar essas duas partes, no entanto, é necessário que um jornalista que se proponha a escrever sobre economia, tenho um entendimento do assunto. isso não vale só para a economia, mas também para qualquer área: tecnologia é um belo exemplo. eu não seria capaz de escrever sobre tecnologia por que sou uma pessoa totalmente desatualizada sobre o que acontece no vale do silício e nos pólos de pesquisa.
um exmeplo que já citei no meu blog é o da política monetária. eu até hoje não li nenhum jornalista que entendenda o real papel da taxa básica de juros em uma economia. todos têm a mesma visão viesada, e isso acaba por refletir no entendimento das pessoas sobre o assunto.
claro que um jornalista não precisa saber sobre teoria econômica profundamente, mas um conhecimento básico sobre o mecanismo de preços deveria ser um pré-requisito para qualquer pessoa poder escrever sobre o assunto. um exemplo de uma pessoa que não escreve de economia, mas acabando sendo melhor do que qualquer jornalista econômico no brasil é o da katie hafner, do nyt. vale a pena dar uma lida na matéria dela sobre o ipod (a área dela é tecnologia: http://www.nytimes.com/2007/07/06/technology/06iphone.html), e você verá que ela poderia escrever sobre economia tranquilamente sem ser economista.
como diria rothbard, não há problema algum em ser ignorante quando o assinto é economia, mas é uma irresponsabilidade emitir opiniões sobre o assunto e continuar nesse estado de ignorância.
abraço a todos,
philipe
http://rabiscoseconomicos.blogspot.com/

berman disse...

a página da notícia que sitei não saiu ali em cima, mas basta ir na págino do nyt e dar uma procurada! vale a pena!

Anônimo disse...

A bizarra lei que exige o diploma de jornalista?????? Como assim? Nunca vi um profissional tão especializado dizer algo tão irresponsável. Pq vc não propõe uma discussão com os verdadeiros pensadores do jornalismo brasileiro e analisa esta questão com mais bom-senso. Quem faz jornalismo econômico são jornalistas e não economistas.

Leo Monasterio disse...

Ana Maria,

Eu acho que vc nao leu o que eu escrevi. No entanto, continuo a discussao mesmo assim. Existem duas opcoes:
1)Se o curso de Jornalismo fosse essencial para o exercicio adequado da profissao de jornalista, a exigencia legal seria redundante. Afinal, os empregadores jah exigiriam o diploma.
2)Agora se o curso de Jornalismo nao for essencial para o exercicio da profissao, a exigencia eh discriminatoria.

Ou seja, a lei ou eh redundante ou discriminatoria. Vc nao se pergunta pq soh no Brasil existe essa aberracao?

Vinícius Ebersol disse...

Acho que a resposta é tão simples como a "bizarrice" que torna um jornalista um economista. Se no Brasil um jornalista pode exercer papel de economista, um economista também poderia exercer um papel de jornalista correto? Da mesma forma se somente jornalistas podem participar do mercado do jornalismo, os jornalistas não devem de forma alguma fazer análises econômicas, pois este ramo deve ser explorado somente por economistas.

Acredito na responsabilidade que um economista - eu falo de ética - de apresentar idéias em torno de algum acontecimento.

O que acho inaceitável, como tenho visto muito frequentemente, são afirmações babilônicas, às vezes previsões sobre economia, que até mesmo a lógica desconfia. Em um meio de comunicação de massa isso se torna uma arma perigosa muitas vezes para o mercado, que pode reagir a isto. (Ou isto pode ser uma arma para defender interesses de alguém?)

Em suma, acredito que um jornalista jamais deveria publicar algo sem consistência científica. Desta forma seria imprescindível a presença de um economista aí no meio não? Duas cabeças pensam melhor que meia, digo, uma...

Anônimo disse...

Sou jornalista e tenho muito interesse pela Economia. Exatamente por acreditar que é necessário conhecer do assunto para cobri-lo, faço desde o começo do ano um curso preparatório para o exame da Anpec. Foi a melhor forma que encontrei de me capacitar, já que realmente não há no mercado bons cursos voltados para jornalistas.
Estudo sim muita Matemática. Tenho me dedicado não para publicar opiniões nos jornais, mas para compreender melhor o que é dito, saber questionar quando for preciso e informar com qualidade.
Infelizmente, tenho percebido que o sentimento dos economistas em relação a jornalistas, muitas vezes, é cercado de preconceito. E é exatamente isso que leva muitas das fontes a dar entrevistas sem qualidade e utilizar termos que são incompreensíveis para a maior parte da população, sem se preocupar em explicá-los.
Mais do que uma discussão sobre reserva de mercado, deve-se preocupar em informar de forma adequada pessoas como as que vão a uma loja de eletrodomésticos e compram uma geladeira a prestações infinitas achando que fazem um bom negócio. E para resolver esse problema, defendo uma parceria: economistas preocupados com o bem-estar social e jornalistas qualificados para entrevistá-los, compreendê-los e repassar informação de qualidade.

Leo Monasterio disse...

Luciana,
Obrigado pelo comentário.
E parabéns por fazer o curso da ANPEC. Creio que foi uma decisão muito sábia.
Abracos,
Leo.

Anônimo disse...

Olá, Leonardo! Tudo bem? Fui aprovada na Anpec e vou cursar o Mestrado em Economia da Unicamp a partir do ano que vem. Espero poder contribuir para um jornalismo econômico de qualidade no futuro. Muito obrigada pelo incentivo! Abraço!

Tecnologia do Blogger.