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DCEs e centros acadêmicos


Frequente o DCE se você tiver dois interesses: maconha e sexo com pessoas de hábitos de higiene pouco rigorosos. É natural que isso atraia a sua atenção durante alguma fase da sua vida (um final de semana, de preferência), mas o DCE traz riscos para a saúde. Você vai ver a barba crescer e você vai começar a achar que as camisetas do Che Guevara lhe caem bem. Se você ficar muito tempo no CA, você se transformará no homo oligo-sapiens passeatotum e em tudo aquilo que você, em 15 anos, repudiará.
Existe gente que pensa que o DCE é o primeiro passo em uma carreira bem-sucedida na política partidária. De fato, vários políticos bem-sucedidos passaram pelas reuniões esfumaçadas do DCE. Mas correlação não significa causalidade e muitos políticos fracassados, que hoje não ganham nem eleição de síndico, também passaram pelos DCEs. Politicamente, os DCEs ocupam o espectro político entre a extrema esquerda e a esquerda-que-perdeu-o-senso-de-realidade. Os que se dizem independentes geralmente não o são; são facções de partidos ou grupos que querem novos membros.
Certos DCEs perdem o senso de importância e passam a discutir a questão da Palestina e votam moções contra o imperialismo yankee durante as reuniões. Imaginem o impacto na Casa Branca quando eles souberem disso! Para entender melhor a lógica desses grupos radicais, sugiro o documentário A Vida de Brian, do Monty Phyton.
Os centros acadêmicos, por sua vez, tendem a ser mais próximos do dia a dia dos cursos e mais livres de discussões políticas. Com isso, podem ser locais interessantes e, com sorte, contribuir para a discussão e solução das questões dos cursos. Basta ter senso de ridículo e reconhecer os limites da ação dos CAs.

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