Manual / Frequência
Frequência
A maior parte das universidades brasileiras cobra presença
dos alunos de graduação. Isso não acontece nas universidades dos EUA nem da Europa
(Portugal, eu não sei. Mas Portugal fica perto, porém não exatamente na Europa).
Como professor, eu tenho sentimentos opostos sobre a
presença. Claro, incomoda que, nas vésperas da prova, apareça um monte desconhecidos
querendo aprender o conteúdo em dois dias. Isso ocorre quando a presença não é
cobrada. Por sua vez, é um tanto peculiar que adultos sejam cobrados por
estarem onde escolheram estar. Os argumentos para defender a cobrança de
presença são estranhos. Quando comecei a dar aulas, um coordenador me disse que
eu deveria cobrar presença porque "se um aluno cometer um homicídio, ele
pode usar a sua lista de chamada como prova para escapar da cadeia". Ele
falava sério.
Eu recomendo que você assista à aula. Se você for estudioso,
será uma oportunidade de tirar dúvidas e perceber as nuanças do tema
apresentado. Se você não for estudioso, acaba aprendendo algo, nem que seja por
osmose.
Na sala de aula, não tente enganar o professor fazendo
perguntas vazias para ganhar pontos por participação. Isso poderia funcionar
nas aulas do primário, mas a maior parte dos professores é hábil em perceber
quando um aluno não leu a matéria e só quer fingir que é ativo.
Manual de sobrevivência na universidade: da graduação ao pós-doutorado
Nenhum comentário:
Postar um comentário